Heloisa Moura Eu estava perdida entre as prateleiras de roupas infantis, sem saber exatamente o que comprar. Cada peça parecia tão pequena e delicada, e, ao mesmo tempo, tão cheia de significado. A ansiedade começava a tomar conta de mim — cada item parecia um passo mais fundo nesse caminho que, de alguma forma, eu ainda não sentia que estava pronta para trilhar. Não era sobre o bebê, claro. Eu estava empolgada para ser mãe, mas havia tantas outras coisas na minha mente, tantas questões não resolvidas, principalmente sobre o que estava por vir com Vittorio, minha vida e tudo o que ainda precisávamos enfrentar. Foi então que ouvi passos atrás de mim. Uma presença que me fez imediatamente tensionar os ombros. Quando me virei, vi quem estava ali. Liliane. Ela estava impecável, como sempre, com um sorriso no rosto que eu já sabia o que significava. O olhar dela? Calculista. Fui tomada por uma sensação desconfortável, algo que tentava evitar, mas sabia que não teria como ignorar. A úl
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