Um ano se passou, e a dor que eu carregava pela perda de Afonso começou a desaparecer lentamente, uma peça de cada vez. Aquelas cicatrizes ainda estavam lá, mas, aos poucos, o peso delas se tornava mais leve. O tempo, como sempre, tinha um jeito peculiar de curar, embora eu soubesse que não esqueceria nunca. O luto havia sido longo e tumultuado, mas a vida seguia seu curso, implacável e cheia de novas possibilidades.A morte de Gerônimo, com sua surpresa amarga, foi o que realmente fez as coisas se encaixarem, ou melhor, começarem a fazer algum sentido. Desde aquele momento, as peças que antes pareciam perdidas começaram a se alinhar. Eu já sabia que, no fundo, havia algo estranho naquela história, algo que nunca foi explicado de maneira convincente. A dúvida sobre Afonso, ser Geovani e Cloé ser Luana, ainda me rondava, mas eu também sabia que não podia viver com essas questões me consumindo para sempre.A ideia de que Afonso poderia ter sido cúmplice de Cloé naquele acidente, que ela
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