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Todos os capítulos do Meu pecado : Capítulo 51 - Capítulo 60
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Raiva (parte 2)
— Pode ficar tranquilo, eu estou sempre alerta — digo, encerrando o assunto. Depois que o Daniel saiu, eu fiquei olhando a tela do telefone com a localização por um longo tempo. Não segui para lá imediatamente, na verdade eu dei um tempo para ver até onde ela iria com esse joguinho de fuga. Enquanto espero, fico pensando nos últimos acontecimentos e a minha mente está uma completa bagunça, essa porra não deveria ser tão complicado e eu não deveria ficar tão estressado com o sumiço dela, ou ficar com raiva quando ela não dorme em casa. O plano é fazê-la sofrer, só ela, e não ser afetado no processo. Às dezenove horas, eu ainda estou aqui no escritório da empresa. Na tela do telefone a localização continua a mesma, aquela mulher ainda continua parada no mesmo lugar, pelo menos, o carro continua estacionado lá. Fiz umas pesquisas e, como eu imaginei, o pai dela foi enterrado lá. Pego o telefone e as chaves do carro, mas quando cheguei ao estacionamento decidi ir com o motorista no ca
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Debochada
Ela olha na minha direção, fazendo uma pequena avaliação no meu corpo quase nu, estou apenas de cueca; ela sorri de lado após ver a minha raiva. — Não disse nada demais — dá de ombros.— Nada demais? — Dou mais um passo ficando a centímetros dela — tem certeza disso, Jules? — Sim, eu tenho — ela confirma encarando-me com um sorriso debochado. — Te incomodou? Ela apoia os braços no colchão, inclinando o corpo levemente para trás e cruza as pernas fazendo a camisola, que já é minúscula, subir. Mesmo sem querer, esse movimento acaba me deixando duro e a maldita alarga ainda mais o sorriso. Se eu já estava com raiva antes, agora ficou pior. — Você está se divertindo, Jules? — Pergunto com os dentes cerrados. Ela novamente dá de ombros, parecendo despreocupada. — Digamos que agora eu estou bem — ela descruza as pernas e cruza novamente invertendo a posição das mesmas; esse movimento fez a camisola subir ainda mais, mostrando a calcinha. Meu pau chega a latejar dentro da cueca. Eu bal
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Arrancar o sorriso dela
— Bom dia! — O Daniel diz, jogando os contratos na minha mesa. — Só se for para você — respondi, pegando as pastas. — Nossa, que mau humor é esse? Não dormiu bem não? — Me encara, divertido. — Não.— O que aconteceu dessa vez? Achei que você fosse ficar melhor depois de encontrar sua esposa…— Nem me fala dessa maldita — interrompi-o, irritado. Só de ouvir falar na mulher já sinto meu sangue ferver. — É, pelo visto não foi bem isso — ele diz, rindo. — Você vai mesmo ficar aqui curtindo com a minha cara?! — Jogo os contratos na mesa, sem conseguir controlar minha raiva. — Nossa, não está mais aqui quem falou — ergue as mãos em sinal de rendição. — Bem que a Rafaella disse que você está terrível hoje. Esses contratos — aponta para a pilha de papéis — são os relatórios da Construtora Montez, a Verônica já foi incluída como nova presidente nos próximos contratos que irão assinar; agora é só você avisar a Jules e pronto, fogo no parquinho — diz, com um sorriso.— Certo, vou fazer is
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Perdendo o jogo
JULES MONTEZ A minha noite foi péssima. Na verdade não está nada bem ultimamente e a noite passada só fechou com chave de ouro a enxurrada de merdas que virou a minha vida. Vê o Samuel esperando-me na porta do carro me deixou um pouquinho esperançosa, sou mesmo uma grande idiota, eu achei mesmo que ele tivesse vindo atrás de mim porque estava preocupado, ou para se desculpar pelo jeito que me tratou, mas não, ele só veio para cobrar por eu não tê-lo atendido. Homens com ego ferido é foda. Me olho no espelho e as bolas escuras em volta dos meus olhos estão horríveis, nem o remédio para dormir me fez ter uma noite de sono decente. Fecho os olhos e as imagens do Samuel só de cueca vem à minha mente, só de lembrar dele parado na minha frente meu corpo reage automaticamente. Aquele infeliz teve a coragem de me provocar e depois sair para ficar com aquela amiguinha dele, sim, eu tenho certeza que ele foi para a casa dela . Limpo as lágrimas que começam a descer pelas minhas bochechas e
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Lutar
— Esses são os novos contratos redigidos por mim, está tudo muito bem explicado nos pontos marcados, mas qualquer dúvida você pode perguntar ao Daniel — Samuel responde, frio como sempre. Eu leio o título escrito em negrito e sinto meu corpo reagir. "TRANSFERÊNCIA DE CARGO" continuo lendo enquanto ele explica: — A nova presidente da Construtora Montez irá assumir o cargo dentro de dois dias, assim você terá tempo para se organizar e liberar o escritório. — Isso é alguma piada? — Pergunto, ainda olhando o documento nas minhas mãos, que neste momento estão tremendo levemente. Segundo o documento que está aqui na frente dos meus olhos, eu vou ter que entregar o meu cargo de presidente para a Verônica. — Não. — Ele responde firme — isso não é uma piada. Jules, eu decidi que o melhor para os investimentos da empresa é ter uma presidente capacitada. — Você decidiu? — Pergunto, encarando-o. Ele balança a cabeça, confirmando — Essa é a minha empresa e eu não vou passar o meu cargo — digo,
