A caminhada pelo vilarejo abandonado era um desafio. Cada passo era doloroso, cada sombra parecia esconder um novo perigo. O vento assobiava entre as construções em ruínas, carregando consigo um presságio inquietante. Beatriz sentia o peso de Davi contra si, o calor febril do corpo dele um lembrete constante de que estavam lutando contra o tempo.Samuel os guiava através de vielas estreitas, sua postura rígida e alerta. Ele conhecia aquele lugar melhor do que qualquer um, e Beatriz confiava que, se houvesse uma saída segura, ele a encontraria.Fernando arfava ao lado dela, sua resistência diminuindo a cada minuto. O ferimento em seu abdômen exigia descanso, algo que ele não podia ter.— Falta pouco. — Samuel murmurou, parando diante de uma construção semi-intacta.Era uma antiga igreja, suas paredes de pedra desgastadas pelo tempo. As grandes portas de madeira estavam entreabertas, e o interior era escuro, mas oferecia abrigo.Beatriz e Fernando arrastaram Davi para dentro. O cheiro d
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