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Todos os capítulos do Hannah e Dois Corações : Capítulo 41 - Capítulo 50
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40. BRINQUEDOS COGNITIVOS (Nannah)
— Então senhor…, quer dizer Nico. – Depois que olhei o rosto dele desaprovando a maneira formal de falar. — Quantos anos vão fazer suas sobrinhas? — As princesas farão cinco anos. Estávamos no elevador, antes de sair, a última coisa que vimos foi a cara de desaprovação de Antonella. O que nem liguei, afinal tinha feito todas as tarefas que ela tinha pedido para fazer. Mas o que aconteceu a seguir, me chateou um pouco. A porta abriu e as moças que tinham encontrado outro dia no banheiro, entraram. — Boa tarde,Sr.Nicolas. — Boa tarde, Greta, como você está? — Estou bem, faz tempo que não o vejo. Ocupado como sempre. Nina perguntou por que não ligou mais para ela? Ele deu um sorriso constrangido e não respondeu nada. Até chegar no térreo começou um jogo de olhares pelos espelhos dentro do local. Ficou um ambiente pesado e incômodo. Quando o elevador parou, segundos antes da porta abrir, Greta ainda destilou um pouco de veneno: — Ela ainda acredita que você gosta dela, pobre coita
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41. FLOR COSMO (Apolo)
— Boa tarde, doutor, pra onde o senhor vai? — Vamos para o centro, por favor. Este endereço aqui… – mostrei ao taxista pelo meu celular, já tinha o mapa para facilitar. Era o escritório. — Parceiro, posso ir na frente? Eu enjoo se for atrás. — Pode, claro, o doutor é quem manda. Busquei o contato da Hannah no meu celular, logo depois de colocar o cinto. Abri pelo w******p, a foto dela sorrindo com uma flor cosmo na orelha. Cara, como eu era covarde quando se tratava dessa mulher. Já enfrentei bandidos, mulheres fatais e até gangues de rua, mas tinha algo nela que me enfraquecia e me deixava feito criança. Vou mandar uma mensagem, ou seria melhor ligar direto? Não seja covarde, Apolo. Vou mandar mensagem, é melhor. Esse horário ela deve estar no trabalho, com aquele sujeito. Apolo diz: “ Olá, Hannah, obrigado por ter ido me visitar. Você saiu muito rápido e não deu tempo de eu te convidar para colocar o assunto em dia.”Nossa mãe do céu, que mensagem horrível. Melhor apagar. _mens
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42. CADEIRANTE(Karla)
— Karla, é você, minha filha? Minha mãe todas as noites que chegava tarde, estava me esperando. Mesmo que tivesse que acordar dali a poucas horas. — Mãe, vai dormir. — Onde você estava, querida? — No lugar onde você deveria estar. Bailando sob a luz da lua – então peguei o corpo magro e cansado de uma mulher que já foi muito bela e comecei a arrastar pela casa. — Taran, taran, taran!!!— Me solta, sua doida. Não tenho mais idade pra isso. Só essa dancinha, já tenho que me entupir de dorflex. Então caímos na risada. — Quem diria, mãe, que uma hora dessa a senhora ia estar de pijama, com bobs na cabeça, toda amarrotada de dormir. Foi pra cama que horas? Às sete, que nem galinha? — Ôxi, galinha vai deitar às cinco, eu fui às dez e meia, tive que enrolar dois cento de salgadinho pra hoje. E sou casada, esqueceu? — Onde está teu marido? Na tua cama que não fica né. — Karla, você não começa com isso. Ele coloca dinheiro dentro de casa, pelo menos tá cuidando dos filhos dele. Coisa
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43. AR POLUÍDO (Lilith)
