Início / Romance / A Secretária Grega do Turco / Capítulo 31 - Capítulo 40
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Então me diga, como posso ter o desejo de ter algo sério com alguém que se fecha como uma ostra?
Ozan parece decepcionado. Não deve estar acostumado a mulheres que se esquivam, a mulheres que não se abrem. Não um homem lindo como ele. Eu sei que prejudiquei o almoço. O clima ficou pesado, desconfortável. Eu mesma estou tensa, cada movimento parece forçado agora. Tento manter meu rosto impassível, mas a comida simplesmente não desce, por mais que eu tente disfarçar.Ozan continua tentando puxar uma conversa, mas é inútil. Eu não consigo relaxar perto dele. Talvez eu tenha errado ao negar aquelas informações, mas acredite, é mais seguro assim. Quanto menos ele souber da minha vida, mais profissional será nossa relação. Fora isso, eu realmente considero um privilégio trabalhar na Building Design. Essa é a minha carreira em jogo e Ozan... Ele é como uma caixa de Pandora, e acredito que, se deixarmos algo mais crescer entre nós, será como abrir essa caixa — e com certeza, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Eu não posso permitir isso. Por isso, tento evitar qualquer tipo de i
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No caminho para cá estive pensando...
Deus! Quero mudar isso. Preciso mudar isso. Mas é tarde demais? Não consigo dizer nada. Tenho medo. O medo de que tudo o que construí possa desmoronar. O medo do desconhecido que se abate sobre mim quando olho para Ozan, quando vejo sua reação.Nessa hora, escuto o motor parar e a embarcação deslizar nas águas. O som familiar das ondas me traz um breve alívio, mas ele não dura. Ozan olha para mim, e diante do meu silêncio, seu rosto se fecha. Um músculo de seu maxilar pulsa, e eu percebo o quanto ele está lutando contra a tempestade que se formou dentro dele.— Você tem razão. Desculpe-me, eu perdi a cabeça. Você é uma ótima funcionária e eu sou a porra do seu chefe e não quero arruinar isso. — As palavras dele são duras e, ao mesmo tempo, soam como uma despedida. Uma desculpa amarga que me fere mais do que eu esperava. Eu fico imóvel, sem saber o que responder, como se todas as palavras tivessem se perdido dentro de mim.— Ozan... — tento dizer, mas a palavra morre na minha garganta.
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Aceita ser minha garota?
As palavras dele me atingem como um trovão, reverberando no meu peito de uma forma que me deixa sem ar. Meu coração dispara, minhas mãos tremem e, por um momento, quase não consigo respirar.— Que procura? — A pergunta sai da minha boca quase sem querer, como se eu não fosse capaz de entender o que está acontecendo.Ele sorri de novo, mas dessa vez o sorriso parece ter algo a mais, algo enigmático, como se ele estivesse escondendo um segredo. Não responde à minha dúvida, apenas desvia para outro assunto com uma leveza desconcertante, como se nada fosse mais simples.— Falando em procurar, quero que encontre um lugar melhor para morar. Faça isso amanhã.Eu meneio a cabeça, tentando processar as palavras, sem conseguir entender por completo.— Eu não estou entendendo...Ele dá um passo em minha direção, a confiança dele me cercando como uma onda imensa, me envolvendo sem que eu possa me proteger. O ar ao meu redor fica pesado, carregado com uma intensidade que me desestabiliza.— É fáci
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Você é virgem?
Seus lábios buscam os meus com uma urgência que me faz perder a noção de tudo ao meu redor. Ele me beija mais exigente, sua língua explora a minha com uma intensidade que me faz tremer. Quando, de forma decisiva, ele afasta minha calcinha e seu dedo me toca ali, a sensação é tão inesperada que um gemido escapa de minha boca, e me encontro pressionada contra seu peito. Esse deus turco... ele sabe como excitar uma mulher, como fazer com que minha razão se dissolva em pura sensação.Mas, mesmo imersa naquelas emoções, uma insegurança crescente começa a tomar conta de mim. Algo me diz que preciso de uma pausa. Eu o afasto por um momento, minhas mãos tremem, minhas palavras saem com dificuldade.— O que te faz pensar que sou a mulher certa para você? — A pergunta sai em um sussurro, quase um desabafo.Ozan olha para mim, seu peito ofegante, mas seus olhos carregam algo profundo, algo que me faz querer acreditar nele, mas também me faz questionar tudo. Ele responde de forma calma, mas com u
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Batom...Limpe a boca antes de sair.
Ivone olha para mim com aquele olhar cético de quem sabe que estou me arriscando, e não demora a manifestar sua preocupação.— Cuidado com esse homem, Sofia. Ele pode ser apenas um conquistador...Eu sei que ela está tentando me proteger, mas a verdade é que, em momentos como esse, as palavras de Ivone não conseguem apagar o que eu sinto. A sinceridade nos olhos de Ozan parece ser tão real, mas eu não posso ignorar o alerta que ressoa dentro de mim.— Eu sei, mas ele pareceu tão sincero... — confesso, quase buscando conforto nas minhas próprias palavras.— Tudo bem, mas pés no chão. Esse negócio de casar-se rápido soa um tanto estranho.Eu assinto, embora uma parte de mim queira ignorar a cautela que ela sugere.— Sim, eu sei. Mas uma coisa é certa. Ele vai ter que provar suas intenções. Vai ter que convencer meu pai grego que ele está me levando a sério. Meu pai está quieto, na dele, justamente porque me vê indo de casa para o trabalho. Mas se eu estiver saindo com um homem... Deus!
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Ele é menos rico que meu pai, com certeza.
