CLAIREOs dias desde o acidente de Lucas pareciam uma mistura de pesadelos e pequenos vislumbres de esperança. Gabriel não entendia completamente a situação, mas sua inocência era um bálsamo para a dor que eu carregava. Lucas, por outro lado, permanecia preso em uma névoa de incertezas. A cada visita ao hospital, tentávamos reconstruir o que havia sido destruído — nossa família, nossa confiança, e, acima de tudo, nosso amor.Naquele dia em particular, decidi levar algo especial. Algo que talvez pudesse ajudá-lo a reconectar os pedaços de sua memória. Era uma pequena caixa de madeira, gasta pelo tempo, com objetos que contavam nossa história. Fotografias, cartas, um pequeno ursinho de pelúcia que Gabriel havia dado a ele no aniversário do ano passado.— Por que estamos levando isso, mamãe? — perguntou Gabriel, segurando a caixa com cuidado enquanto caminhávamos pelo corredor do hospital.— Porque, meu amor, às vezes as coisas que guardamos com carinho podem ajudar a lembrar quem somos,
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