Aproveitei que Sara foi tomar banho e liguei para Diego. Enquanto aquele dia estava sendo uma loucura, eu não podia me descuidar dos meus planos. Na segunda chamada ele atendeu: — Olá, motoqueira.— Nossa, que bom humor, você sempre está assim?— Procuro estar, afinal a vida é uma festa que eu pretendo aproveitar. — Tirou isso de uma placa de caminhão? — Na verdade, de um mural de pista de skate. Dei uma boa gargalhada. Era disso que eu precisava, especialmente no meus negócios. — Ao que devo o prazer da sua ligação? Será que Diego estava dando em cima de mim? Olha que estragaria meus planos, além dele ser um garotinho, em comparação ao Christian. — Tenho uma proposta de emprego para você. Não é como você pensou, mas acho que você vai gostar. Quando podemos conversar? — O Christian comentou que você vai na exposição com ele hoje à noite. — Eu tinha dado resposta ainda, mas vou sim. Eu te encontro lá? — Pode ser. — See you later. Entrei em minha suíte e fui tomar meu banho
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44. GRETA (Nicolas)
Deixei Hannah na faculdade, depois de um quase beijo, que minha boca ainda estava salivando de desejo, eu fui conferir as muitas mensagens que estavam acumuladas. Respondi às de mamãe, Nati, sobre a festa das gêmeas. E claro, as duzentas da Antonella. Tinha uma em especial que deixei por último, já que estava com a cabeça cheia e não virou nada com a mulher com quem eu realmente queria passar a noite, não tinha escolha a não ser aceitar aquele convite indecente. Greta diz: “Acabei de tomar meu banho com óleo de andiroba, que você adora. Abri um vinho Chateau 2005 e pra você, fiz um caipirinha com Sprite, junto com ele, posso abrir muitas outras coisas que você vai querer provar.”Greta diz: (foto nude) Nicolas diz: “Pede uma pizza, chego em vinte minutos.”Greta diz: “Já está no ponto: a pizza e eu.”Ela era perfeita para ter algo casual. Era só ficar e cair fora, já que foi o que ela mesma me propôs quando começamos. Disse que não gosta de curtir a vida e coisa e tal que nem prest
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45. LINHAGEM (Rodolfo)
— Tabita, se você falar mais uma vez que está grata, vai cansar minha beleza. Agora come isso daí e vai me contar logo da Karla. — Rodolfo, mas o que você fez… — Eu estou falando sério, garota. — Ok, ok. Nós paramos em uma lanchonete pertinho do trabalho, tínhamos pouco tempo depois de ter saído da escolinha do Rafael. Queria saber o máximo possível da minha musa. Afinal, começava na segunda e ia ficar cheio de tarefas do trabalho. Só de falar trabalho já me empolgou. A maioria dos que se diziam meus amigos, vão achar loucura. Rodolfo Bernardes Vasconcelos de Alcantara Furtado, trabalhador, registrado com carteira e tudo. Ando de metrô e busão e vou alugar um apartamento. — A Karla está namorando o Juscelino, o pai do meu filho…Ela começou a falar o trivial, e o que mais me chamou a atenção era que a minha musa era exatamente o tipo de mulher que eu queria longe de mim quando abandonei minha antiga vida. As interesseiras, vigaristas, oportunistas dos infernos. Mas a questão era,
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46. DACINHO (Tabita)
— Ôxi, Tabita, viu passarinho rosa? Boa tarde, pessoal, pessoas lindas do meu país!— Ai, D. Graça, finalmente a vida me deu alguma alegria. — Hummm, esse Rodolfo deve ter um… — Coração, D. Graça, coração. Coloquei meu crachá para terminar a tarde de serviço. Com a cabeça menos preocupada com a educação do meu filho, agora eu podia ficar mais tranquila. Claro, que Juscelino ia tentar ver ele e dar de cara com o segurança, provavelmente ia sobrar pra mim, mas com ele eu sabia lidar. Era no meio da tarde e fui fazer meus quinze minutos de lanche. Dei uma olhada no celular que tinha uma mensagem de um número não cadastrado. 989877098 diz: “Sr. Tabita Souza, por favor comparecer com urgência na Central de Urgência do Hospital Libanês, das 14h às 22h. Pode informar o código 777989899, EX no prontuário.”Mas do que será que se trata? Foi o hospital que fiz exames semana passada, mas eles me liberaram e disseram que estava tudo em ordem. Droga, pobre não tem sorte, será que deu zica em a
