GiovannaAcordar na vinícola era indescritível. Apesar de ter uma empresa funcionando no terreno ao lado com uma fábrica instalada em seu espaço e funcionários, tudo o mais em volta gritava sossego. O clima era maravilhoso e, pra mim, que sempre fui ligada nos cheiros das coisas, havia cheiro de tudo. Do café preparado por Guilhermina, do bolo, de terra úmida, de uva. Era uma verdadeira provocação aos sentidos. Mas também havia ausência por toda parte. Algo estava faltando ali e eu sabia bem o que era. Matteo. Acordar com um leve roçar dos seus lábios nos meus foi mais do que uma despedida matutina. Era a declaração de que ele lamentava ter que sair e de que ele não conseguia deixar as mãos longe de mim. Essa constatação me envaidecia. Estaria mentindo se dissesse que algumas vezes não me assusta a possibilidade de Matteo perder o interesse em mim, sobretudo agora que eu estou ficando maior a cada dia. Embora, a forma que ele me olha demonstra exatamente o contrário. Não sei se isso é
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