OzanSaio com um sorriso bobo nos lábios, cumprimentando Helena, que me olha estranha.Sofia... essa garota é tão instigante.Nunca senti isso por ninguém. A cada dia, ela me revela algo novo, algo que me faz querer me aprofundar, me entregar de corpo e alma. Eu sei que há um abismo entre nós, um abismo social, mas estranhamente, eu sinto uma vontade incontrolável de atravessá-lo. Por que não apostar em alguém que, a cada segundo, me faz sentir essa admiração crescente?O beijo que trocamos no meu iate foi a clareza que eu precisava para apostar nesse sentimento. Eu estava certo.E Deus! Ela é virgem.Isso é um presente, algo que eu valorizo imensamente. Desde ontem, não consigo parar de pensar nisso. Pode até soar machista e arrogante, mas há algo profundamente admirável em uma mulher que espera pelo cara certo.Allah, eu mal acreditei quando ela me disse isso... E isso quer dizer que ela nunca andou de helicóptero, que não teve nenhum cara rico, que ela estava sendo sincera. Isso me
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Eu nem sabia que ela era filha de Filipe Masalis Katsaros.
Eu não consigo conter um sorriso nervoso, mas sei que agora a situação ficará tensa.— Sei muito bem quem você é... e conheço muito bem sua reputação também. Sofia, vamos! — Meu pai diz, como se estivesse pronto para me arrancar dali.Mas então, vejo Ozan se colocar à minha frente. Ele fica entre mim e meu pai, com um olhar desafiador. Meu pai parece pronto para avançar em direção ao pescoço de Ozan.— Espere. Sei que o senhor deve ter interpretado tudo errado, mas eu pretendo me casar com sua filha. — Ozan diz com uma determinação que me faz estremecer. Um arrepio de prazer percorre meu corpo inteiro. Deus! Eu amei isso!Está aí, pai, seu sonho de eu me casar bem.Meu pai ergue o queixo, todo orgulhoso.— Quer se casar? Se a sua intenção era essa, por que não quis conhecer a família de Sofia? — Ele pergunta, com um olhar de acusação.É verdade... Por que Ozan nunca mencionou a intenção de conhecer meu pai? Eu encaro Ozan, meu olhar cheio de dúvidas. Ele, sem resposta, respira pesado
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Eu não acreditava nas suas reais intenções, por isso deixei as coisas chegarem a esse ponto.
Eu estou dentro do carro com Ozan, e sinto a tempestade de emoções dentro de mim, se entrelaçando, se contradizendo. Ele está estranho. Sua postura, a maneira como dirige, com os olhos fixos no trânsito e sem me olhar, me deixa inquieta. Ele mudou de repente, como se aquele homem que, com tanta paixão, me levou para conhecer o flat, tivesse desaparecido. Agora, sua presença é pesada, tensa, perigosa. O ar está carregado.Deus, ele acabou de me pedir em casamento. Como isso pode estar acontecendo?— Ozan... — minha voz sai como um sussurro.— Aqui não! — Ele responde, sem me encarar.— Aonde você quer falar sobre isso? No escritório? Para a Helena ouvir nossa conversa? — A provocação escapa dos meus lábios, um reflexo de todo o desconforto acumulado.Ozan dá uma guinada no volante e joga o carro contra o meio-fio, desligando o motor com um movimento brusco. Ele se vira para mim. Sua respiração está irregular, agitada. Me encara com aquele olhar fixo, implacável, e o orgulho em seus olh
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Temos um belo sofá naquele canto perto do bar.
Quando chegamos de mãos dadas, vejo os olhos de Helena se arregalarem, claramente surpresa com nossa entrada. Mas o que realmente me faz sentir uma mistura de nervosismo e felicidade é o momento em que ela nota o anel em meu dedo. A boca dela se abre lentamente, sem palavras, e a tensão no ar fica palpável.Fechamos a porta atrás de nós, e a realidade nos envolve. O escritório está repleto de tarefas urgentes, e a rotina nos puxa de volta. Eu me sento, concentrada, preenchendo contratos de prestação de serviço enquanto a máquina do trabalho continua a girar. Ozan permanece ao telefone, sua voz grave cortando o ambiente, antes de se focar nas plantas que Helena traz para ele, esperando aprovação. Cada vez que ela entra, me observa, e eu percebo aquele sorriso travesso se desenhando em seu rosto, uma mistura de curiosidade e diversão.O tempo voa como um borrão. As horas passam sem que eu perceba, e quando o expediente finalmente chega ao fim, Ozan se aproxima de mim. Nos despedimos com
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Duas festas. Ele faz a turca e eu a nossa grega
Minutos depois, me encontro sozinha com o papel que meu pai preparou. Ele escreveu todos os detalhes do casamento, e, ao ler, meu estômago se aperta. É um plano tão sufocante e rigoroso que quase me engasgo. O ritual que ele descreve não é simples, e estou começando a duvidar de que posso encaixar tudo isso na minha vida.Além da tradicional dança Kalamatiano, onde nós dois, noivos, precisamos estar unidos por um lenço enquanto nossos convidados se juntam – algo que parece uma valsa, mas com mais intensidade – há a quebradeira de pratos, um símbolo de boa sorte, e depois, no jardim, um ferro é lançado no telhado ou dentro de casa para trazer força e união. Depois, devemos esmagar uma romã com os pés, símbolo de fertilidade.Pensa que acabou?Não!As lembrancinhas serão as koufetas: amêndoas glaceadas.O convite será com motivos florais e pétalas secas, o buquê leva ervas aromáticas, o bolo é feito com mel, sementes de sésamo e marmelo.Minha família e a de Ozan então jogarão dinheiro
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