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47. TORRESMO
— Até que horas eu posso desfrutar da sua companhia? — Uau, que linguagem de um cavalheiro. – Eu dei uma boa risada, era surreal estar ali com Apolo, em um barzinho em frente à faculdade. Estava feliz com isso. — Eu tenho aula só mais tarde, não se preocupe. Vamos sentar aqui? — Está ótimo pra mim. Vem aqui sempre? — Na verdade, nunca vim. Morro de inveja da turma que vem. — Achei que era baladeira? E ele deu um sorriso tímido, daqueles que desvia o olhar e abaixa a cabeça. O que deixa ele mais charmoso, se é que é possível. Aqueles dentes perfeitos contornados por lábios desenhados por … — E aí, é baladeira? — Não, não. Sou muito na minha. Na verdade, minha turma é a Lili, minha melhor amiga e aqui na faculdade, a Sara, que me deu o cano hoje. — Bendita Sara. Graças a ela posso ter você pra mim um pouquinho. Dessa vez ele não desviou o olhar, muito pelo contrário, me olhou profundamente, quase que dentro da minha alma. — Uau, vamos pedir algo? – Precisava beber alguma coisa.
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48. SALÃO DA BERENICE (Karla)
O que aquele alemão pensa que é? Cretino, o cara acha que eu poderia querer alguma coisa com ele, coitado. Onde estão os relatórios das folhas de pagamento de hoje? Melhor eu me concentrar no trabalho. Quando abri minha gaveta, dei de cara com o papel que ele deixou cair. Um ticket de pagamento de uma mesa do La Luna, o que não fazia o menor sentido. Não tinha como aquele rapaz ter uma mesa lá. — O que isso? Neusa apareceu do nada. — Hummm, mais um dos velhos ricos que tem um mesa no La Luna? Ai, Karla, você podia arrumar para eu ir com meu marido… — Intrometida, o que você vai fazer lá, se não sabe nem dançar? Já te expliquei que é para quem ama dança. — Achei que era pra você pagar, seus otários que pagam suas contas. Levantei e fui com tudo bem em frente a cara dela com o dedo indicador em riste, onde minha unha era a maior. — Escuta aqui, Neusa, queridinha, intimidade tem um limite, ok. Eles pagam porque querem, não coloco uma arma na cabeça de ninguém. Além do mais, nun
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49. BAR DA CAPITU (Lilith)
Então a moça anunciou o intervalo e colocou um playback dos anos 90, com músicas internacionais lentas, que minha mãe adorava ouvir. — Essas aí a Capitu que coloca, ela adora. — Minha mãe também. Vem, vamos dançar. No impulso, puxei ele pela mão e a coloquei em minha cintura. Apoiei minha cabeça nos seus ombros e ficamos ali dançando juntinhos. Ele começou a fazer cafuné na minha cabeça, e estava tudo tão gostoso. Pensei na última vez que dancei assim com o Chris, foi lá em casa, depois de tomarmos vinho. Eu fiquei tonta e ele me fez colocar os pés sobre os seus. É claro que eu não ia me apaixonar por ele, se não fosse encantador. Tinha coisas que depois de vários relacionamentos, só ele conseguiu desbloquear. Diego abaixou a cabeça e beijou meu pescoço bem abaixo do meu ouvido. Um beijo muito suave. Me despertou das minhas lembranças. Eu olhei para ele, e sua boca estava a um centímetro da minha. Desci minha mão do seu pescoço e coloquei sobre seu coração, que batia acelerado. S
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