Amor à primeira vista
Havia um movimento intenso na rua, por causa dos bares em frente a universidade, sobe a escadaria e entra na faculdade como se fosse um aluno qualquer, o prédio era antigo, no estilo romano. Havia muitas moças e rapazes de cabelo claro, devido à influência alemã e italiana. Fábio olha o quadro de programação das aulas e por sorte havia somente uma sala de filosofia, seu coração b**e acelerado não acreditando que havia chegado até ali, era como um sonho se materializando aos poucos.
Chega à sala de filosofia na hora da troca de turmas, olha em volta rapidamente, havia uns cinquenta alunos lá dentro, de diferentes faixas etárias, olha dissimuladamente em várias direções tentando reconhecer Kimy, passam várias moças do seu lado, mas nenhuma tinha as feições asiáticas dela, resolve sentar no fundão e ficar observando a movimentação na classe, quando senta um aluno do seu lado, mascando chiclete e ouvindo música com fone de ouvidos,
Rivalidade Ao perceber que passaram a ser o centro das atenções, Kimy pega Fábio pela mão e o leva para fora da sala até o saguão principal, olha-o seriamente e fala perplexa: Kimy:—Fábio, não acredito que vieste até aqui (belisca a própria mão) e não estou sonhando, mas porque não me avisaste? (Esfrega os olhos e pisca várias vezes sem acreditar nessa visita inesperada) Fábio:—Kimy, eu tentei, mas não consegui. Continuam a se beijar enquanto pessoas passam pelo local observando-os, um segurança sai do posto para chamar-lhes a atenção, resolvem sair dali para a praça central no interior do prédio, sentam num banco perto de uma estátua grega. Kimy:—Eres maluco, sabias? (Ri) Fábio:—Por você r
Desconfiança Edu:—O que foi, está tudo bem? (Nota a seriedade de André) André:—É que meu pai brigou de novo com a mãe, é isso. Edu:—Lamento, Kimy estás pronta? Vamos pra dance, leva teu primo, a Paula já andou perguntando por ele? (Pisca) Kimy:—Quem? (Tenta sorrir) Edu:—A moça que trabalha com você. Kimy olha para Fábio, e este faz sinal de não entender. Kimy:—Aí Dú, não sei se estou a fim de ir. (Tenta cancelar) Edu:—Nem pensar, tenho uma surpresa para ti, vamos indo! Kimy tem um mau pressentimento, estava receosa de explicar tudo para Eduardo, e ainda ele e seu irmão poderiam ficar contra ela, a vontade de André poderia prevalecer, ganhar força e desencadear outra briga. Edu:—E então, vamos? (Eduardo fica impaciente)
Parada em Camboriú Liga o motor, o painel acende, manobra o carro para fora da garagem. Ela pergunta: Kimy:—Que equipamento levas aí atrás? Fábio:—São servidores de rede, que preciso entregar amanhã. Kimy:—Fábio, eu deixei uma mochila pronta lá em casa, podemos passar para pegar? Vão até a casa de Kimy, André vem ao encontro deles e estranha o arranhão na testa de Fabio: André:—Que foi isso Fábio? Fábio:—Um pequeno acidente de percurso. Kimy:—Fábio e Edu brigaram, André. (Diz Kimy chateada) André:—Isso já era esperado, Kimy, vais viajar mesmo? (Tom paternalista)
Viagem a Florianópolis Amanhece , voltam para a estrada, uma massa de ar quente traz o cheiro do mar, na rádio, tocava “Time” (do Alan Parsons Project), ao longo do caminho, as praias, altas encostas, rochedos, o frescor das matas, tornavam a paisagem vislumbrante, os raios de sol realçavam seus olhares, enquanto seus cabelos balançavam ao vento, o tempo voa enquanto conversavam, sorriam e se comoviam com a historia de suas vidas. Encostam o carro numa praia deserta, para experimentar uma agua de coco, se empolgam, saem correndo descalços pela areia, segurando-se pelas mãos, giram até cansar e ficar frente a frente, um para o outro, em silêncio, ouvindo a respiração, trocando olhares apaixonados, e por alguns segundos, enquanto as ondas quebram suavemente ao fundo, ele avança e lhe rouba um beijo. Templo &nbs
