Eles nunca haviam dividido a mesma cama. Afinal, não importava o quão exausta ela estivesse depois do sexo, Zara sempre fazia questão de voltar para o próprio quarto. Por isso, Zara sempre achou que eles não eram como um casal de verdade, mas sim parceiros — parceiros de cama, parceiros de convivência. E, para Zara, compartilhar uma cama sem fazer absolutamente nada era, na verdade, algo ainda mais íntimo do que o próprio sexo. Só pessoas que realmente se amavam faziam isso. Mas ela e Orson, claramente, não eram esse tipo de casal. Naquele momento, Zara estava agachada ao lado da cama, observando o rosto adormecido de Orson. Ela já tinha visto aquele rosto inúmeras vezes. Fechando os olhos, conseguia desenhar mentalmente cada contorno de suas feições marcantes. Quando era mais jovem, já havia feito muitos desenhos dele. Naquela época, Orson usava o uniforme branco da escola e era o centro das atenções no colégio, sempre destacado no meio da multidão. Com o tempo, ele cresce
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