Henry olhou para a tela do celular de Isaac e confirmou que, de fato, era Scarlett quem havia enviado a mensagem. Ele sentiu um incômodo súbito no peito. Sem conseguir evitar, pegou seu próprio celular e olhou para a última conversa com Scarlett, que ainda estava parada no dia em que ele havia recebido alta do hospital. Henry sabia que Scarlett estava tentando manter uma certa distância entre eles. Ele percebeu que ela havia mudado, que estava mais forte e independente. Por isso, ele decidiu respeitar o espaço que ela queria e não a procurou mais. Essa deveria ser a atitude certa, mas, ainda assim, algo dentro dele parecia errado. Ele sentia um vazio, como se estivesse deixando algo importante escapar. Com as sobrancelhas franzidas, Henry perguntou a Isaac, com um tom cansado: — E aí, vai ou não vai? — Claro que vou! Scarlett é minha amiga. Qual o problema de jantar com ela? — Isaac respondeu com um sorriso despreocupado. Henry bateu os dedos na mesa e disse: — Vai no Q
Henry devolveu o cardápio para o gerente: — Faça como ela pediu. O gerente lançou um olhar curioso para Scarlett. A jovem parecia um pouco desconhecida. Qual seria a relação dela com Henry? Rapidamente, ele desviou o olhar, mantendo a postura profissional: — E sobre o vinho? Continuamos com o de sempre? Henry balançou a cabeça e respondeu de forma imediata: — Sem vinho hoje. Traga algumas opções de sucos ou bebidas não alcoólicas. O gerente assentiu, pegou o cardápio e saiu da sala com cuidado, sem fazer barulho. Henry então olhou para Scarlett, com um tom direto: — O que você queria com o Isaac? Ele conhecia Scarlett o suficiente para saber que ela não chamaria Isaac para jantar sem motivo. Scarlett hesitou por um momento antes de responder: — Eu sou a nova capitã do time da UFSA. — Parabéns, Scarlett. Isso é uma ótima notícia. Acho que devíamos comemorar. Scarlett assentiu: — É, foi por isso que convidei. Henry a observou por mais alguns segundos e per
Scarlett achava que não era tão famosa assim. Henry sentiu um leve espasmo na pálpebra e agarrou Daniel pelo braço. — Foi ele que, outro dia, ainda fez questão de provocar o Joseph publicamente, dizendo que queria te recrutar para o time dele. — Ah, é mesmo! — Scarlett lembrou, rindo. — Eles até discutiram online, não foi? Scarlett olhou para Henry com curiosidade. — Aliás, ele te chamou de irmão. Vocês são parentes? — Claro, somos... — Daniel começou a responder, mas logo soltou um grito. — Ai! Henry o havia beliscado nas costas antes que ele terminasse a frase. Daniel, com o rosto contorcido de dor, virou-se para Henry e reclamou: — Por que você fez isso? Ele queria manter uma boa impressão diante da futura cunhada, mas seu irmão parecia determinado a arruinar tudo. Scarlett apontou para os dois, desconfiada: — Vocês devem ser parentes mesmo. Até se parecem um pouco. Ao dizer isso, Scarlett de repente se lembrou de algo. Daniel era o jovem herdeiro da poderosa
Henry deu um chute na direção de Daniel: — Fora daqui! — Ai, ai, ai! Não me pega, não me pega! Meu irmão ficou bravo! — Daniel gritou, protegendo o traseiro enquanto corria, com um sorriso provocador no rosto. Henry suspirou, claramente frustrado, mas sem reação. Isaac deu um tapinha no ombro de Henry e comentou: — Esse moleque voltou mesmo, hein? Ah, é verdade... O campeonato nacional de eSports vai ser nesse fim de semana, no estádio da cidade. Agora faz sentido ele estar por aqui. Pouco tempo depois, Scarlett saiu do banheiro. Ela encontrou Henry e Isaac do lado de fora e perguntou: — E o Daniel? Ao ouvir o nome de Daniel, Henry sentiu um leve desconforto, mas respondeu com calma: — Ele foi encontrar os amigos para jantar. — Ah, entendi. Mas, já que você conhece alguém tão incrível, por que não me contou quando ele usou sua conta no jogo? — Scarlett perguntou, com um tom casual, mas claramente curiosa. Henry tentou manter a compostura, mas seu coração batia mai
