O quarto do hospital estava silencioso, apenas o som ritmado dos monitores preenchia o espaço. Beatriz e Fernando se entreolharam, conscientes da gravidade da situação. Davi, ainda fraco, olhou para ambos, sua voz rouca mas firme.— Eu preciso desaparecer.Beatriz apertou sua mão, sentindo um aperto no coração.— Você quer forjar sua própria morte?Davi assentiu lentamente.— Se eu continuar vivo para o mundo, eles vão continuar me caçando. Se acreditarem que estou morto, posso agir das sombras.Eles passaram a noite elaborando cada detalhe. Um acidente cuidadosamente arquitetado, documentos falsos, uma despedida silenciosa. Para todos os efeitos, Davi Bernardes deixaria de existir ao amanhecer.Beatriz lutava contra as lágrimas. O pensamento de viver sem ele, mesmo que temporariamente, era esmagador. Mas, no fundo, sabia que era a única forma de protegê-lo. O peso da decisão recaiu sobre eles como uma maldição silenciosa.— Isso é apenas um adeus por agora — ele sussurrou. — Eu vou v
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