Arthur Bernard Augustus passou a dormir lá com frequência. Se oferecia para cuidar de Lucas durante a noite, me deixando descansar algumas horas a mais. Ele ainda era um jovem tentando entender o próprio lugar no mundo, mas com Lucas nos braços, ele parecia ter encontrado um propósito. Algo maior que ele mesmo. — Ele gosta do meu colo — Augustus disse uma noite, com um sorriso bobo enquanto balançava Lucas suavemente. — Ou eu sou muito bom nisso, ou ele me reconhece como irmão. Sorri, observando os dois. Era estranho — e ao mesmo tempo lindo — ver meu filho mais velho assumindo com tanta naturalidade o papel de irmão mais velho. Às vezes, ele se pegava falando com Lucas como se o bebê pudesse entender tudo: — Você ainda vai saber tudo sobre mim, sabia? E eu também vou saber tudo sobre você. Vamos crescer juntos, de um jeito meio torto, mas vamos. Enquanto isso, eu tentava organizar as coisas: documentos, agenda com o advogado, exames, e principalmente meu emocional. Havia n
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