Ciclo de Idas A misteriosa mulher de preto leva Kimy até o mezanino, na sacada do edifício com vista para o movimento de carros na avenida. Na galeria em frente à elas, um telão digital mostrava o jornal da tarde, que alertava: “Pistas escorregadias em direção a São Paulo". De repente Kimy presencia uma batida entre carros na avenida e as pessoas que se dirigirem ao local para ajudar. Olha para a mulher de preto e diz: Kimy:—Curioso, o noticiário alertou sobre acidentes e logo em seguida vemos um acidente acontecer na rua. Mulher:—São períodos de êxodo de almas (...) Kimy:—Oi, não entendi? Mulher:—A vida segue ciclos de nascimento e morte (vindas e idas). O ciclo dos próximos dias é de idas. Kimy:—E veio atrás e mim para dizer isso? Mulher:—Calma que tem mais, você está bem decidida sobre o rapaz pelo visto? Kimy:—Sim, gosto muito dele. (Tímida) Mulher:—Está e
Vazio Volta para o carro, cabisbaixo, sentindo-se vazio, ao chegar ao hotel, senta no hall, olhando incessantemente para o celular, esperando ansioso pelo retorno dela, passa mais de uma hora e o celular de Kimy continuava fora de área, liga para André que se compromete a ligar assim que tivesse notícias. Fábio passa o tempo todo no sofá, imóvel, com olhar distante, na expectativa de saber se ela estava bem, passam-se duas longas horas e nada, de repente ouve o som do celular e atende desesperado. —E aí, André? —Ela chegou bem, vou buscá-la agora na rodoviária, ok. —Obrigado irmão, fico mais tranquilo agora. (Suspira) Mais tarde já em casa, Kimy liga para Fábio com ansiedade:  
Visão do futuro Thomas:—Exato! Deixe continuar, no período que ficamos refugiados lá, trabalhamos em suas plantações, fizemos manutenção em seus prédios e instalações e acompanhamos suas classes de estudo. Um dia, as condições diplomáticas se tornaram favoráveis para voltarmos para Jerusalém. Antes de partirmos, o Jafé, líder daquela seita, em agradecimento nos presenteou com um curioso objeto, eles o chamavam em Aramaico de Nahiyra-Gliydah. Fábio:—O que é isso? Thomas:—Vou facilitar pra você: Urim e Tumim. Fábio:— “Luzes e perfeições”. (Surpreso) Thomas:—Grande Alonzo! Isso mesmo, você é filho dele com certeza. Jafé disse que sempre seríamos bem recebidos lá e nos chamou de jovens profetas, fazia questão que levássemos o tal objeto, alegando ser um direito dos legítimos portadores do sacerdócio real. Quando voltamos a Jerusalém com nossas próprias compilações eu vesti o tal Nahiyra-Gliydah,
Decepção Kimy olha desapontada para Eduardo, ele fica sem palavras, sem reação, ela abre a bolsa, procura o celular que havia recebido do tio Ney e coloca no bolso da jaqueta dele. Dá meia volta e começa a andar em direção à faculdade. Eduardo se arrepende de ter soltado aquela pista tão reveladora, tinha subestimado a inteligência de Kimy. Vai correndo até ela e diz: Edu:—Kimy, era para tua proteção, guarde contigo, por favor? Kimy:—É isso que esperavas de nosso relacionamento, me controlar, me manipular pelo resto da nossa vida? Edu:—Hei, não faz isso comigo, eu estava querendo te proteger. Não entendes que gosto pra caramba de ti? Kimy para e olha nos olhos de Eduardo. Kimy:—Du, eu também gosto de ti (Eduardo sente uma esperança), mas o tipo de relacionamento que queres é o de ter um peixinho preso no aquário para exibires a teus amigos como um troféu