Fernando Gimeno
“Arcanos da Eternidade” é um romance místico que trata de assuntos antigos através de uma ótica diferente daquela imposta pela versão oficial. Não pretendemos em absoluto mudar convicções que foram forjadas durante mais de dois mil anos, consideradas intocáveis, e que geraram receios e preconceitos aplicados e conferidos pelo Cânon diretor das ideias cristãs. Queremos apenas expor a nossa versão dessa história fantástica.
Na verdade, os quatro evangelhos ─ três deles chamados sinóticos pela similitude que apresentam entre si ─ contribuem pouco para o conhecimento da figura de Joshua (Jesus); a deificação conferida pelo Concílio de Niceia sob a batuta do imperador Constantino, transformou-o em um Ser Supremo e, por isso, a figura do doce Rabi e seus edificantes ensinamentos foram deturpados e mal interpretados, gerando guerras, contendas, tortura e morte durante grande período de nossa história. O dogma da Santíssima Trindade estabeleceu sansões que no passado deixaram rastros de dor e martírio pela intolerância praticada através da religião que se arvorou em única detentora da verdade e, portanto, a lei absoluta com poderes temporais sobre todo o mundo ocidental antigo.
A obra ‘Arcanos da Eternidade’ procura mostrar, sob a forma de um romance, o lado humano da mágica doutrina esotérica de Joshua, o Cristo Cósmico que nós, místicos por excelência, adotamos como código de conduta para a nossa difícil e sofrida jornada terrena.
Outro fato, talvez o mais importante do livro, é o resgate da figura de Yosef (José de Arimateia) tão importante quanto esquecida pelos evangelhos oficiais. José de Arimateia é o mais emblemático dos personagens cristãos: primo de Joshua foi ele que nos momentos mais difíceis da vida do Grande Mestre esteve presente.