Clark Collins. Era impossível negar. A cada toque, a cada beijo trocado na cozinha do restaurante, a sensação de familiaridade me atingia como uma onda inevitável. Não era a primeira vez que eu me sentia assim ao lado de Victoria, e não seria a última. Quando a beijei, não foi apenas o desejo que me guiou, mas a convicção de que já havíamos estado ali, naquele exato ponto, em outro tempo ou espaço. Como se todas as noites mal dormidas e todos os sonhos que eu tinha com ela fossem, na verdade, memórias tentando se libertar. Nossos lábios se encontravam com uma pressa, um fervor que beirava o desespero. O jeito que ela reagia, as respostas imediatas de seu corpo ao meu toque, tudo indicava que o desejo era mútuo, mas algo mais pairava no ar. Enquanto eu a erguia no balcão, sentindo a maciez de seus lábios contra os meus, não consegui afastar a sensação de que isso não deveria parar ali. Eu precisava de mais. De tudo. Dela. No entanto, Victoria, em um rompante, interrompeu o beijo,
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