40. O Veneno de Cristóvão
Gregório Montreal Penso que, enfim, terei algumas horas de sossego no escritório. Mas, assim que coloco os pés ali, percebo que será um dia tão difícil quanto os outros—ou talvez pior. Antes, apenas as merdas que Cristóvão dizia e fazia me davam dor de cabeça. Agora, com a chegada de Durval, minha paciência se esgota de vez. Engulo em seco e ignoro de imediato as perguntas de Cristóvão. Permaneço sentado na poltrona, refletindo friamente sobre qual atitude tomar. Quando finalmente decido responder, o maldito se adianta, fazendo-me perder o resto da paciência que eu já não tinha. — E aí, irmãozinho, vejo que foi bem rápido trazendo sua ninfetinha—ou melhor, sua empregadinha—para trabalhar no escritório — diz ele, sarcástico. Fecho os olhos, furioso, e respondo de imediato: — O que faz aqui, Cristóvão? Se não me falha a memória, você não tem mais nada que o ligue à Montreal Laticínios. Ou estou enganado? — Estou aqui na tentativa de que você tenha voltado ao seu juízo perfeito e
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