Todos os capítulos do Amor entre Sombras e Brisas: Capítulo 11 - Capítulo 15
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Capítulo 11: Amores e Promessas Quebradas
A noite nas montanhas parecia mais fria naquela madrugada, como se o próprio vento carregasse o peso dos segredos que agora pairavam entre Yara e Tupã. A lua, suspensa sobre os picos, iluminava o acampamento da tribo com sua luz prateada, mas o brilho suave só servia para destacar a escuridão que crescia entre o casal.Tupã, sentado perto da fogueira, observava as chamas dançarem, seus pensamentos turbulentos. Havia um silêncio profundo nele, mas por dentro sua mente fervilhava com as palavras que ecoavam desde o dia anterior. Yara, sua companheira, sua aliada, sua amada... ela havia feito um pacto em segredo.A informação chegara até ele como uma brisa envenenada. O líder da tribo, com quem haviam selado o pacto de sangue, revelara que Yara, sem consultá-lo, havia feito um acordo à parte — algo que ele não soubera, algo que agora o feria mais do que qualquer ferimento físico poderia.Yara se ap
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Capítulo 12: O Chamado da Floresta
A noite envolvia as montanhas com um silêncio denso, quebrado apenas pelo sussurro constante do vento que serpenteava por entre as árvores. Yara, inquieta, sentia o peso invisível de algo muito maior que seus próprios pensamentos. O ar ao seu redor parecia vibrar com uma energia ancestral, como se a própria floresta a chamasse para algo que não conseguia compreender plenamente, mas que pulsava dentro dela, como um eco distante.Tupã estava ao longe, ocupado em seus próprios pensamentos. Desde que a confiança entre eles havia sido abalada, o silêncio entre os dois era mais pesado que o habitual, como se as palavras, antes tão naturais, agora estivessem presas em uma teia invisível. Yara sabia que o amor permanecia, mas havia algo mais profundo acontecendo — algo que ia além de suas escolhas terrenas.Ela saiu do acampamento em silêncio,
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Capítulo 13: O Peso das Decisões
O vento soprava com uma intensidade sombria nas montanhas, como se a própria natureza pressentisse o peso das escolhas que Yara e Tupã agora carregavam. O pacto de sangue, selado nas sombras da fogueira e diante dos olhares da tribo isolada, parecia uma âncora que os puxava para as profundezas. O que antes parecia uma aliança por sobrevivência agora revelava seu verdadeiro preço.Eles haviam sido convocados pelo líder da tribo naquela manhã, uma figura de autoridade que, até então, os havia tratado com um misto de respeito e expectativa. Mas agora, a expectativa se tornava cobrança. As promessas de proteção tinham um custo, e o peso desse custo recaía sobre seus ombros de uma maneira que não haviam previsto.— Há invasores em nosso território sagrado, — começou o ancião, sua voz firme como a rocha das montanhas. — Homens brancos, armados, que não respeitam nossas fronteiras. Sabemos que vieram atrás de vocês, mas agora estão profanando nossa terra, cavando e destruindo o que é sagrado
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Capítulo 14: Emboscada ao Amanhecer
A escuridão da noite ainda pairava sobre as montanhas, densa e pesada, conforme Yara e Tupã se moviam silenciosamente pela floresta. O vento, frio e cortante, soprava contra seus rostos, mas a verdadeira gelidez estava no que os aguardava ao amanhecer. O acampamento dos caçadores se erguia à frente, oculto entre árvores retorcidas e sombras, como um predador aguardando sua presa.Ao lado deles, os guerreiros da tribo caminhavam em silêncio, com a destreza de quem conhece cada detalhe da floresta. O líder da missão, um homem de feições austeras chamado Irua, gesticulava com precisão, apontando o caminho para a emboscada. Tudo estava planejado: eles atacariam ao amanhecer, quando os caçadores estivessem mais vulneráveis, surpreendidos pelo sono e pela falsa sensação de segurança.Mas no cora&cce
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Capítulo 15: Prisioneiros do Destino
A trilha até o forte parecia interminável, como se o tempo, estendido pela dor e pelo medo, tivesse decidido arrastar-se cruelmente para Tupã e Yara. A floresta, que um dia fora seu refúgio, agora os observava em silêncio, incapaz de ajudá-los. Presos em correntes, o peso da captura se manifestava não apenas em seus corpos exaustos, mas em suas almas, esmagadas pela nebulosidade do que estava por vir.O forte, erguido pelos homens brancos, parecia uma ferida aberta no meio da natureza, suas paredes de pedra grossa contrastando com a suavidade das árvores ao redor. Era um monumento à força brutal, um lugar onde a terra havia sido vencida pela mão cruel da civilização.Assim que chegaram, foram separados. Yara foi levada para uma cela escura e fria, onde as paredes sujas exalavam o cheiro de medo e desespero acumulado. Seus
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