Todos los capítulos de Seduzida por Ele: Dono do Morro: Capítulo 21 - Capítulo 30
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Capítulo 19
AMÉLIA Me sentei num banco do ponto de ônibus, tentando segurar o choro enquanto ligava pra Liliana. Meu coração tava a mil, e eu não sabia o que fazer ou pra onde ir. — Amélia! Onde você se meteu ontem, menina? O que rolou? O Pesadelo apareceu aqui doido, querendo saber onde você tava. Vocês brigaram? — Liliana perguntou, preocupada. — Lili... Eu... Eu explico quando a gente se ver, tá? — falei, com a voz trêmula de vergonha e medo. Arthur e eu não devíamos ter feito aquilo. Minha mãe nunca mais ia me perdoar, nunca. — Amélia, o que aconteceu? — insistiu Liliana, mas eu não conseguia falar. Eu tava em choque, expulsa de casa pela minha própria mãe. — Minha mãe me botou pra fora de casa. — Consegui dizer, começando a chorar de novo. — E tudo isso depois do Agenor me dar uma surra, aquele... — nem consegui terminar. Liliana ficou em silêncio por um momento. Parecia não acreditar no que eu tava falando. — Onde você tá agora? — Ela perguntou. — No ponto de ônibus, pert
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Capítulo 20
AMÉLIAEra domingo, e para minha sorte, Liliana e eu não precisávamos trabalhar na loja de roupas da Lia. As marcas do cinto ainda estavam visíveis no meu corpo, e eu me sentia aliviada por ter um dia para me recuperar.— Vamos aproveitar o dia para fazer uma faxina na casa? — sugeriu Liliana, já pegando os produtos de limpeza.Concordei com um aceno de cabeça e logo estávamos ocupadas limpando, varrendo e organizando. A casa estava ficando mais arrumada, e isso me dava uma sensação de controle em meio ao caos que minha vida havia se tornado.Enquanto esfregava o chão da cozinha, senti uma onda de gratidão por Liliana. Ela havia me dado abrigo quando eu mais precisava, sem hesitar.— Liliana, eu nem sei como te agradecer por me acolher. Prometo que logo vou encontrar um lugar para morar. Não quero te atrapalhar. — disse, minha voz carregada de sinceridade.Liliana parou de limpar por um momento e se virou para mim, com um sorriso acolhedor.— Você não está me atrapalhando, Amélia. Vai
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Capítulo 21
PESADELOEu estava furioso.As marcas no corpo de Amélia eram um lembrete vívido da crueldade de Agenor.Eu não podia deixar isso passar.Com Maicon e PH ao meu lado, avancei pela comunidade até a casa de Agenor, que ficava num bairro próximo.Ao chegarmos à porta de madeira surrada da casa de Agenor, não hesitei. Bati com força, o som ecoando pelo corredor estreito. O silêncio que se seguiu foi tenso, até que a porta se abriu lentamente.Agenor, um homem robusto e com uma expressão endurecida pelo tempo nas ruas, olhou para mim com surpresa e uma ponta de medo. Antes que pudesse dizer uma palavra, o empurrei para dentro, Maicon e PH o seguindo de perto.— O que é isso? Quem são vocês? — Agenor tentou soar confiante, mas sua voz falhou ao ver meu olhar incisivo.— O seu pior pesadelo, filho da puta! — Rosnei, avançando com punhos cerrados.Ele recuou, tentando se defender, mas meus socos caíam com força.Maicon e PH seguraram Agenor contra a parede, impedindo qualquer tentativa de fug
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Capítulo 22
ARTHUR (PESADELO)Eu tava no banco da frente do carro, ainda com a adrenalina correndo pelas veias. PH dirigia, enquanto o Maicon tava no banco de trás, rindo e debochando da surra que eu dei no Agenor.Era um palhaço mesmo.— Cara, que surra! — Maicon disse, soltando uma gargalhada. — O velho nem sabia de onde tava vindo!PH olhou pra mim, com um sorriso de canto de boca.Ele fazia o estilo mais contido. Quase nunca ria pra valer e botava medo em qualquer um por aqui.— E aquela velha lá, hein? Chamando você de filho de satã e recitando versículo da Bíblia no meio da confusão. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" — imitou Maicon, gargalhando.PH deu uma risada.— Nunca vi uma cena dessas, mano! — PH falou. — A velha tava possuída também, só pode.— Ela pode rezar o quanto quiser, mas o satã aqui vai continuar pertinho da filhinha dela. — declarei.— E aí, Pesadelo, qual é a dessa história da mina lá ser a tua mulher? — ele perguntou, ainda rindo. — Nunca vi você amarrado em mulher
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Capítulo 23
AMÉLIA— Eu pensei que você fosse diferente, Arthur. Pensei que, talvez, houvesse algo de bom em você, algo que as pessoas não viam. — Minha voz tremeu um pouco, mas eu continuei. — Eu achei que você pudesse ser mais do que isso.Ele soltou uma risada amarga, inclinando a cabeça para o lado enquanto me observava.— Diferente? Amélia, você é tão ingênua. Não tenho culpa se você ignorou todos os avisos. Todo mundo disse para ficar longe de mim, mas você escolheu ceder. Isso foi ótimo pra mim.A raiva cresceu dentro de mim, misturada com a dor.— Você só... brincou com os meus sentimentos? Fez tudo isso de propósito?Ele deu de ombros, um sorriso cruel nos lábios.— Eu não forcei você a nada, Amélia. Você se entregou porque quis. E posso garantir que você gostou do que aconteceu ontem tanto quanto eu, anjo.Ele deu um passo à frente, e eu recuei instintivamente, mas a parede atrás de mim impediu qualquer fuga.Ele se aproximou devagar, seu olhar fixo em mim, como um predador observando s
