A mão divína
Kimy se acomoda no banco do passageiro exausta, imersa em pensamentos sobre os últimos acontecimentos, e da coragem que tiveram para encarar aquele bando de criminosos que puseram sua vida em risco. Apesar da valiosa ajuda de seus amigos, ela reconhecia que a Mão de Deus estivera presente em todos os momentos, mesmo naquelas horas em que parecia não haver mais esperança, agora passava por uma profunda mudança espiritual e sua fé se fortalecia cada vez mais.
Anoitecia, no caminho de volta Kimy refletia sobre os últimos acontecimentos, e quantos milagres haviam presenciado em tão curto espaço de tempo. Reconhece que ela própria teria perdido sua vida caso Fábio não tivesse visto as artimanhas malignas do inimigo.
Juan:—Pensativa, Kimy? (Dirigindo o carro)
Kimy:—É, estou aqui perdida em meus pensamentos. (Sorri)
Juan:—
Teorias sobre a morte Juan:—Acho que vão erguer uma estátua sua neste hospital. Fábio:—Não exagera. (Risos) Juan:—Então, deve ter muita coisa para contar? (Curioso) Fábio:—Juan, estive em lugares incríveis, fui instruído por pessoas sábias. Aprendi tantas coisas sobre o universo que você ficaria bobo de ouvir. Juan:—Sou todo ouvido, irmão! Fábio:—Vamos passar a noite falando sem acabar o diálogo. Juan:—Mas quanto tempo esteve lá, Fábio? Fábio:—Pelas minhas contas foram cinco dias. Juan:—E aqui se passaram 40 minutos, assombroso! Kimy:—Mas como isso é possível, Fábio? Fábio:—A medida de tempo no mundo espiritual é diferente da forma como medimos o tempo aqui na Terra. Kimy:—Por que, Fábio? (Querendo entender) Fábio:—Quando alguém vai para o mundo espiritual sente uma diferença de peso colossal. O corpo que fica aqui na Terra, corresponde digamos a 99
Presente do Mundo Espiritual Kimy repara que Fábio estava usando um colar diferente: Kimy:—Que colar diferente, onde comprou? Fábio:—Não acredito! Kimy:—O que foi, Fá? Fábio retira o colar e percebe que se tratava do mapa cristal, que tinha vindo com ele para a Terra, tenta imitar os gestos que fazia no mundo espiritual para visualizar a tela holográfica, mas com seus olhos físicos não conseguia ver nada, porém na dimensão espiritual esse mapa continuava a funcionar, era uma questão de tempo até refinar sua visão e voltar a ver o que estava acontecendo na dimensão espiritual. Fábio:—Kimy, isto é um verdadeiro presente dos Deuses. Com ele eu podia ver os mapas das cidades onde estava, tipo nosso GPS. E permitiram que eu voltasse com esta joia, se eu descobrir como funciona esta tecnologia mudaria o futuro da informática. Juan:—Mas onde estão os circuito
Um momento na eternidade Kimy olha para Fábio, buscando sua compreensão, ele levanta e faz um gesto com as mãos para ela ficar tranquila para falar com Takeo enquanto ele vai ajudar seu sogro. Kimy fala com Takeo: —Takeo, fiquei feliz pelos presentes que mandou e pela tua gentileza com este belo buquê, mas passastes muito tempo sem responder minhas cartas, meus e-mails, e Isso me fez acreditar que poderias ter outros relacionamentos lá e que eu estaria livre para fazer novas amizades aqui, entendeu? Takeo:—Saiba que nunca deixei de gostar de ti. Desculpe-me se não te respondi! Kimy:—Takeo. Muitas coisas mudaram durante esse tempo que esteve longe. Perdoe-me por não estar sendo como você esperava. Estou com o Fábio agora. Takeo:—Estou decepcionado. Mas entendo que cheguei tarde. Kimy:—Takeo, esqueça o passado, fique com a gente. Vamos nos divertir? Ele se levanta, arr
Expectativa Futura No dia da entrevista ela adora a localização da empresa onde iria trabalhar. Kimy é bem recebida na SULIMAGE e apesar da indicação forte, a diretora da empresa simpatiza com o jeito extrovertido e postura profissional dela. Na hora da saída se encontram num shopping em frente do escritório e param para tomar um lanche. Fábio:—Gostou? Kimy:—Adorei, que vista incrível lá de cima! Fábio:—São Paulo é surreal... Kimy:—Fábio, como vai ser essa visita na casa de teus pais ? Fábio:— Kimy, quando estava do outro lado entendi o que TINHA que fazer, mas não me explicaram COMO fazer. Tudo que sei é que depois que meu pai abrir este registro (mostra uma foto com o celular) ele me mostrará o caminho a seguir. Kimy:—Parecem placas de metal? Fábio:—É um Livro Antigo. Kimy:—E não podes abri-lo? Fábio:—Somente meu pai tem autorização para fazê-lo, nesse momento sa
