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Todos os capítulos do A amante do meu marido : Capítulo 11 - Capítulo 20
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Traidores
O galpão era frio e úmido, o tipo de lugar onde onde eu gosto de torturar os meus inimigos, eles me temem pois sabem o quão psicopata eu sou. Construí o meu império para que meus inimigos me temessem, para que antes dos meus aliados tentarem me trair, saibam que o inferno os esperam. Eu sou o inferno deles, e é a mim que todos devem temer. As paredes de concreto estavam manchadas pelo tempo, pelas diversas vidas de infelizes que tiveram o azar de cruzar o meu caminho. O cheiro de sangue me faz me sentir em casa, meu lugar. Eu nasce para matar.Eu estava encostado em uma das colunas de metal, com um cigarro aceso entre os dedos. A brasa queimava devagar, iluminando brevemente o meu rosto sempre que eu tragava. À minha frente, o centro do galpão, onde Dimitri estava amarrado nas correntes, suas mãos estão amarradas acima da sua cabeça, o deixando a poucos metros do chão, e os pés estavam também amarrados. Ele tremia, mas tentava manter a cabeça erguida. Apesar de estar aqui a três dias
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Estratégias
Logo que Aleksei saiu, corri para o meu quarto e arrumei uma pequena mala com algumas coisas que eu sabia que iria precisar: algumas roupas, sapatos e outros itens essenciais. Depois de tudo pronto, me joguei na cama, tentando acalmar os pensamentos que me sufocavam. O sono veio lentamente, como um alívio temporário para o turbilhão que se formava dentro de mim.Acordei antes do amanhecer, ainda pensando em como vai ser reencontrar os meus pais. Sabia que não precisava me despedir de ninguém além da Mia. Para a minha sorte, Aleksei tinha dado ordens para que seus homens me deixassem ir sem questionamentos. Peguei minha mala, desci as escadas da mansão em silêncio e saí quando ainda era madrugada.O carro me levou ao aeroporto, e o voo para Nova York foi longo. Passei as horas olhando pela janela, tentando ensaiar mentalmente como seria encontrar minha família depois de três anos. Mas o verdadeiro desafio seria outro: convencer meus pais de que meu casamento estava bem, quando, na verd
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Emboscada
Voltei para a casa dos meus pais quando já era noite. Assim que entrei na sala, encontrei meus pais... e a pessoa que eu menos esperava ver ali.— Aleksei...? O que você está fazendo aqui?Ele se levantou, fixando em mim um olhar severo, mas, ao mesmo tempo, mascarado por uma calma que ele nunca demonstrou ter comigo.— Como assim "o que estou fazendo aqui"? Vim acompanhar a minha esposa. — Ele disse, estendendo a mão em minha direção.Hesitei em segurá-la, mas meu corpo, traidor, já havia sido seduzido pelo homem do qual eu deveria fugir para não quebrar ainda mais os cacos do meu coração partido. Caminhei lentamente até ele, estendi minha mão e, no instante em que nossos dedos se tocaram, um arrepio percorreu meu corpo, fazendo os pelos da minha nuca se levantarem. Ele me puxou para o seu lado e envolveu sua mão firme em minha cintura.Eu sei, eu sei que a água não se transforma em vinho da noite para o dia, mas, naquele momento, deixei que ele me fizesse sentir amada, mesmo que fos
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Inimigos
Merda, merda, merda. Praguejo enquanto puxo meus cabelos com tanta força que sinto a dor irradiar pelo couro cabeludo, mas isso não importa agora. Essa dor física é insignificante comparada à humilhação que acabei de sofrer.Traidores. Malditos traidores. Pensam que podem me afrontar, brincar comigo como se eu fosse um amador. Eu? Que construí tudo isso com sangue e suor? Não. Não vou permitir.Fui idiota ao deixar Dimitri se aproximar demais. Eu deveria ter visto os sinais. Mas agora não importa. Quem quer que esteja por trás disso... vai pagar caro. Eu vou esfolá-lo vivo e fazê-lo assistir enquanto destruo tudo o que ele ama.A sala está silenciosa, exceto pelo som do relógio na parede. Meus homens estão tensos, me observando de canto, como se tivessem medo de respirar alto demais. Eles sabem que minha paciência está no limite, e não é prudente provocar minha ira.— O que descobriram desses desgraçados? — pergunto, minha voz baixa, mas carregada de ameaça.Um dos meus subordinados,
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Fuga
Consegui dormir por algumas horas, mas acabei acordando no meio da noite. A escuridão ao meu redor parecia densa, e não consegui voltar a dormir. Fiquei sentada na cama, observando o ambiente em silêncio, até que meus olhos se dirigiram para ele. Ele estava ali, imóvel, com uma expressão suave, mas que de alguma forma também transmitia perigo.Levantando-me cuidadosamente, caminhei em direção a ele, com passos quase silenciosos. Parei a poucos centímetros de onde ele estava deitado, sentindo a tensão no ar. Me agachei lentamente, sem fazer barulho, e fiquei ali observando-o, por horas, absorvendo cada detalhe de seu rosto, seus traços fortes e tão familiares.Minha mente, perdida em pensamentos, me levou até a nossa primeira noite, quando ele havia me tocado pela primeira vez. O toque que parecia simples, mas que, para mim, marcava algo profundo e impossível de esquecer. Apesar de meu corpo ter ficado todo dolorido por ele não ter sido gentil, sendo a minha primeira vez com um homem,
