Os alunos do ateliê ao lado ouviram o barulho e correram para ver o que tinha acontecido.— Sophia, você está bem? — Era justamente a influenciadora que havia fofocado sobre Sophia na porta da escola pela manhã.Ela perguntou:— Você se machucou? Está doendo? Vou ligar para o professor, não tenha medo! — Disse ela, pegando o celular rapidamente.O lado direito de Sophia doía tanto que as lágrimas escorriam; parecia dormente, e até se mexer era difícil.O professor chegou logo em seguida e exclamou, aflito:— Chamem uma ambulância!Sophia quis dizer que estava bem, mas, ao abrir a boca, a dor era tanta que as lágrimas voltaram a cair e ela não conseguiu falar nada.A ambulância chegou.— Voltem e continuem escolhendo as obras para a exposição. Eu vou acompanhá-la ao hospital.Pronto-socorro do Hospital Luz do Atlântico.O médico olhou para o raio-X e disse:— Não foi nada grave, nenhum osso foi fraturado. A pele tem alguns machucados, hematomas e inchaço, mas isso é normal. Apenas algun
País M. Na cama de hotel. Dois corpos juntos. No calor do momento, a voz sensual de Davi estava levemente rouca, carregada de sedução. — Sophia, me dá um filho, que tal? Sophia, tomada pela paixão, respondeu sem pensar. Depois, enquanto os dois se abraçavam, ela começou a refletir sobre o que ele acabara de dizer. — Um filho? O brilho de emoção em seus olhos ainda não havia se dissipado. O olhar de Davi voltou a se acender; de alguma forma, o corpo dela sempre exalava uma atração irresistível para ele. Reprimindo os pensamentos que surgiam, ele tirou do nada um anel de diamante e o colocou no dedo anelar da mão esquerda de Sophia. — Você está me pedindo em casamento? — Sim. — Agora você pode me dar um filho? — Davi perguntou com um sorriso, seus olhos cheios de ternura, mas sem amor. Seu olhar parecia atravessá-la, como se esperasse a resposta de outra pessoa que habitava seu coração. — Vou te dar vários filhos. Sophia ficou surpresa e encantada, mas pen
Sem perceber, lágrimas começaram a rolar, borrando a maquiagem recém-feita.Sophia olhou para o anel de diamante em seu dedo anelar esquerdo.Um mau pressentimento se espalhou por seu coração: a mulher que surgiu de repente iria destruir a felicidade pela qual ela esperava há tanto tempo.Ela não podia ficar ali esperando; precisava saber quem era aquela mulher.Depois de respirar fundo por um momento, deu um passo em direção ao hotel.O avião veio do País M de volta ao País H.Hospital Luz do Atlântico.Sophia estava na porta do quarto do hospital, os braços cruzados, tentando olhar para dentro através da janela.Davi, junto de seu amigo Samuel Borges, diretor do Hospital Luz do Atlântico, observava enquanto os médicos examinavam a mulher inquieta na cama.A mulher era segurada por duas enfermeiras.No avião, o rosto da mulher já havia sido limpo e ela vestia roupas limpas.— Valentina? Ela não estava... — Desaparecida há quatro anos, sem deixar rastros?Samuel estava surpreso. Como e
Canteiro de flores no jardim dos fundos do hospital. A noite de primavera ainda estava ligeiramente fria, e o vento gelado fazia as pessoas sentirem o desconforto do clima. O som de um isqueiro acendendo ecoou, dois pontos de luz surgiram, e a fumaça do cigarro se espalhou com o vento, confundindo a visão de quem observava. — Valentina voltou. O que você pretende fazer? — A pergunta veio de Samuel. Ele não mencionou Sophia, mas ambos sabiam exatamente sobre que estavam falando. Uma era a deusa dos tempos da faculdade, a deusa que havia salvado a vida de Davi, uma lembrança juvenil que sempre aquecia seu coração. A outra era a namorada que estivera ao seu lado por três anos, com quem ele compartilhara os momentos mais íntimos e a quem já havia pedido em casamento: sua noiva. Após um longo silêncio, Davi respondeu. — Ela é apenas uma substituta. A presença dela é para ocupar o lugar de Valentina, mas compará-la com Valentina? Impossível. — A voz de Davi era fria e impiedo
