Sophia ficou em silêncio, assentindo de maneira um pouco forçada.Joaquim percebeu e, levantando a mão, acariciou o topo da cabeça de Sophia, bagunçando seus cabelos macios.— Joaquim! — Sophia gritou, irritada.— Boa noite, Sophia! — Após cumprimentá-la, Joaquim correu imediatamente.Deixando Sophia parada no mesmo lugar, furiosa.Na tarde seguinte, Joaquim levou Sophia até o prédio do governo de Cidade B.— Fique no carro, eu volto rápido. — Sophia disse, dando a ela uma instrução.Joaquim assentiu obedientemente.A conversa com o contato do governo foi tranquila, e o esboço foi finalizado de imediato.Porém, ao sair, ela avistou Davi.Davi estava no centro, cercado por autoridades do governo, caminhando em sua direção.Sophia rapidamente se afastou para o corredor ao lado, esperando até que o grupo de pessoas passasse, antes de sair do prédio do governo."Como Davi veio para Cidade B? E ainda por cima, para o prédio do governo? Isso tem a ver com a construção do novo distrito?" Sop
— Não tínhamos combinado de fazer a ligação? Sophia abriu a porta e ficou paralisada de susto! "Davi? Como ele está aqui?" — Chamada? Você quer ligar para quem? Sophia ficou alguns segundos em silêncio, sem conseguir reagir de imediato. Quando finalmente recobrou a compostura, tentou fechar a porta com força. Mas sua força não era suficiente para impedir a de um homem adulto. Davi, com um pequeno empurrão, abriu a porta que ela tentava fechar. Entrou decididamente. — Davi, você está invadindo meu quarto à noite, isso não é um pouco demais? — Sophia franziu a testa, seus olhos expressando raiva. Davi, como se não tivesse ouvido o que ela disse, entrou calmamente no quarto. Ele começou a inspecionar o ambiente, andando pelos cantos da sala, não deixando de verificar atrás das cortinas ou debaixo do sofá, procurando por outros homens. "Joaquim não está aqui? Eles não estavam morando juntos?" Davi tinha visto Joaquim mais cedo naquela tarde, no estacionamento, e tam
— Está corrigido, Presidente Davi, dê uma olhada. — Sophia disse de forma formal.De repente, o toque do celular soou. Era Joaquim. Sophia colocou o computador de lado, correu para o canto e, de costas para Davi, atendeu.— Sim, sim, eu sei, não fique insistindo, vá dormir, boa noite.Davi mantinha os olhos fixos nela, observando ela enquanto atendia, esperando que ela voltasse.— Joaquim? "Já sabia e ainda pergunta." Pensou Sophia para si mesma. — Como assim? Está com o Joaquim agora? Ele não tem dinheiro para te sustentar? Precisa sair para trabalhar ainda? — A voz de Davi era cheia de sarcasmo. — Sophia, você realmente se diminui assim? Está se oferecendo para ele? A família Moura tem bastante dinheiro, mas não é nada generosa contigo, né?Davi nem olhou para o desenho, estava mais interessado em conversar sobre a vida pessoal de Sophia.— Presidente Davi, isso é um assunto pessoal meu, não há necessidade de te informar sobre isso, certo? — Sophia falou com uma expressão séria
Sentimentos de tristeza e desânimo eram como duas grandes mãos que rasgavam seu coração de um lado para o outro. Sophia se manteve imóvel, na postura de trabalho, permitindo que as emoções negativas a invadissem completamente. Ela atribuiu esses sentimentos aos resquícios de uma decepção amorosa. Quando essa tristeza finalmente desaparecesse, ela também renasceria. Já que havia decidido deixar Davi, nesta vida, jamais sentiria falta dele! Davi dirigiu sozinho e logo chegou à estação, onde pegou Valentina e a levou para o hotel. Alugou outro quarto para ela. — Davi. — Valentina reclamou. Ela não havia vindo para a Cidade B para ficar em um hotel sozinha. — Se comporte, você não está bem. Não pense em coisas desnecessárias. — Tá bom! — Valentina respondeu, com um tom amargo. Quando chegaram à porta do quarto, Valentina olhou para trás três vezes antes de entrar, andando devagar. Davi a deixou no quarto e voltou para o seu próprio. Já era três da manhã. Ele pensou
