Os meses foram passando, e a dor em mim, aos poucos, ia se aplacando. Não era o divórcio do homem que me traiu que me feria, mas o divórcio do homem com quem eu havia compartilhado anos de história, o homem que segurou minha mão nas alegrias e nas dores. A ferida doía porque o homem que me traiu e o homem com quem me casei eram, no final, a mesma pessoa. Depois disso, comecei a sofrer por cada minuto que investi nesse amor, por todo o tempo que jamais voltaria. Dinheiro era uma coisa que poderia ser recuperada, mas o tempo, era algo que jamais poderia recuperar. Em um fim de tarde, enquanto eu olhava o céu começar a mudar de cor, Carol surgiu ao meu lado, trazendo-me de volta à realidade com um convite inesperado. Minhas amigas ao meu lado estavam tornando tudo isso mais leve de ser carregado. – Tenho que resolver algumas coisas em São Paulo… Vamos comigo, Cindy? – perguntou ela, com um sorriso encorajador. Olhei para ela, hesitante. Parte de mim queria recusar, continuar aqui,
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