Os dias na cabana eram longos e solitários. Davi passava horas analisando os documentos que Fernando enviava, traçando estratégias, estudando os inimigos. Seu corpo ainda carregava as cicatrizes do atentado, mas sua mente estava mais afiada do que nunca.As noites eram assombradas por lembranças. O calor de Beatriz, seu perfume, o som de sua risada. Ele relia suas cartas, memórias escritas que nunca chegariam a ela. Mas precisava seguir firme.Beatriz, por outro lado, sentia-se perdida. O vazio deixado pela suposta morte de Davi era sufocante. No escritório, os olhares de pena, os sussurros, tudo a lembrava do que havia sido tirado dela. Mas ela não podia fraquejar. Precisava manter a fachada, agir como se estivesse em luto enquanto ajudava Fernando a desmascarar os inimigos que ainda rondavam.Os meses passaram lentamente. A rede de traições se tornava cada vez mais clara. O nome do verdadeiro mandante do atentado surgia entre as informações enviadas para Davi.Até que, numa noite si
Olá, querido(a) leitor(a)!Escrever sempre foi uma paixão para mim, mas levar minhas histórias ao mundo era um desafio que demorou para ser vencido. Agora, finalmente, compartilho esse universo criado com tanto carinho, recheado de mistérios, romances intensos e personagens marcantes.Cada palavra aqui escrita carrega um pedaço do meu coração, e espero que você se envolva com a trama tanto quanto eu me envolvi ao escrevê-la. Suas opiniões e sentimentos sobre a história são valiosos para mim, então não hesite em compartilhar sua experiência!Obrigada por embarcar nesta jornada comigo. Que a magia das palavras nos conecte sempre!Com carinho,Natielen Amélia
A chuva castigava a cidade naquela noite, transformando as ruas em um reflexo da escuridão que crescia dentro de Beatriz. Ela já não sabia distinguir se os calafrios que sentia eram do frio ou do medo. O telefone tocou, e seu coração quase parou. Atendeu com as mãos trêmulas.— Preciso que confie em mim. — A voz de Davi soou baixa, mas carregada de algo que Beatriz não soube definir. Cansaço? Raiva? Desespero?— Davi... — A respiração dela se entrecortou. — Onde você está? Pelo amor de Deus, pare com isso. Você está indo longe demais!O silêncio veio como um golpe. Ele não poderia responder. Beatriz sabia disso, mas não suportava mais viver na incerteza.— Eu estou quase terminando. — A voz dele soou mais distante. — Mas preciso que você aguente firme.— Aguentar firme? — Ela riu, mas foi um riso amargo, quase um soluço. — Eu estou enlouquecendo! Você sequer percebe o que está fazendo comigo?Davi ficou em silêncio por um instante. Então, disse algo que gelou Beatriz até os ossos:— E
Beatriz sentiu o peso do silêncio dentro da cabana. Davi não se movia, apenas a observava, como se tentasse medir se poderia confiar nela. Seu coração martelava contra o peito. Aquele não era o homem que ela conhecia... ou era?— Por que veio? — A voz de Davi era um sussurro cortante, e Beatriz teve que se esforçar para não recuar.— Porque eu te amo. — Ela disse, sem hesitar. — E porque não vou deixar você se perder para essa escuridão.Os olhos dele brilharam por um segundo, uma fagulha quase imperceptível. Mas logo sumiu, como se Davi se forçasse a apagar qualquer vestígio do que sentia.— Amor não tem lugar aqui, Beatriz. — Ele murmurou, voltando-se para a mesa, analisando um dos mapas. — O que estou fazendo é maior do que nós dois.— Você realmente acredita nisso? — Ela avançou um passo. — Acha que, no fim, quando tudo acabar, vai conseguir olhar para mim e dizer que valeu a pena perder a si mesmo?Davi respirou fundo, os punhos cerrados sobre a mesa. Pela primeira vez, ele parec
Beatriz e Davi corriam pela escuridão da floresta, seus corpos empurrados ao limite. Cada passo era uma luta contra a exaustão, o medo e a dor que se espalhava pelo abdômen de Davi. O sangue escorria entre seus dedos, sua respiração irregular denunciando o esforço que fazia para se manter de pé.— Davi, você precisa parar! — Beatriz implorou, tentando segurá-lo, mas ele apenas balançou a cabeça, os olhos carregados de determinação.— Se pararmos, estaremos mortos. — Ele disse entre dentes, apertando ainda mais a mão dela.O som dos perseguidores ficava mais distante, mas eles sabiam que não tinham muito tempo. Precisavam encontrar abrigo antes que o amanhecer os traísse. A floresta se fechava ao redor deles, como se tentasse protegê-los ou devorá-los por completo. O silêncio se instalou entre as árvores, trazendo uma sensação de perigo iminente.Beatriz sentia o coração martelando contra o peito. Seu corpo tremia, não apenas pelo frio, mas pelo desespero de ver Davi naquela condição.
