A noite já havia se instalado por fora, mas dentro do escritório da empresa, a escuridão dava lugar a uma luz suave, quase melancólica, que invadia a sala de Isadora. Ela estava sozinha, concentrada em terminar os últimos ajustes de um relatório importante. A sala silenciosa, iluminada apenas por um abajur de luz amarelada e pelo brilho distante dos postes da cidade, parecia um refúgio onde o tempo se diluía.Enquanto organizava os documentos espalhados pela mesa, Isadora sentia o cansaço se misturar com uma inquietude inexplicável. O tumulto dos últimos dias ainda ressoava em sua mente — as lembranças da noite anterior, a intensidade do toque de Dominic, e aquele olhar penetrante que a assombrava, mesmo agora. Ela sabia que, apesar de todo seu esforço para manter a racionalidade, o desejo e a tensão entre ela e Dominic não eram mais meras lembranças, mas sim uma realidade presente.De repente, o som da porta se abrindo interrompeu seus pensamentos. Ela não precisou levantar os olhos
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