Cristina Cristey
Assim que ela se levanta frustrada para ir embora, uma mulher quase enlouquecida com os cabelos desgrenhados entra na sala sem nem mesmo bater.
— senhor Alessandro! Eu me demito! — brada mexendo no cabelo tirando alguns bichos estranhos de brinquedo.
— senhora Raya, vamos conversar, você disse isso antes, mas acredito que dessa vez você consiga — Suplica ele enquanto Lúcia observa os dois, mas ele a encara duramente e ela entende que deve ir embora.
Assim que sai tomba com as duas crianças acompanhadas pela Governanta, aparentemente tem cinco anos, ambas iguais, com os braços cruzados se mantêm emburradas.
Quando seus olhares se encontram eles sorriem encantados
— A nossa mãe nos sonhos? — perguntou o menino hipnotizado.
— sim! — confirma a menina abraçando Lúcia que sentiu como se tivesse levado um choque na cabeça, e piorou quando o menino também a abraçou, seu coração acelerou de uma tal forma que pensou que passaria mal, e todos os funcionários a encarava em alerta indicando que ela saísse dali, mas ela não conseguia se livrar das crianças.
Quando Alessandro saiu e viu a cena ficou enfurecido.
— Como podem agarrar estranhos por aí? — briga.
— não é estranha, é a nossa mãe! — protesta a menina.
— kayla! — brada aborrecido, mas os meninos se prendem com força a Lúcia que permanece imóvel olhando as duas crianças.
— mamãe, diga a ele que você é nossa mãe… — Resmunga a menina.
— Não se preocupe, nosso pai vai entender quando eu negociar
— Leandro… — resmunga.
— Eu e kay aceitamos ela como nossa mãe, babá, governanta, como você quiser, se contratar ela, nós paramos de fazer birra — disse o menino deixando seu pai pensativo encarando Lúcia, sério, ainda tendo a impressão de já tê-la visto.