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Choro e colo
— Chega?! Você vem até a minha empresa, ouviu bem MINHA — dou ênfase à última palavra —, e acha que pode exigir que eu entregue o cargo assim tão fácil? Você definitivamente não me conhece, Samuel — digo friamente, enquanto encaro-o com raiva. — Aí é que você se engana, Jules Montez, eu conheço você muito bem — responde sorrindo, um sorriso tão frio que me faz gelar a espinha. — Eu não vou desistir — aviso. — Você não entendeu ainda, né, Jules — apoia as mãos na mesa aproximando seu rosto do meu —, você não tem escolha! — Sempre há uma escolha e acredite em mim, Samuel, eu não caio facilmente. — Eu sei disso — sorri… cruel? É isso que pareceu, um sorriso cruel… perigoso. — Dentro de dois dias a Verônica irá assumir a presidência da Construtora Montez, é melhor você não criar confusão ou sua situação vai ficar pior. E acredite em mim, Jules Montez, eu não sou alguém que perde quando é desafiado. — E eu não sou alguém que abaixa a cabeça quando é ameaçada. — Isso não é uma amea
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Consolo
— A senhora tá brava? — Pergunto fungando. — Não, Jules, eu não estou brava, estou preocupada. — Me encara com olhos tristes — eu fico mal por ver você sofrer assim e não por correr o risco de perder dinheiro. Eu não quero te ver cair novamente, Jules, e se o preço de continuar aqui nessa casa e nessa vida for sua saúde, eu desejo ser pobre o resto da vida — sua voz embarga — chega de sofrer, minha filha. — Mas é tudo que o papai deixou, mãe? Essa empresa era o sonho dele, a vida dele e eu não posso perder assim, mãe! Eu devo isso a ele! — Digo com a voz levemente alterada. A lembrança do meu pai e de tudo que passamos faz meu peito contrair. — Jules, você não precisa morrer por isso — diz com tristeza. — Eu não vou aguentar perder você também, não depois de tudo que passamos e tudo que você superou. Olha pra mim — segura meu rosto entre as mãos — eu não vou aguentar passar por tudo aquilo de novo, Jules, você precisa seguir em frente e se tiver que entregar a presidência da empr
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Jantar
SAMUEL ADAMS — Você acha que ela vai fazer algo para se manter como presidente da Construtora? — Daniel pergunta assim que voltamos para o grupo Miller. A Verônica queria vir conosco, mas eu insisti que ela ficasse na casa dela, a participação dela já foi concluída por hoje. — Provavelmente, mas não vai adiantar muita coisa, ela não tem saída. — A reação dela não foi nada mal — diz pensativo. — É. Aquela ali não perde a pose, é muito arrogante até quando está na lama — digo com raiva. — Mas… e se ela conseguir um investidor, o que você vai fazer? — Ela não vai conseguir. Daniel, você sabe que um investimento numa construtora como a dela é muito alto, e a empresa não está com bons números no momento, não é fácil achar alguém disposto a arriscar. — Isso é verdade, mas ela pareceu muito disposta a lutar, alguma coisa ela vai fazer. — Não importa o que ela fizer, nada vai mudar a situação dela.— Ela soube se sair muito bem diante da situação, não mostrou fraqueza. Fiquei realmen
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Ciúmes
— Samuel! — Ouço meu nome, viro-me e vejo o homem com quem marquei o jantar. — Oi, Clóvis. Boa noite! — Aperto sua mão. — Eu estava muito ansioso para o nosso encontro — Ele diz animado. — Bom. — Digo, forçando um sorriso. — Pode ter certeza que nossa cooperação será muito produtiva… — o homem continua falando, enquanto eu olho na direção contrária pelo canto dos olhos. A Jules continua totalmente envolvida na conversa, tanto que nem me viu aqui. Eu acompanho o Clóvis até a mesa e nos sentamos para fazer os pedidos. Pego o cardápio e peço o primeiro prato que vejo. Por mais que eu finja prestar atenção na nossa conversa e responda às perguntas e elogios do homem na minha frente, em nenhum momento eu deixo de acompanhar os movimentos da Jules na outra mesa. Ela sorri algumas vezes e parece bastante à vontade, o papo dos dois é bem animado. Ela está vestida para chamar a atenção, veste um vestido azul justo, mas elegante, maquiagem delicada, um batom vermelho e os cabelos estão so
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Ciúmes (parte 2)
Nos próximos minutos eu e o homem conversamos sobre negócios e a Jules se mantém o tempo todo calada, ela está bastante desconfortável, isso é nítido nos movimentos das suas mãos. — Então, Jules, como está a tia Janete? — Ele pergunta, mudando o assunto e puxando-a para a conversa.— Bem, ela está bem — suspira.— Você já disse a ela que nos reencontramos? — Disse e ela quer ver você, ela ficou feliz em saber que conversamos — sorri com ternura. Ternura? O que significa essa porra?! Sem conseguir me conter mais, eu envolvi meu braço em sua cintura e dei-lhe um beliscão. Ela me encara com olhos confusos e irritados ao mesmo tempo. — Bom, eu preciso ir — ele diz depois de olhar o telefone, que acabou de apitar uma mensagem. — Depois vou visitar a tia Janete, diga a ela que fiquei feliz em saber que estão bem — diz, preparando-se para pedir a conta. — Não precisa se preocupar, eu acerto para vocês — digo, impedindo-o. Ele tenta negar e eu continuo: — Por favor, eu só estou fazendo u
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