CLAIRENa manhã seguinte, quando acordei e fui para a sala, Lucas ainda estava lá, adormecido no sofá. Parecia tranquilo, uma paz que eu raramente via em seu rosto. Os traços normalmente rígidos estavam relaxados, e, por um momento, fiquei perdida naquela imagem, pensando no homem que havia revelado uma parte tão frágil de si na noite anterior.Quando finalmente abri a porta da cozinha, o som o despertou. Ele piscou, confuso, mas logo percebeu onde estava e levantou-se, passando a mão pelo rosto. Seu olhar encontrou o meu, e pude ver um leve rubor em seu rosto, uma expressão que, vinda de Lucas, era quase chocante.— Bom dia. — Murmurou, com a voz ainda rouca.— Bom dia. — Respondi, oferecendo um sorriso contido. — Fiz café, se quiser.Ele assentiu, e percebi uma hesitação enquanto caminhava até a cozinha, quase como se estivesse constrangido. Eu me movi até a cafeteira e servi uma xícara para ele, tentando ignorar o nervosismo crescente dentro de mim.— Desculpe aparecer assim ontem.
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