Confesso que, ao longo do tempo em que fui casada com Amir, por diversas vezes, imaginei ele levando uma surra violenta, na maioria, era eu quem estava batendo na cara dele. Porém, uma coisa é o que pensamos na hora da raiva e mágoa, outra coisa totalmente diferente é quando vemos uma figura patética, vulnerável, enfraquecida, toda machucada, implorado por ajuda.Ninguém tem o direito de acorrentar uma pessoa, agredi-la e afirmar que é para o bem dela. Para tonar tudo ainda mais bizarro, eu sentia um forte impulso de defendê-lo, não por ser quem era, mas por eu ser quem sou. Algo dentro de mim me fazia reagir como se fosse a salvadora dos fracos e oprimidos, uma super-girl sem poder nenhum e que, se não tomasse cuidado, estaria na mesma posição do mocorongo que tentava ajudar.— Com todo o respeito, Luna, o meu macho se recusa a se submeter a mim, uns dias na coleira não farão mal a ele!E lá vai o impulso incontrolável de dar voz a alguém em situação de risco…— Ele não é um de vocês
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