Amélia começou a suar frio. Sua mão tremia tanto que ela quase deixou o celular cair. Apavorada, ela se levantou rapidamente do lugar de Scarlett. Joseph, no entanto, bloqueou o caminho dela, ficando bem na sua frente. — Você ainda não respondeu a minha pergunta. O que exatamente você estava fazendo agora? — Joseph perguntou, com os olhos fixos nela. As mãos de Amélia tremiam ainda mais, e ela não conseguia nem olhar para ele. — Eu... Eu só estava tentando ajudar no projeto do Aiden. Afinal, a Bordô Maple é a maior concorrente dele neste momento. Eu só queria ajudar. — Amélia gaguejou, tentando justificar seus atos. — Se você queria ajudar, havia outras formas de fazer isso. O que você acabou de fazer é ilegal. Você sabe disso, não sabe? Sem mencionar que isso pode prejudicar a Scarlett! — Joseph respondeu, frustrado com a atitude dela. Ele não conseguia acreditar que Amélia seria capaz de algo assim. De repente, uma memória veio à sua mente, e ele se lembrou das palavras d
— Quem disse que eu sou só uma funcionária? Se este projeto for aprovado, eu vou receber opções de ações e participação na Bordô Maple. Depois que Scarlett respondeu, Amelia arregalou os olhos, surpresa. Bordô Maple era generosa assim? Não é à toa que Scarlett estava tão empenhada em conseguir os dados que estavam nas mãos de Aiden! Por dentro, Amelia sentiu uma pontada de inveja e um gosto amargo. Ela lembrou das fotos que tinha tirado mais cedo e decidiu que não deixaria Scarlett se sair tão bem assim. Joseph, por sua vez, ficou com uma expressão complicada. Ele achava que Amelia tinha razão. Scarlett estava cada vez mais em evidência e parecia não se importar mais com a família Miller. Se Scarlett enfrentasse um problema ou passasse por dificuldades, talvez ela reconhecesse o valor da família. E quando isso acontecesse, Joseph poderia ajudá-la. Assim, Scarlett ficaria com a família Miller novamente e, quem sabe, até voltaria para o time de e-sports que ele tanto queria reerg
Quando Scarlett disse aquelas palavras, o ambiente ficou tomado por murmúrios e agitação. Aiden, no entanto, manteve a expressão inabalável: — Scarlett, você nos acusa de plagiar o seu conteúdo? Que absurdo! Nossa empresa tem tantos profissionais talentosos. Por que iríamos copiar o trabalho de uma empresa tão pequena como a sua? — E por que não? — Rebateu Scarlett com firmeza. Murilo, ao lado de Scarlett, não conseguiu conter sua indignação: — Exatamente! Todo esse material foi produzido com muito esforço por nossa equipe. Aiden riu com desdém: — Vocês viram que nossa apresentação foi impecável e agora estão tentando sujar nossa reputação, não é isso? Scarlett soltou uma risada irônica: — Eu? Precisar de artifícios baixos como esse? Duvido. — Então prove. — Desafiou Aiden. — Tem algum tipo de evidência? Murilo interveio: — Temos sim. O nosso material original é a prova. Aiden ergueu as sobrancelhas com falsa surpresa: — Isso só prova que vocês copiaram o no
Aiden instintivamente olhou para Amelia e Joseph. Será que eles não sabiam de nada? Scarlett sorriu de canto: — Não adianta olhar para eles. Se esses dois idiotas soubessem de alguma coisa, a cena de agora não teria sido tão interessante. Ela sabia que eles realmente acreditaram que ela seria tão descuidada a ponto de deixar o computador ligado com o arquivo aberto. Ela não era tão ingênua assim! Mas, felizmente, havia dois tolos que caíram direitinho. Foi nesse momento que Amelia finalmente percebeu que tinha sido enganada. Scarlett deixou o computador ali de propósito, só para ela olhar! Quando a ficha caiu, Amelia sentiu as forças desaparecerem e afundou na cadeira. E agora? Tudo estava perdido. A situação mudou de rumo rapidamente. Scarlett, com um sorriso malicioso, disse: — Eu me lembro de que há uma regra neste evento: qualquer tentativa de propaganda enganosa, uso de métodos antiéticos ou práticas de concorrência desleal resulta na desqualificação imediata. Só e