Justo naquele momento, Davi entrou no quarto do hospital, empurrando a porta. Sophia franziu a testa, olhando para ele, confusa, e falou com frieza: — O que você está fazendo aqui? Davi a olhou de cima a baixo, como se estivesse vendo um idiota. — A escola ligou, dizendo que você se machucou. — Depois de falar isso, jogou a bolsa que estava segurando sobre a cama. Sophia então se lembrou: ela havia perdido a memória e não tinha familiares. Os contatos de emergência e familiares que ela havia colocado na escola eram os de Davi. Ela se aproximou da cama, pegou a bolsa com os medicamentos e, sem jeito, disse: — Obrigada. Davi ficou surpreso. "Ela realmente agradeceu? Não era aquela cheia de raiva e agressividade nos últimos dias?" — E o Joaquim? Por que ele não veio ao hospital? — Davi perguntou de forma casual, como se estivesse trocando fofocas com um amigo. — Isso não é da sua conta! — Sophia respondeu, irritada, enquanto olhava seu próprio rosto no espelho pequeno
Sophia olhou para ela de forma aberta e, sorrindo levemente, começou a falar:— Então, obrigada por terem vindo até aqui me ver.Valentina ainda queria dizer algo, mas Davi a interrompeu, falando diretamente para ela:— Você não disse que ia procurar o Samuel para pegar o remédio? Já pegou?— Peguei! — Valentina respondeu, com os olhos brilhando de felicidade ao olhar para ele.— Então vamos embora, tem coisas da empresa que precisam ser resolvidas! — Davi pegou a bolsa de Valentina com uma mão e, com a outra, segurou a dela, começando a caminhar em direção à porta do quarto.Sophia observou as mãos dos dois entrelaçadas. Seus olhos brilharam por um momento e, por um instante, algo em seu olhar se apagou.— Irmã, a gente vai indo, tchau! — Valentina se virou, acenando de forma fofa, e logo deu um passo atrás, acompanhando Davi.A porta do quarto se fechou.Sophia jogou a roupa que estava nas mãos sobre a cama e sentiu como se toda a energia do seu corpo tivesse sido drenada, fazendo el
Depois de chegar em casa, Sophia sentiu a dor nos lugares onde caiu, com os hematomas começando a incomodar. Além disso, seu coração também estava apertado, doendo. Ela foi para o quarto, tirou as roupas e passou o remédio nas áreas machucadas. Os hematomas estavam no lado direito, e ela fazia os movimentos com a mão esquerda de forma um pouco desajeitada. Após terminar, percebeu que estava com fome. Sophia realmente não queria cozinhar, então pediu comida por delivery. Enquanto comia, recebeu uma mensagem do professor, que começou perguntando como ela estava e depois sugeriu reembolsar os custos médicos. Sophia recusou; afinal, ela já havia desistido da escola, e a queda da cadeira foi culpa dela mesma, por não ter se equilibrado corretamente, não tendo nada a ver com a escola. Mesmo assim, o professor e os colegas ajudaram a chamar a ambulância e a levaram ao hospital. Após agradecer ao professor e aos colegas, ela continuou assistindo séries e comendo seu pedido de del
— Eu posso ir para outra cidade, ou até para o exterior, ainda não decidi. — Sophia se recostou no sofá e falou de forma tranquila.— Pode ser qualquer um desses lugares. — Letícia respondeu com surpresa, concordando. — Você pode ir para o País M, minha casa fica lá. Eu te levo para conhecer a minha casa.Letícia falou com um tom alegre.Sophia ficou pensativa. País M...O lugar onde Valentina e Davi se encontraram...— A Academia Monte Azul fica no País M. Você pode ir lá para continuar seus estudos. — Letícia sugeriu, percebendo que sua amiga estava pensativa e em silêncio. Sabia exatamente o que ela estava preocupada. — País M é tão grande, a chance de você encontrar aquele Davi, o homem canalha, é pequena! Além disso, eles ainda vivem no planeta Terra, você não vai sair do planeta, vai?Letícia tinha razão, e Sophia logo clareou sua mente.A Academia Monte Azul era a mais renomada na área de artes, e seria uma pena não tentar.Não podia deixar que um desengano amoroso e um encontro