Não existem coincidências Fábio conta tudo o que havia ocorrido desde que se mudara para São Paulo, começando pelo site na internet e como se conheceram através do blog dele até a oportunidade de passar na cidade dela. O incidente na estrada por causa dos assassinos de Gadianton e a viagem que fizera ao Mundo Espiritual, o milagroso retorno à vida e sobre a missão que recebera antes de voltar. Osvaldo:—Você encontrou um dos três Nefitas? (Fica atônito) Fábio:—Sim, ele me protegeu na hora que voltei à vida. Osvaldo:—Isso é incrível, mas me fale mais sobre sua missão, sinto que existe um propósito maior para estar aqui, filho? Fábio:—Você tem um amigo chamado Thomas? Osvaldo:—Sim, claro, meu grande amigo Thomas, faz anos que não nos vemos. Você o viu por aí? Fábio:—Sim. Eu o vi em Floripa quando fui assistir à reunião dominical. A família dele me convidou para uma noite familiar em sua casa. Uma ve
Alguém acredita em você Assim caminha a humanidade, presa a uma esfera material, tão cega às significativas transformações do universo, que não percebe ser parte de algo maior, de um plano superior, apesar da vida enviar sinais à cada momento, como uma "emoção no coração" ou as vezes "clareza de pensamento”, ou nos dando um vislumbre do sentido de nossa existência. Aquiescer a essa centelha de inteligência torna alguns de nós mais perceptíveis do que outros, assim começa a história de Kimy, ela está prestes a descobrir algo novo, que mudará sua vida para sempre. Nativa de Blumenau, uma cidade construída no estilo alemão, ao sul do Brasil, onde trabalha como corretora de seguros, sempre foi cética em relação a assuntos paranormais, mas depois que um cliente passou por um acidente de trânsito, que o deixou entre a vida e a morte, Kimy passou a questionar o sentido da vida e desejou ir mais a fundo n
Intrigas Chega a sua casa cansada e vê seus pais brigando outra vez. Seu pai se juntava com alguns “amigos” à noite, bebia um pouco demais e às vezes chegava meio alterado em casa, brigando, discutindo com sua mãe. Foge para a cozinha e encontra seu irmão sentado num canto, lendo um livro, se entreolham com rostos de desanimo, ele sempre fora um ótimo amigo, e ajudava a segurar a barra nesses momentos difíceis. André:—Como foi hoje? Kimy:—Cansativo, estou pensando seriamente em mudar de área. André:—Tenha paciência, em breve vai se formar como psicóloga. (Ri) Kimy:—Haha, não consigo nem resolver meus próprios problemas, e resolver os de outros então, sei lá. Eles estão brigando há muito tempo? (Se referindo aos pais) André:—Sim, ele pisou na bola feio desta vez. A mãe entra na cozinha, dá um beijo nos filhos se despedindo e sai de casa, desta vez ela estava nervosa, pega um
Aura de cada um Fim de semana, Fábio sai do metrô, voltando de um curso, andando a pé pelo centro da cidade, ao atravessar o viaduto sente uma enorme angustia em seu peito, para num canto para se apoiar, respira fundo, temendo que uma nova crise estivesse para começar. Ao olhar na direção de uma multidão em frente ao Teatro Municipal sente algo estranho, e ouve baixinho em sua mente um apelo: "—Me ajude... por favor" Olha para os lados e não vê nada. Continua a andar e, de novo, ouve a suplica: “me ajude”. Fábio para de andar e olha ao redor sem saber o que fazer e sente uma agonia por não identificar quem o está chamando. Nesse momento, tudo em volta dele se paralisa: os carros, as pessoas na rua, os pombos que voavam. O letreiro digit