Todos os capítulos do Para sempre meu amor: nerd da computação e a Profª de balé : Capítulo 91 - Capítulo 96
96 chapters
Capítulo 89
[ Patricia] Voltei minha atenção para a comida, tentando ignorar a presença sufocante de Lara e seus olhares silenciosos e carregados de algo que eu não conseguia decifrar. Não era só ciúme de Lucas, havia algo mais ali, algo que me escapava, mas me corroía por dentro.Sentindo a pressão crescer, pedi licença e me retirei. No banheiro, respirei fundo, deixando a água fria escorrer pelas mãos antes de pressioná-las contra minha nuca tensa. O reflexo no espelho me fez encarar as marcas escuras dos dedos de Marcus ainda visíveis em minha pele pálida. Uma lembrança que eu desejava esquecer, mas que teimava em permanecer.De repente, gritos abafados ecoaram no restaurante. Meu coração disparou. Sai apressada do banheiro e fui te encontro na mesa onde meus pais e Nathan estavam, poucos passos antes de chegar na mesa senti uma algo que não consegui identificar.Algo atingiu minha pele como se o próprio ar tivesse ganhado forma e decidido me atravessar. Não houve aviso, não houve tempo para
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Capítulo 90
[Ester]O barulho dos tiros ainda ecoava nos meus ouvidos, como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta. O restaurante, que minutos atrás estava repleto de risadas e conversas, agora era puro caos. Pessoas gritavam, corriam, se abaixavam atrás de mesas, e eu... eu estava congelada.Foi então que a vi.Patrícia estava no chão, seu vestido salmão manchado por uma mancha vermelha cada vez maior. A cena parecia irreal, como se eu estivesse presa em um pesadelo do qual não conseguia acordar. Meus pés estavam colados ao chão, o ar parecia não chegar aos meus pulmões.— Patrícia... — sussurrei, sem sequer perceber que tinha dito seu nome em voz alta.Nathan estava ajoelhado ao lado dela, pressionando sua ferida com força, seus olhos carregados de desespero e determinação. Ele gritava palavras que eu não conseguia entender, sua voz abafada pelo zumbido em minha cabeça.Meu coração batia tão forte que parecia querer escapar do meu peito. De todas as possibilidades, de todas as discussões
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Capítulo 91
[Patricia]Eu via tudo de cima, como se estivesse flutuando. O restaurante estava um caos ao meu redor, pessoas correndo, gritos, mesas viradas, cacos de vidro espalhados pelo chão. Mas nada disso parecia importar. Minha atenção estava fixa ali... em mim mesma.Meu corpo estava no chão, imóvel, os olhos semicerrados, a pele pálida contrastando com o vermelho intenso que se espalhava pelo tecido do meu vestido. O sangue... tanto sangue.Nathan estava ajoelhado ao meu lado, pressionando a ferida com as mãos trêmulas mas firmes sobre o ferimento, os olhos arregalados, repletos de desespero. Sua boca se movia rapidamente, chamando meu nome, tentando me manter consciente. Ele me sacudia levemente, implorando por uma resposta que eu não conseguia dar.Lucas estava ali também, ao lado dele, parecendo congelado no tempo. Seu rosto estava pálido, e nos olhos dele havia algo que eu não via há muito tempo: medo. Ele segurava minha mão com tanta força, como se quisesse me ancorar ali, como se sua
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Capítulo 92
[ Ester]Horas se passaram desde que Patrícia entrou na sala de cirurgia. O tempo parecia ter congelado, e a sala de espera se tornara uma prisão sufocante, onde a esperança e o desespero travavam uma batalha silenciosa dentro de mim. Ninguém vinha nos dar notícias, e cada vez que uma enfermeira passava, corríamos para perguntar, apenas para ouvir a mesma resposta fria e impessoal:— Patrícia ainda está na cirurgia. Assim que o médico terminar, virá informar vocês.Eu queria gritar. Queria dizer a Patrícia que me perdoasse, que eu a amava, que ela era minha irmã de alma. Mas nada disso importava agora. Eu só queria que ela ficasse bem. Mesmo que nunca mais quisesse olhar na minha cara, tudo o que importava era que ela sobrevivesse.Fechei os olhos, e o flashback veio como uma onda impiedosa. O som dos tiros ainda ecoava nos meus ouvidos, o restaurante mergulhado no caos, e Patrícia... Patrícia levando a mão ao abdômen, os olhos arregalados em choque, caindo lentamente diante de mim. E
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Capítulo 93
[Mãe]Ver minha filha ali, deitada naquela cama de hospital, cercada por máquinas que mantinham seu corpo funcionando, era como enfrentar uma impotência que eu nunca havia conhecido. Como mãe, sempre me vi como uma protetora, alguém que faria de tudo para mantê-la longe de qualquer perigo. Mas ali, naquele quarto silencioso e iluminado pela luz fria dos monitores, tudo o que eu podia fazer era segurar sua mão e esperar. Esperar por um sinal, por um milagre, por qualquer coisa que me dissesse que ela ainda estava comigo.As palavras "E se…?" ecoavam na minha mente, insistentes, como uma melodia que não conseguia parar de tocar. E se eu não tivesse aceitado aquele convite para o jantar? E se eu tivesse insistido para que ela ficasse na mesa, em vez de ir ao banheiro? E se eu tivesse feito algo diferente, dito algo diferente? Talvez ela não estivesse ali, naquela cama, lutando entre a vida e a morte. Cada "e se" era como uma faca girando no meu peito, cortando um pedaço de mim a cada pen
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Capítulo 94
[Nathan]Os pais de Patrícia saíram do quarto em silêncio, carregando nos olhos um sofrimento que me atingiu como um soco no estômago. A mãe dela mal conseguia manter a cabeça erguida, os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. O pai, mesmo tentando manter a postura firme, não conseguiu esconder a dor que transbordava de sua expressão. Quando passou por mim, pousou a mão no meu ombro em um gesto silencioso, quase um pedido mudo de que eu cuidasse dela. Eu acenei com a cabeça, sem palavras, porque nenhuma delas parecia suficiente naquele momento.Esperei alguns segundos antes de entrar no quarto, tentando me preparar para o que veria. Mas nada, absolutamente nada, poderia ter me preparado para aquilo.Patrícia parecia tão pequena naquela cama, tão frágil, tão diferente da mulher cheia de vida e força que eu conhecia. O bip ritmado dos aparelhos preenchia o silêncio opressor do quarto, e cada som era um lembrete cruel de que ela estava ali, lutando por sua vida. Eu fechei a porta at
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