Procurou o controle remoto para acender as luzes, Sophia ligou a iluminação e, em seguida, buscou algo à mão para apagar, uma a uma, as velas.Achou o pijama no guarda-roupa e foi tomar banho.Ao entrar no banheiro, notou, sem querer, que ainda usava o anel na mão esquerda. O tirou e o jogou em um canto do armário de acessórios.Quando saiu do banheiro, sacudiu todas as pétalas que estavam na cama para o chão, se cobriu com o edredom e dormiu.Como de costume, se deitou no lado esquerdo da cama, onde Davi sempre a abraçava de perto. Aos poucos, ele se movia para o lado esquerdo com ela, deixando um grande espaço vazio na cama. Olhando para o lado direito, viu aquele espaço vazio que a incomodava; então, moveu seu corpo para o meio da cama e jogou o travesseiro extra no chão. Assim, se sentiu mais confortável.Apagou a luz e foi dormir.Por dois dias seguidos, não recebeu nenhuma mensagem de Davi. Ele provavelmente estava no hospital com Valentina, ou talvez estivesse trabalhando.Sophi
Dizem que os magnatas são frios e indiferentes nos relacionamentos, trocando de mulher como trocam de roupa. Mas, nos últimos três anos, o presidente teve apenas a Srta. Sophia ao seu lado. Todos pensavam que ele fosse fiel, mas bastou ele decidir mudar para que isso acontecesse. Ninguém sabe quanto tempo a Srta. Valentina vai durar ao lado do presidente.Bryan entrou na empresa três anos atrás, quando Davi assumiu o Grupo Vitalidade, então ele não conhece o histórico amoroso de Valentina e Davi.Dentro do Portal da Moda.Sophia estava escolhendo roupas, e nenhuma delas era do estilo fofo e inocente.— Sophia, você mudou de estilo? — Letícia perguntou ao vê-la segurando um longo vestido preto sensual, com uma fenda na saia, que certamente ficaria provocante no corpo curvilíneo de Sophia.Sophia se olhou no espelho, testando o vestido contra o próprio corpo, e respondeu calmamente:— Sim, mudei de estilo. O que você acha, ficaria melhor com um xale ou uma jaqueta por cima?Ela se virou
Sophia pegou o celular e enviou uma mensagem para Davi.[Se tiver tempo, passe no Esplendor do Sol e resolva as nossas pendências antes de ir encontrar sua deusa.]Após enviar a mensagem, ela se preparou para sair do hospital.— Srta. Sophia, podemos conversar? — Valentina surgiu de repente, girando sua cadeira de rodas ao lado de Sophia, sem sinal de Davi por perto.— Parece que não nos conhecemos.— Srta. Sophia, estive longe de Davi por três anos e queria perguntar como ele tem vivido durante esse tempo. Ele não consegue me encontrar. Será que, nesses três anos, ele ficou tão triste a ponto de não conseguir comer ou dormir direito?Valentina, magra e frágil, demonstrava uma preocupação genuína por Davi, mas sua voz também carregava um tom de provocação e orgulho.— Se você quer saber, pergunte diretamente a ele.— Ele não me diz nada, para não me preocupar.Sophia não via sentido em continuar aquela conversa desconfortável e se virou para ir embora.Valentina, de repente, começou a
Sophia segurava o documento com força, a raiva fervendo em seu coração.Davi se reclinava na cadeira, os lábios finos ligeiramente entreabertos, a voz fria e arrogante, como se estivesse oferecendo uma recompensa:— Esses três anos foram difíceis para você. Você é órfã, sem família ou um lugar para onde ir. Estou disposto a gastar dinheiro para sustentá-la, aumentando o valor para trezentos milhões por ano. O contrato será renovado a cada três anos. Se você se comportar e não atrapalhar a mim e a Valentina, vou sustentá-la até o fim da sua vida. Esta mansão é para você morar, mas você não pode aparecer na frente de Valentina. Eu não voltarei a esta mansão e também não tocarei em você. O que aconteceu hoje no hospital, independentemente de certo ou errado, não quero que se repita no futuro.Frio e impiedoso, ele não considerava os sentimentos e a dignidade de Sophia.Ao ouvi-lo, Sophia ficou tão furiosa que sentiu o fígado doer. De onde vinha essa confiança de que ela escolheria viver