Tinham passado duas horas desde que começara meu turno, Vasco continuava ali sentado com o terceiro café simples sem açúcar me observando . Engolindo em seco continuo limpando a mesa do outro lado de onde estava. Nosso olhares se trocavam diversas vezes e sempre acompanhado por um sorriso fascinante, algo que me perturbava intensamente . Não conseguia explicar , mas todo o meu corpo se arrepiava e uma necessidade de toca-lo começava a surgir de imediato. Provavelmente ele sentia o mesmo, pois seu olhar era uma caricia em toda a minha pele. Que poder ele tinha sobre mim? Me questionava se esse sentimento era mesmo do coração ou somente de sua natureza selvagem e insaciável.
Depois de uma hora cheia de beijos, caricias ,amassosde prazer estonteante volto ao trabalho. Tinha sido difícil convencer Vasco para me deixar sozinha. Afinal a lanchonete era segura , sempre com clientes humanos, pensava eu. Não havia forma de eu os identificar, pensando melhor , nunca poderia afirmar com toda a certeza que estava somente entrehumanos,masum argumento razoável para que Vasco aceitasse meu pedido, ele era uma deliciosa distração mas no sitio errado. Olhando ao redor analiso cada pessoa sentada bebendo seu café ou comendo uma deliciosa tarte de morango. Respirando fundo coloco de volta o avental , entregue por uma moça bastante divertida ao me olhar dos pés à cabeça. Se eles julgavam que me podiam dar ordens... fica, vai, senta ...estavam enganados. Frustrada ando de um lado para ooutro.Olobo era o Vasco, não eu para me darem ordens como se fosse um cachorro. Se eles se iam colocar em perigo, como podiam pensar que ficava quieta á espera. Eles não tinham a mínima ideia de quem era aquele lobisomem, era aunicacapaz de o indicar facilmente , vira seu rosto nitidamente . Eu sabia ser cuidadosa, em publico ninguém teria coragem de me atacar ainda mais não sendo humano. Olho de novo o celular. Quando entrámos em casa, Alexandre não estava na sala nos esperando como habitualmente, tínhamos demorado meia hora a chegar da cidade, tempo suficiente para ele nos receber entretanto, seus poderes tinham essa vantagem. Teria acontecido algo naquele beco sujo e escuro depois de sairmos ? Ele estava bastante ferido , muito sangue tinha perdido nas feridas feitas pelas garras afiadas daqueles dois lobisomens. Encaro Vasco completamente apreensiva.__ Vasco...estou preocupada... Alexandre ... onde estará... neste momento? Vasco olhou ao redor do quarto de seu irmão ,Angelanão estava . Ele sentia que algo não estava bem, apesar de saber que ela não estava em perigo. Alexandre começa a recuperar a sua força depois de dar o ultimo gole , lambendo a ferida provocada por suas presas na pele de Cassandra. Ele agradece com respeito, um pouco constrangido por ter que ceder a necessidade de cobrar algo que nunca pensou necessitar. Cassandra era companheira de Ulisses , o lobisomem seu amigo ali presente que depois de uma luta sangrenta na caçada de reclamação, Alexandre teve que partilhar seu sangue para salvar a vida dela. Ficaram ligados para sempre , ela sentia quando ele necessitava de sangue , foi a única razão de sua presença ali no momento. Retribuir aquilo que um dia ele lhe deu.Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Já tinham passado duas semanas desde que tinha descoberto que estava grávida. Alexandre era demasiado protetor, mas eu entendia. Vasco deixava-me mais solta mas também sempre atento a algo que eu fizesse que pudesse nos colocar em risco. Por vezes ficava saturada e gritava varias vezes que estava grávida, não invalida.Mas como ninguém sabia como seria a gravidez por eu ser humana, andavam cuidadosos. Apesar disso me sentia a mulher mais feliz da face da terra. Eles me amavam e cuidavam como uma mulher devia ser tratada, com ternura, carinho, atenção. Quando se enervavam comigo conseguiam colocar-me ao ponto de querer partir a loiça toda.
Mais uma vez eu estava abismada com os pratos de comida que estavam vazios na minha frente. Mas não era aúnica,Alexandre me olhava descrente de como conseguia enfiar tanta carne em meu estomago, Vasco estava com o garfo a caminho de sua boca especado me encarando como se tivesse visto algo muito anormal . Envergonhada pego no guardanapo limpando a boca que ainda estava cheia do puré com ervilhas que acabara de engolir.
__ Ângela! - Vasco sorriu ao me apresentar a moça que o acompanhava junto com um homem atraente . __ Esta é Cassandra e seu companheiro, Ulisses.__ Olá... - tentei me soltar do abraço de Alexandre , mas ele não deixou. Estico o braço apertando a mão de Cassandra como um cumprimento. _ Muito prazer!__ O prazer é meu!- Cassandra apertou a mão com firmeza , olhando Ulisses que faz o mesmo.__ Peço perdã
Céus , parecia que estava a morrer, era a terceira vez que vomitava naquela madrugada. Vasco e Alexandre me olhavam preocupados na beirada da porta do banheiro. Eu sentada no chão frio ao lado do vaso sanitário completamente sem forças para me levantar.__ Por favor ... saiam daqui.. - coloco a mão no meu estomago quando um novo espasmo surge sem aviso.__ Não ajuda ver- vos me olhando desse jeito.__ Os enjoos não costumam ser matinais ?