Vivienne permanece sentada no sofá, os olhos fixos no relógio na parede, mas sem realmente vê-lo. O som dos ponteiros parece distante, quase abafado pela estranha indiferença que toma conta dela. O compromisso de trabalho que certamente perderá não a incomoda, naquele momento, o tempo parece irrelevante.Os minutos se arrastam até que Dominic emerge pela porta. A camisa branca molda sua figura, contrastando com a gravata e o paletó que ele carrega casualmente nas mãos. Com passos firmes, ele se aproxima, parando bem à frente dela. Sem dizer uma palavra, ele se inclina, e seus lábios encontram os dela em um beijo que não pede permissão, é uma afirmação, uma declaração silenciosa, mas inequívoca de posse e desejo.O toque é firme, mas há um cuidado quase imperceptível, como se, mesmo reivindicando-a, ele estivesse ciente da fragilidade que ela tenta esconder. Vivienne sente o calor e a determinação no beijo, e por um momento, toda a sua indiferença se dissolve, substituída por algo mui
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