O sol da tarde entrava pelas grandes janelas da mansão Avelar, tingindo o ambiente com tons dourados e quentes. Eveline, agora com oito meses de gestação, movia-se com calma pela casa, usando um vestido de malha macia na cor lavanda e sandálias baixas. Seu rosto, iluminado por uma serenidade contida, exibia traços de cansaço, mas também um brilho discreto que apenas a esperança poderia trazer.No andar de cima, Daniel terminava de montar um pequeno móvel novo no quarto do bebê, enquanto as crianças, Sofia e Lucas, ajudavam Clara a organizar as últimas roupinhas na cômoda. Cada peça era cuidadosamente dobrada e guardada, com uma mistura de ansiedade e empolgação.— Você viu este macacão, tia Clara? Tem desenhinhos de carrinho! — exclamou Lucas, erguendo a roupinha no ar.— Vai ficar um charme! — respondeu Clara, sorrindo, com os olhos cheios de ternura.Eveline se aproximou e passou a mão carinhosamente sobre os cabelos de Lucas, sentindo o coração aquecido. Ela estava construindo uma
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