CLAIRECom o centro cultural funcionando a pleno vapor, Lucas e eu finalmente encontramos um momento para respirar. Durante meses, nossa energia esteve totalmente focada no projeto, e percebi que havíamos nos distanciado um pouco enquanto casal. Apesar de estarmos mais unidos como parceiros de vida, sentia falta da intimidade e da espontaneidade que nos conectava no início.Uma noite, enquanto Gabriel dormia, Lucas apareceu na sala com uma garrafa de vinho e um sorriso que eu não via há algum tempo.— Está na hora de termos um tempo só nosso — disse ele, colocando duas taças na mesa de centro.Surpresa, mas animada, sentei ao lado dele no sofá. A sala estava iluminada apenas pela luz suave do abajur, criando um clima acolhedor e íntimo.— Você leu meus pensamentos? — perguntei, sorrindo.— Talvez. Mas a verdade é que sinto sua falta, Claire. Entre trabalho, reformas e Gabriel, acho que nós esquecemos de como é ser apenas "nós".Meu coração se aqueceu com aquelas palavras. Ele tinha ra
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