Joaquim segurava duas sacolas de comida para viagem com as mãos.— A irmã não disse que tinha caído e não podia sair? Então, eu trouxe direto. Provavelmente vocês também não querem cozinhar, com certeza iam pedir comida. — Ele entrou e colocou os pratos na mesa, sorrindo de forma descontraída. — A comida do Sabores do Sol, a irmã adora.— Não esperava isso, irmão, você é bem atencioso, hein! — Letícia comentou, rindo sem preocupação, e se virou para pegar os talheres na cozinha.Joaquim, ao ouvir o apelido de "irmão", franziu um pouco a testa e observou discretamente a reação de Sophia, temendo que ela não gostasse dele por causa da diferença de idade. Ele percebeu que Sophia se importava com a idade. Quando viu que ela não teve nenhuma reação excessiva, se sentiu aliviado.— Você não precisava ter vindo até aqui. Da última vez, você me salvou na piscina, eu deveria ser quem te convidasse para jantar. — Sophia disse calmamente.— Isso não tem importância. Quando você melhorar, pode me
[Você tem uma semana. Se lembre de estar em Cidade B no dia 21 para a entrega com o governo.]Em seguida, ela recebeu os contatos da equipe do governo de Cidade B.[Entendido.]Uma semana depois, Sophia subiu no avião com os desenhos já entregues, rumo a Cidade B.Na classe executiva, mal Sophia se acomodou, quando uma voz familiar soou ao seu lado.— Irmã!Joaquim apareceu novamente, com sua voz juvenil e fresca.— Joaquim? O que você está fazendo no avião? — Sophia perguntou, surpresa e confusa.— Claro que estou viajando! — Joaquim respondeu, se sentando no assento ao lado de Sophia.— Então? Mesmo voo?— Sim!Sophia olhou para ele com uma expressão de descrença.Joaquim sorriu e explicou:— Foi a Letícia quem me contou que você ia para Cidade B trabalhar. Ela também me passou o número do voo e o assento. Como estamos indo para o mesmo lugar, resolvi acompanhá-la!Enquanto explicava, Joaquim pegou o celular, ajustou a câmera para o modo selfie e tirou uma foto com Sophia.Logo em se
Valentina sempre se comportava de maneira arrogante, se destacando, e a relação dela com o presidente era tudo, menos comum. Como ela não sabia que ele iria viajar a trabalho em um jato particular?Sophia, por outro lado, era muito mais educada e cortês.As coisas entre o presidente, Sophia e Valentina já estavam sendo comentadas por todo o time de secretárias.O time de secretárias ficava no mesmo andar que o escritório do presidente; não havia fofoca que passasse despercebida.— Tá bom, eu vou ligar para ele e perguntar. — Valentina fingiu não se importar.A secretária saiu da sala de recepção.Foi só hoje que Valentina soube que Davi iria viajar a trabalho para Cidade B. Ela chegou à empresa mais cedo, com a intenção de ir junto.Mas, ao chegar, percebeu que estava tarde demais.Valentina ligou para Davi. O telefone tocou duas vezes antes de ele atender.— Alô, Davi, por que você vai viajar a trabalho e não me leva? — Valentina fez uma voz doce, com um toque de melancolia. — Eu quer
— Tia, você é a mãe do Davi, eu sou a namorada dele, claro que tenho que te chamar de tia! Não sou uma pessoa sem educação. Agora, chamo de tia, mas quando eu e o Davi nos casarmos, vou ter que te chamar de mãe! — Valentina riu suavemente.A raiva no rosto de Kelly era visível, e ela a advertiu com firmeza:— Valentina, fique longe do meu filho! Quer se casar com ele? Está sonhando! Enquanto eu estiver nesta casa, você nunca vai conseguir entrar!— Tia, você ainda não sabe, né? — Valentina cobriu a boca com um gesto de surpresa. — Ontem, o Davi me levou até a casa de repouso para ver o vovô Lorenzo, e na frente dele, me pediu em casamento!Ela disse isso com um sorriso de felicidade no rosto.Depois, olhou Kelly desafiadoramente.Kelly estava tão furiosa que sua respiração se acelerou, e ela gritou:— Impossível! Meu filho nunca se casaria com você, jamais pediria sua mão!— Não acredita? Então, tia, é só ligar para o Davi e perguntar, não é? — Valentina deu de ombros, como se não se i