Sua consciência oscila perigosamente, a escuridão ameaça engoli-lo num abismo sem fim, mas um pensamento atravessa sua mente. Vivienne e seus filhos precisam dele e falhar não é uma opção. Seus olhos encontram a caixa, perturbadoramente intacta no banco do passageiro, sua presença, uma provocação silenciosa que o impulsiona.Com dedos que tremem incontrolavelmente, toca a testa sentindo o sangue quente e viscoso escorrer. Sem se importar com a destruição do tecido fino, usa a manga da camisa para limpar o líquido que não para de fluir. Força-se a se ajeitar no banco, recostando a cabeça, enquanto sente sua mente explodir em ondas de dor e sua respiração tornar-se um exercício cada vez mais difícil. Os sons ao redor se transformam numa sinfonia caótica de vozes e buzinas. Fecha os olhos, tentando conter a vertigem que ameaça dominá-lo, e num movimento desesperado vasculha o porta-luvas atrás de qualquer coisa que amenize a dor lancinante. Encontra um comprimido que engole a seco, enqu
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