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Capítulo 24
PESADELODeco estava no centro da rodinha, amarrado a uma cadeira velha, respirando com dificuldade. O sangue escorria do seu nariz e boca, marcas claras das sessões anteriores. Olhei pros meus parceiros – Maicon, Tiago e PH – todos prontos pra continuar. A escuridão da noite envolvia a favela, tornando o cenário ainda mais sombrio.A sala era pequena, iluminada só por uma lâmpada pendurada no teto, que balançava levemente. O chão de cimento estava manchado de sangue, um testemunho silencioso das torturas que já tinham acontecido ali. As paredes eram descascadas, cheias de grafites e marcas de tiros.Tinha dez homens ali presenciando a confissão que o desgraçado tava fazendo.Traidor de merda!Eu me aproximei de Deco, sentindo a raiva fervendo dentro de mim. Ele tinha traído a organização e, pior, passado informações pro Russo, o chefe do morro rival. Não havia perdão pra isso.— Você acha mesmo que pode trair a gente e sair ileso, né? — minha voz era fria, cada palavra um golpe que e
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Capítulo 25
PESADELOAndava pelas ruas da favela, sentindo os olhares dos moradores cravados em mim. Era como se o medo deles fosse uma sombra, sempre presente. O sangue de Deco ainda manchava minha camisa, lembrando a todos o que acontece com traidores. Os sussurros e olhares nervosos me cercavam, mas eu seguia em frente.Era bom que soubessem o que esperar em caso de virem com trairagem.A favela estava quieta. As luzes fracas iluminavam as vielas, e o som distante de música se misturava com o murmúrio das conversas baixas. Eu sabia que minha presença ali era uma mensagem clara: ninguém mexe com a organização e sai impune.Cheguei ao carro e abri a porta, pronto pra ir embora. Foi quando ouvi a voz de Larissa.— Ei, Pesadelo! — ela chamou, se aproximando com um olhar sugestivo. — Ouvi dizer que teve um problema com o Deco. Talvez eu possa te ajudar a relaxar, esfriar a cabeça do jeito que só eu sei.Ela se aproximou ainda mais, passando as unhas pelo meu peito, tentando seduzir. Senti uma onda
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Capítulo 26
AMÉLIAEu e Liliana estávamos prontas para mais um dia de trabalho. O sol mal tinha nascido, mas a comunidade já estava acordando. Descíamos o morro, conversando sobre coisas do dia a dia.Viramos uma esquina e lá estavam Pesadelo e Maicon, com armas penduradas nas costas. Meu coração disparou ao ver Pesadelo. Ele me olhou e parou no meio do caminho, bloqueando nossa passagem.— Tá indo pra onde, posso saber? — ele perguntou, com aquele tom autoritário de sempre.Respirei fundo, tentando manter a calma. Ele não ia me tirar do sério.— Trabalhar, Pesadelo. — mesmo querendo apenas ignorar ele, respondi. — Normalmente é isso que a gente faz logo cedo. Quer saber a hora que eu vou voltar também?Recebi um aperto de Liliana, decerto pedindo para eu manter a calma.Ele franziu a testa, visivelmente irritado.— E por que não me avisou que tinha um trabalho?A raiva cresceu dentro de mim. Quem ele pensa que é pra achar que preciso avisar ele de tudo?— Porque não é da sua conta. — respondi, t
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Capítulo 27
AMÉLIA— Você tá bem? — perguntou, segurando meu braço e me puxando para longe de Pesadelo e Maicon.— Tô. — respondi, tentando sorrir para tranquilizar ela, mas minha voz tremia. — Vamos logo antes que ele mude de ideia.Caminhamos em silêncio por alguns minutos, até que Liliana finalmente quebrou o silêncio.— Amiga, você não devia ter falado com ele desse jeito. — disse, a voz baixa e preocupada. — Ele é perigoso, não dá pra brincar com isso, Amélia. É sério!— Eu sei. — suspirei, sentindo um peso no peito. — Mas eu não posso deixar ele pensar que manda em mim. Não posso voltar a ser controlada por ninguém, nem por ele.— Eu entendo você, mas olha o que aconteceu com o Deco… — lembrou.— Por isso mesmo, Lili. Imagina o que ele é capaz de fazer só porque decidiu sozinho que eu sou dele, que eu devo explicações, que a gente tem algum tipo de relação.— Que você é mulher dele. — adicionou e eu senti um arrepio.— Eu pensei que ele era diferente, Lili. Que poderia… melhorar, sabe? E qu
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Capítulo 28
AMÉLIADesde o encontro tenso com o homem estranho na loja, minha mente não conseguia parar de pensar nas possíveis implicações da mensagem ameaçadora que recebi.Pesadelo não era o tipo de pessoa que deixava algo passar despercebido, e eu sabia que ele não ia deixar isso barato.Mal consegui descansar quando ouvi uma batida firme na porta. Meu coração acelerou instantaneamente.Só podia ser ele.— Lili…— Calma, amiga. Se for ele a gente dá um jeito. — tentou me deixar menos nervosa.Liliana, que estava na cozinha, veio até a sala e abriu a porta.— Cadê ela? — a voz de Pesadelo era baixa, mas carregada de uma intensidade que fez minha espinha gelar.Liliana me olhou, e eu caminhei até a porta, tentando controlar o tremor nas minhas mãos. Quando finalmente apareci, o olhar de Pesadelo cravou m mim, como se estivesse me desafiando a mentir.— É assim que você trabalha? — ele começou, sua voz baixa, mas cheia de tensão. — De papinho com um otário?— Eu…— Tá achando que isso é o quê, h
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