Achava estranho todo o alarido perto dos muros que rodeavam a casa. Meu nervosismo era evidente apesar de não conseguir ver onde estava Nicholas no meio da confusão. Aquela era a tentativa de Eduardo para debilitar o Clã dos Independentes, mas ele não se mostrava no meio de todos aqueles invasores.
Foi tudo muito rápido para conseguir perceber como ele entrara naquela casa, no meu quarto.
Ele deu um rápido empurrão e estava dentro antes mesmo que eu pudesse fazer algo. Com um sorriso convencido, fechou repente a porta atrás dele.
__ Eduardo! - minha voz falhou um tom devido ao choque de o ver a passos de distância .
__Ol&aacu
Acordei atordoada, me arrepiando quando me lembrei do que se tinha passado. A imagem de um quarto que eu bem conhecia estava perante os meus olhos, o que me deixou completamente aterrorizada. O quarto de Eduardo! Só isso já mostrava claramente os seus planos distorcidos, se ele me tocasse seria Nicholas capaz de me querer de novo ?__Acordaste! - Eduardo aproximou-se como um predador perante a presa que desejava. __ Estava a começar a ficar inquieto.__ Era preferivel não acordar mais. - Respondi com uma voz seca, fria , distante. Seu cabelo longo estava amarrado, como habitualmente, ele era bem apessoado, porque não me deixava em paz. Qualquer mulher o podia amar como eu amava Nicholas.__ Sabes o que eu passei en
Nicholas estava acompanhado por Mateus que estava tão furioso quanto ele. Quando eles entraram no quarto de Christine depararam-se com aquilo que eles mais temiam que pudesse ter acontecido. Ela tinha sido apanhada por Eduardo e mais, Beatriz jazia no chão, viva mas sangrando o que fez Mateus rugir de raiva. Sem hesitar ele a pega no colo a colocando na cama com cuidado. Ela abre os olhos, os arregalando quando vê Mateus alisando seu rosto com carinho . __ O que aconteceu? - Nicholas rapidamente questiona, seu corpo tenso, seu coração apertado. __Me desculpem... - Ela geme entre palavras ,seu corpo dolorido da pancada contra a parede. A frustração era latente ao encarar Nicholas. __ Tentei atrasa-lo...mas... A dor era atroz, uma queimação que começava de dentro para fora, meu corpo todo se convulsionava , minha garganta doía dos gritos que saíam da minha boca. Não sabia o que se passava comigo , mas que estava no Inferno, isso estava. Minhas palpebras se abrem com esforço, sentia algo fresco deslizando por meu rosto, por meu cabelo, mas somente enxergava um vulto. Olhando ao redor vejo um quarto escuro, não havia nada nele que eu reconhecesse, além disso não havia nem uma janela , nem uma luz. Cerrandos os dentes quando uma fisgada de dor retorna sem aviso, agarro meu estomago, gritando alto quando o ardor se instala de novo, parecia que em meu sangue corria fogo liquido e nada o fazia parar.__ Por favor ... - Suplicante balbuciono as palavras sem saber se teriam algum efeito. __ Me ajudem ...Capitulo 41- Final
Não podia desistir! Não agora que estava tão perto de conseguir. Faltavam mais uns metros para alcançar a minha desejada liberdade. O sol espreitava no horizonte , altura certa em que Eduardo estaria adormecido assim como os restantes habitantes daquela casa . Os humanos , escravos de sangue começavam a chegar para as suas tarefas diárias, colocando em ordem uma mansão que mais parecia um palácio, onde seu mestre e seus ocupantes restabeleciam suas energias longe da luz do dia. somente nisso prestavam atenção, suas tarefas, nada mais ao seu redor . Uma moça passeando pelos jardins não era algo com que se deviam preocupar, assim como eu esperava, me ignoravam, sem se importarem se entrava em combustão ou simplesmente desaparecia em segundos . Era exatamente o que pretendia fazer, o mais rápido que me
Sem dúvida era a voz de Eduardo elogiando um bom trabalho, tudo estaria bem se o macho em questão não tivesse agradecido, acrescentando que Olson não tinha percebido de onde o golpe tinha surgido, depois do veneno o ter limitado.Oh Meu Deus !!!! Levo a mão a boca quando os soluços começam , junto com as lágrimas correndo em meu rosto, me deixo cair de joelhos em choque , meu corpo paralisa , mesmo quando percebo que o silencio se instala no ar e a porta se abre ainda mais. Queria correr , fugir para longe ,mas meu corpo não obedecia aos meus comandos, uma sombra se aproxima, sabia quem poderia ser e não queria encara-lo, não agora , não tinha forças para isso. Eduardo se ajoelha na minha frente , levantando meu queixo coloca um dedo
Sem perder mais tempo e me livrando de tais pensamentos violentos sigo para o bar noturno indicado pelo humano escravizado por sangue. Proprietário de uma transportadora, suas informações não eram muito detalhadas sobre o clã, mas a informação de que o bar era um dos intermediários em suas entregas mensais era o suficiente.Mestres tinham a lealdade de certos humanos , dispostos em pontos estratégicos , úteis aos seus negócios , os viciavam com seu sangue, assim eles fariam qualquer coisa para ter mais uma dose . Lealdade comprada à força, eu diria , mas resultava, certos assuntos teriam que ser tratados à luz do dia , assim eles eram um meio seguro para se
Eduardo abriu os olhos com um sorriso estampado em seus lábios, depois de uma curta mas eficaz conversa com Christine na noite interior , tinha a certeza que ela o estaria esperando obedientemente em seu quarto. Apesar de sua resistência, finalmente tinha percebido que ele era mais forte, nas suas vontades e seus desejos.Afinal ele era seu Mestre agora , lhe devia total obediência , além de lhe pertencer totalmente e se queria reivindicá-la , somente uma escolha Christine poderia ter , aceitá-lo.Eduardo tinha-a prevenido subtilmente que devia dormir durante o dia em vez de andar a explorar a cidade como habitualmente, a partir de agora ela estaria de novo em sua cama, as vezes que ele desejasse , ela o serviria com seu delicioso corpo,intocado por outro. Sorriu perante aquele pensamento, tudo estava a correr como tinha planeado, demorou algum tempo
Não demorou muito para sentir inúmeras energias, olhando ao redor as auras surgiam no meio dos humanos que começavam a dançar com suas bebidas exóticas, se divertindo com gargalhadas altas e sorrisos ingénuos , não sabendo que vários predadores os rodeavam e observavam. Um arrepio na nuca me deixou alerta, energias que eu conhecia estavam por perto, perto demais para meu gosto. Rapidamente me levanto, sob os olhares perplexos de meus novos amigos, não dou qualquer explicação, simplesmente corro para a saída do bar , contornando o maior numero de humanos na pista de dança, tento atrasar quem me seguia . Maldição, tinham me descoberto . Acelerando o passo, não dou a mínima a quem entra no lugar , somente me interessava sentir a brisa fresca da noite no meu rosto. Logo que a sinto, a esperança de ter co