Todos os capítulos do INEXPLICAVELMENTE CASADO. A MINHA MULHER DESCONHECIDA: Capítulo 21 - Capítulo 25
25 chapters
21. EM CASA COM A MAMà
O que deveria dizer aos seus pais? Sabia, pelas perguntas do seu irmão, que eles estavam a par do seu casamento, embora ela não os tivesse convidado. Não queria que Jarret descobrisse que lhes tinha mentido.  Deixou que a água corresse pelo seu longo cabelo loiro e encaracolado, a única coisa que tinha mantido como lembrança do seu pai. Ele dizia sempre que adorava o seu cabelo comprido, igual ao da deusa Afrodite, e, por isso, nunca o tinha cortado.  Saiu do duche e olhou-se ao espelho. Grandes olheiras negras emolduravam os seus olhos, dando-lhe um aspeto exausto. Mas recompôs-se. Tinha de pensar. Precisava de encontrar uma história para contar aos pais: diria que tinha fugido com o amor da sua vida e que tinha casado com ele.  —Pensa, Agapy, não podem descobrir a mentira —disse para si mesma—. Como vais dizer que ele se chama? É italiano, disso tens a certeza. E
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22. TECENDO UMA HISTÓRIA  
Cristal baixou a cabeça tentando evitar que a sua mãe visse o seu olhar de culpa. Lembrava-se de que, quando era criança, a mãe sempre sabia quando ela mentia. Temia que, apesar de todo o tempo que tinha passado, ainda fosse assim.  —Por que fugiste do teu casamento? O Jarret não era o homem da tua vida? —A pergunta da mãe foi seguida por uma expressão de surpresa ao ouvir a resposta de Cristal:  —Não, não era! Percebi isso quando o descobri no quarto com o… membro dele na boca de quem supostamente era a minha melhor amiga, Helen.  —Panayía mu! (Virgem Maria!) —exclamou a mãe, incrédula—. Fizeram isso?  —Sim, aqueles desgraçados só estavam a usar-me porque queriam entrar na nossa família de mafiosos —confessou Cristal com uma mistura de raiva e alívio. Sentia uma enorme neces
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23. E O QUE SE PASSA COM O PAPÁ? 
Cristal encolheu os ombros, deliciando-se com as iguarias que a sua mãe tinha preparado para ela. Naquele momento, percebeu o quanto os tinha saudades. Enquanto comia, acrescentou que tinha de falar com o seu marido ao regressar, já que ainda não tinham conversado. Explicou à mãe que, antes de tudo, ele tinha ido à América para tentar convencê-la a não casar, mas ela, por estupidez, tinha recusado por causa dos anos que tinha passado com o Jarret. Sentia que não devia fazer-lhe uma coisa dessas. Contudo, no final, revelou-se tudo uma grande farsa; Jarret era uma personagem inventada apenas para a conquistar e usá-la. Por isso, tinha fugido com o seu verdadeiro amor italiano.  —Quando o conheceste? —perguntou Stavri, cheia de curiosidade.  —Há um ano, quando vim a Roma para um desfile de moda —respondeu Cristal de forma despreocupada, surpreendendo a m&atil
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24. QUASE A ALCANÇOU  
Cristal olhou para ela incrédula. Nunca, em todas as desculpas que tinha imaginado para justificar a sua situação, lhe tinha passado algo assim pela cabeça. Observou atentamente a mãe, agora desejosa de saber toda a verdade. Stavri acenou com a cabeça e continuou a contar:  —Naquela altura, ele era um poderoso mafioso aqui em Roma. Não sei exatamente o que aconteceu, mas ele meteu-se com os mafiosos Garibaldi por causa de uma mulher. Acho que ela era amiga deles.  —E o que aconteceu? —perguntou Cristal, agora muito interessada. Talvez a tenham afastado da família por isso, e afinal não havia motivos para odiá-los.  —Tivemos sorte que isso acontecesse —explicou Stavri, soltando um longo suspiro—. Os Garibaldi eram muito temidos por todos; ainda o são. Têm boas relações com a Cosa Nostra. Entre eles e o teu pai, armaram-l
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25. UMA PISTA SEGURA E UMA BOA ALIADA  
Cristal ficou a olhar para o pai com raiva contida. Queria dizer tantas coisas, mas decidiu calar-se, recordando que precisava mantê-lo calmo para enfrentar o que estava por vir com o seu misterioso marido. Com um suspiro, virou-se para a mãe.  —Mamã... é melhor que sejas tu a contar-lhe —disse, vendo a incredulidade nos rostos de ambos—. Tenho muitas coisas para fazer. Para começar, papá, preciso de dinheiro para comprar roupa. Não tenho nada; deixei tudo na América.  —Sim, filha, sim —respondeu o pai apressadamente, tirando a carteira—. Toma este cartão, tem crédito ilimitado. Compra o que quiseres. Mas não vás sozinha, leva o teu irmão contigo.  —Prefiro ir sozinha. Afinal de contas, vocês não têm filha, porque morreu quando tinha dez anos. Não estou em perigo nenhum. Esqueceram-se disso? &md
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