O som dos tiros parecia ecoar por toda a cabana. A madeira rangia a cada disparo, e o cheiro de pólvora tornava o ar sufocante. Davi continuava a atirar, derrubando um inimigo após o outro, mas o número deles parecia interminável. Seu corpo estava debilitado pelo ferimento, mas sua mente permanecia afiada.Beatriz sentia o coração acelerado, o desespero crescendo a cada segundo. Sua visão ficou turva por um momento, mas ela piscou rapidamente, forçando-se a manter o foco. Havia mais homens do lado de fora, esperando o momento certo para invadir.— Davi, não podemos continuar aqui! — Ela gritou, a voz embargada.Davi olhou ao redor rapidamente, calculando suas opções. Se ficassem, seriam mortos. Se corressem, teriam uma chance, mesmo que pequena. Ele puxou Beatriz para perto, segurando seu rosto com uma mão ensanguentada.— Escute bem, nós vamos sair juntos. Mas você precisa confiar em mim. — Sua voz era firme, mas seus olhos carregavam um peso que ela não gostava de ver.Beatriz assen
O tiro ecoou como um trovão na noite silenciosa. Beatriz sentiu o impacto do som em seu peito, mas não ousou recuar. Seus dedos tremiam ao redor do gatilho, e sua mente gritava para que fizesse algo. Mas antes que pudesse reagir, um corpo caiu contra a porta, escorregando lentamente até atingir o chão.A madeira rangeu sob o peso do homem morto. O sangue escorria lentamente pelo chão de terra batida, e o cheiro metálico invadiu o ambiente.Davi ofegou ao seu lado, segurando o ferimento com mais força. Sua visão estava turva, mas ele reconheceu a silhueta que surgiu do lado de fora da cabana.— Fernando? — A voz de Beatriz saiu em um sussurro.O homem avançou lentamente, com a arma ainda apontada para a escuridão atrás de si. Seu rosto estava sujo de poeira e suor, e seus olhos varriam o ambiente com urgência.— Vocês precisam sair daqui agora! — Ele disse, fechando a porta com força.Beatriz piscou, ainda tentando entender o que estava acontecendo. A adrenalina fazia seus pensamentos
Beatriz sempre foi dedicada ao trabalho. Inteligente, eficiente e discreta, ela sabia que a posição de secretária-executiva na Bernardes Corporation não era fácil, mas nunca imaginou que sua vida viraria de cabeça para baixo com a chegada do novo CEO.Davi Bernardes era a definição de poder e frieza. Jovem, brilhante e implacável nos negócios, ele assumiu a presidência da empresa com um único objetivo: expandir os negócios da família. Sua reputação o precedia, e Beatriz logo percebeu que trabalhar para ele exigiria mais do que simples profissionalismo.Desde o primeiro encontro, uma tensão elétrica pairou entre eles. Davi era exigente, e Beatriz nunca se deixara intimidar. Mas havia algo nos olhos dele – um olhar predador, intenso, que a fazia sentir-se vulnerável.No entanto, Beatriz se recusava a ser apenas mais uma em sua lista de conquistas. Com uma postura firme, ela manteve-se profissional, mesmo quando Davi parecia testar seus limites, provocando-a com pequenas insinuações e de