Ginecologia. O médico tirou os óculos, olhou os exames e, sorrindo, olhou para Sophia e Joaquim. — Parabéns, vocês estão grávidos há um mês e ainda são gêmeos. O enjoo é normal, vai passar em dois meses, é só manter a alimentação leve… — O médico continuava falando sem parar. "Grávida! Gêmeos!" Sophia ficou chocada. Ela não sabia como sair da sala de consulta e, quando se deu conta, já estava no corredor. Ela estava grávida! Um mês atrás, Davi estava insistindo muito, e eles não haviam tomado precauções. "Mas! A chance de acontecer não era pequena?" Ela via muitas pessoas na internet lutando para ter filhos. Como ela foi pegar logo essa chance! Não, esse filho não pode vir! — Sophia. — Joaquim a chamou. — Esse filho… O rosto do jovem, normalmente sereno, estava tomado por uma rara expressão de preocupação. — É do Davi. — Sophia disse com indiferença, sem esconder nada. Ela suspirou profundamente depois de falar. Deus adora brincar com as pessoas, ela e D
Ninguém respondeu a Sophia, o embrião ainda era muito pequeno. O registro foi feito, o aborto espontâneo agendado, e a enfermeira foi rápida, logo tudo estava resolvido. A cirurgia estava marcada para as três da tarde, e ela não podia comer nada devido ao jejum. Joaquim também ficou com Sophia, sem comer. Ele viu que ainda faltavam algumas horas para a cirurgia e, como não podiam comer, pensou em levar Sophia para o carro para descansar um pouco. Quando estavam se aproximando da entrada do hospital, encontraram Samuel vindo na direção oposta. — Sophia? Que coincidência, te encontrei em Cidade B? — Samuel cumprimentou de forma natural. — Você está doente? Não está se sentindo bem? Ao ver Joaquim ao lado de Sophia, Samuel fez um aceno educado. — Joaquim. — Samuel. — Joaquim respondeu com um aceno de cabeça. — Vim para Cidade B a trabalho, e a gastrite atacou, por isso vim ao hospital dar uma olhada. — Sophia se justificou, mencionando a dor de estômago. Ela estava p
Hospital. Após completar os preparativos para a cirurgia, Sophia deitou na mesa de operação para receber a anestesia. A luz fria acima de sua cabeça iluminava seus olhos, causando uma dor incômoda. Ela, que raramente chorava, viu lágrimas começarem a cair, escorrendo lentamente até seus cabelos. Davi entrou no avião e já estava sentado, ainda sem ter decolado. Sua pálpebra tremia incontrolavelmente, e seu coração batia acelerado, como se pressentisse que algo ruim estava prestes a acontecer. Pensou na noite anterior. Pegou o celular e enviou uma mensagem para Sophia. [Deixe Joaquim. Se o dinheiro for um problema, posso te ajudar. Não volte a trabalhar!] Após enviar a mensagem, fez rapidamente uma transferência de cinco milhões de reais para a conta bancária dela. Temia que fosse pouco, e que Sophia pudesse se sentir desinteressada. Feito isso, colocou o celular no modo avião. O avião decolou. Sala de cirurgia. Sophia fechou os olhos. O médico já estava devidam
Para Davi, não havia nada de errado em estar com duas mulheres. Afinal, em seu círculo, não era incomum que chefes e presidentes estivessem acompanhados de mais de uma mulher. O apego obsessivo ao corpo de Sophia, no entanto, só fazia aumentar a culpa que ele sentia em relação a Valentina. Eles saíram do aeroporto pelo corredor VIP e seguiram diretamente para o estacionamento subterrâneo. Samuel e Bryan os seguiam, um atrás do outro. Ao chegar diante do carro, Valentina, relutante, disse a Davi: — Davi, você vai voltar para o trabalho agora? Davi pensou que teria que continuar cuidando de Sophia, o que o fez se sentir culpado por Valentina. — Não estou ocupado, vou te levar para casa mais tarde. — Davi sorriu suavemente. Valentina imediatamente deixou a saudade de lado e ficou feliz. Samuel, vendo os dois interagindo sem se importar com a presença dos outros, deu um leve sorriso irônico. Com um resmungo, comentou: — Poxa, Assistente Bryan, acho que é melhor sair