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Rivais
Meus olhos simplesmente se recusavam a acreditar no que estavam presenciando. Ali, bem à minha frente, o homem que antes me tratava com uma gentileza quase impossível de descrever caminhou com determinação em direção àquela mulher. Sem qualquer hesitação, ele a beijou como se eu não estivesse presente, como se minha existência fosse insignificante. Era uma afronta descarada, um golpe que arrancou o chão sob meus pés. Fiquei imóvel, com a respiração presa e os pensamentos confusos, enquanto o choque tomava conta de mim. Era como se eu tivesse sido empurrada para um abismo de onde jamais conseguiria sair. A mensagem estava clara: para ele, eu não significava mais nada. Absolutamente nada.— Por que ela está aqui, Aleksei? — perguntei, mas minha voz mal conseguiu sair. Estava embargada, sufocada por um nó que parecia me estrangular por dentro. Cada palavra que eu tentava pronunciar parecia um esforço desesperado para me manter de pé. Eu não podia, de forma alguma, deixar que minha vulner
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Surtos
DIAS ANTES: A academia estava cheia, mas minha atenção estava focada em apenas uma coisa, a melhor amiga da Natasha. Eu sabia que ela estaria ali naquele horário, era questão de tempo até conseguir o que eu queria. Me posicionei perto das máquinas, fingindo dificuldade em ajustá-las. Olhava as instruções, movia o equipamento de forma desajeitada, tudo planejado para atrair a atenção dela.Não demorou muito. Vi quando ela tirou os fones de ouvido e caminhou até mim. Um sorriso simpático estampava seu rosto.– Ei, você está tentando usar essa máquina? – perguntou, amigável.Levantei o olhar, fingindo surpresa e alívio.– Ah, sim! Nunca usei essa antes. Parece complicado.Ela se aproximou e começou a me mostrar como funcionava. Era tão fácil ganhar a atenção dela que quase senti pena. Quase. Assenti enquanto ela explicava, sorrindo como se fosse a coisa mais útil que alguém já tivesse feito por mim.– Muito obrigada! Sou Elisa, na verdade sou nova aqui. Estou tentando me acostumar com t
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Artimanhas
_Por favor, revise esses documentos e mandem que retifiquem os erros._ Sim senhora!A minha assistente sai do meu escritório, fechando a porta atrás de si. O silêncio se instala, mas eu o acolho como um velho amigo. Respiro fundo, olho ao redor, e começo a organizar os documentos sobre a mesa, colocando-os em pastas de couro preto. A luz da tarde que entra pelas grandes janelas dá um tom dourado à sala. Meu olhar recai sobre o relógio no meu pulso, já estava na hora de sair.Levanto-me, pego minha bolsa e o blazer que estava pendurado na cadeira. Caminho até a porta, mas, antes de sair, dou uma última olhada ao redor. O escritório, com suas estantes de madeira escura e decoração minimalista, é mais do que um espaço de trabalho; é uma extensão de quem eu sou.Ao sair para o corredor, encontro alguns dos meus colaboradores ainda concentrados em suas tarefas. Alguns teclados soam apressados, e o murmúrio de conversas ao telefone preenche o ar. Eu ando lentamente, com passos seguros, cum
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Confrontos
Quando entrei na mansão, o cansaço do dia estava estampado em cada músculo do meu corpo. O salto alto castigava meus pés, e tudo o que eu queria era silêncio e um momento sozinha. Mas, ao passar pelo corredor, ouvi vozes vindas da sala de jantar.Franzi o cenho. Àquela hora, quem estaria aqui?Segui o som até a sala de jantar e parei na porta. A cena à minha frente fez meu sangue gelar. Elisa estava sentada à mesa, jantando calmamente ao lado de uma mulher mais velha, que eu nunca tinha visto antes. Ambas riam de algo, parecendo completamente à vontade, como se esta fosse a casa delas.Passei os olhos pela mesa, cheia de pratos e talheres organizados, como se tivessem tido a audácia de usar a cozinha como bem entendessem.– O que é isso? – perguntei, minha voz firme ecoando pelo espaço.Elisa ergueu os olhos para mim, sua expressão imediatamente se transformando em um misto de surpresa e constrangimento forçado. A mulher ao lado dela apenas me olhou, avaliando-me com calma.– Boa noi
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chantagens
Saí da sala de Aleksei em direção ao meu quarto. Subi as escadas rapidamente, cada passo ecoando pelo corredor vazio, como se anunciasse a tempestade dentro de mim. Ao entrar, bati a porta com força, o som reverberando nas paredes, meus pensamentos cada mais me sufocando. A raiva queimava em minhas veias, misturada ao cansaço esmagador que se acumulava há dias. Não era como se eu não soubesse que isso iria acontecer. Desde o início, eu sabia que Aleksei descobriria. Ele sempre descobre. Mas, em minha teimosia, preferi ignorar os sinais. Mas eu já me importo tanto com isso, o que me deixa exausta é ter que lidar com a mulher que invadiu a minha casa e está me sufocando cada vez mais.As reviravoltas recentes da minha vida me lançaram em um turbilhão exaustivo onde me perco cada vez mais sem saber como para de pensar tudo. Sinto como se estivesse correndo em círculos, sem saída, sem fôlego, cada vez mais me sufocando. Minhas mãos tremem enquanto me forço a respirar fundo. Tento manter o
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