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Declaração
SAMUEL ADAMS — Calma, cara, pode parar com a maratona, se as duas tivessem brigando, com certeza já tínhamos ouvido a gritaria— o Daniel debocha. A minha ansiedade é tanta que não consigo ficar sentado. E sim, já andei alguns quilômetros, dando voltas nessa sala. — Não enche! — Respondi ríspido, e o maldito ri. — Samuel, fique calmo, a Jules não vai criar confusão com a sua mãe, ela quer fechar essa história de vez e creio que sua mãe também— a Janete diz calma demais. Será que é só eu que estou preocupado com essa demora toda? Faz quase uma hora que aquelas duas entraram naquele escritório. — Enquanto elas não vêm, nós podemos conversar também? — ela completa, conseguindo minha atenção.— Tudo bem. É sobre o seu marido, certo? — Ex. Eu não tenho marido há exatos quatro anos, quando ele morreu — responde com o rosto torcido. — Certo.— O que você vai fazer agora? — Sobre o quê você quer saber exatamente? — Eu quero saber de tudo. — suspiro profundamente— Aquele homem se esconde
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Conhecendo o sogro
Interrompi o beijo para tomar fôlego, e voltei a beijá-la forte, só deixo sua boca quando ouço um pequeno gemido abafado escapar da sua garganta. — Eu vou te dar um tempo para descansar, e eu também tenho coisas para resolver — digo, recuperando o fôlego. — Mas me ouça bem, Jules, quando eu voltar aqui, nós vamos resolver isso e eu não vou ficar sem você. — finalizei, deixando um beijo em sua testa. Saí daquela sala com a certeza que eu não vou perder essa mulher, não vou desistir de reconquistá-la de jeito nenhum. Eu sei que as coisas não foram feitas da maneira certa até agora, eu errei muito, não pensei no lado dela e fui egoísta. Na minha visão dos fatos só a minha irmã e nossa família, sentiu dor, mas agora eu vejo claramente que não foi bem assim, a Jules também sofreu, e sofreu muito.— Já está indo embora? — A Janete pergunta assim que chego a sala.— Sim. Eu preciso resolver algumas coisas.— Espero sinceramente que vocês se resolvam. Você é um homem legal, Samuel. — Obr
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Verdades
— Então você é o Marcos Montreal— falo seu nome lentamente, enquanto fecho a porta atrás de mim. — Para um defunto, até que você está muito bem— ironizei olhando-o de cima a baixo. — E para um pobre coitado, você tem bastante privilégios — respondeu também irônico, mas a sua raiva se sobressaiu. — Pobre? Não mais, ou você se esqueceu que naquele resultado do julgamento da sua filha, você foi obrigado a pagar cinco milhões para nós. Um pobre não tem milhões na conta. Ele ri, analisando-me. — Eu fiquei realmente impressionado com sua capacidade de administrar negócios. De cinco milhões, você fez o quê? Bilhões. E ainda se associou a Jason Bishop. Diga-me, como você conseguiu essa proeza? — estreita os olhos, que estão bem ansiosos para ouvir minha resposta. — Senhor Marcos, nós não devemos espalhar nossa fórmula do sucesso por aí, não é mesmo? — Você é um membro da máfia dele? Ou é só um funcionário ralé, que ele chama quando precisa de alguém para fazer o trabalho sujo? — gargalh
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Verdades (parte 2)
— Você está me ameaçando? —ele perguntou, dando alguns passos para longe de mim. O que me fez rir. — Não, eu estou apenas informando que irei conseguir as respostas que eu quero, então decida se será do jeito fácil ou difícil — falei tranquilamente.— Por que você está tão interessado? Não me diga que agora você está apaixonado pela mulher de quem você veio se vingar? Até que enfim aquela inútil serviu para alguma coisa.A minha vontade é enfiar a porrada nele ali mesmo. Eu odeio ver a forma como ele trata a Jules, o desprezo nos olhos e na voz dele ao mencioná-la, esse velho é o pior tipo de verme que existe, aquele que prejudica o próprio sangue. — É, você se apaixonou sim. — Afirmou rindo, um riso desdenhoso evidenciando ainda mais seu desprezo pela filha. — E eu achando que você era esperto, mas não, até uma garota burra e inútil conseguiu te tapear, ganhou você com um belo chá de buceta, mas se ela for igual a mãe, eu até posso entendê-lo um pouco… — não aguento mais e avanço n
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Minha empresa
JULES MONTEZ Eu estou tão dividida. O Samuel é o homem com quem eu quero passar o resto da minha vida, eu o desejo, o amo tanto que chega a doer. Ouvir aquelas palavras dele, ver o sentimento nos seus olhos foi o momento pelo qual tanto esperei, tanto sonhei, mas eu não sei se ficarmos juntos é a coisa certa a fazer. Por mais que eu tenha conquistado o perdão de todos eles, o que eu fiz será sempre uma nuvem escura no meio do nosso caminho, e eu nunca vou saber quando essa nuvem vai trazer a tempestade de volta, sempre vou viver pisando em ovos e com medo de cometer um deslize. Toco a minha barriga e novamente vem aquela desconfiança de que toda essa mudança do Samuel não foi por mim e sim pelo bebê, e eu não julgo se for esse o motivo, não é fácil amar a pessoa que tratou tanto mal a quem a gente ama. — Você e o Samuel se entenderam? — Minha mãe perguntou aproximando-se de mim. — Conversamos. — Vocês não se entenderam? A conversa não foi boa? — Foi muito boa. Ele não quer mais
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Retorno ao lar
— Tomar de volta? O que você quer dizer com isso? — perguntou encarando-me com ar debochado, isso me deixa com mais raiva ainda, e não é só dela. — Exatamente o que eu disse. Verônica, essa empresa é minha e a partir de agora, eu estou tomando de volta a minha posição de CEO — faltas palavras lentamente.—Jules, eu acho que você está esquecendo que quem me colocou aqui foi o Samuel, e ele é o dono agora, só por isso você foi obrigada a sair. Se esqueceu? Ele te tirou da presidência porque você foi incapaz de administrar — fala com um sorriso confiante nos lábios. Ela realmente acha que vai ganhar outra vez. — É, ele fez realmente isso, foi um maldito covarde! — falei lembrando dos verdadeiros motivos para ele fingir me ajudar com as dívidas. — Covarde? Eu não acho isso não, ele é um homem de negócios, Jules, está apenas garantindo o investimento dele. — Olha-me com desdém e empina o nariz — O Samuel me colocou à frente da empresa porque sabe do meu potencial, eu sou muito competent
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Retorno ao lar (parte 2)
— Eu não fiz nada disso. Jules, você deveria conhecer melhor as pessoas que trabalham para você. É por isso que a empresa estava indo à falência, você não sabia nem contratar pessoas competentes e de caráter. O meu ódio é tanto que eu tenho que me segurar para não enfiar a mão na cara dela antes do gran finale. — Você tem mesmo uma auto confiança invejável, acredita mesmo que não deixou provas da sua armação? — questiono, enquanto ando até a mesa onde a Camila está, antes que eu avise-a para dar play no vídeo, o elevador abre, e a Verônica sorri ao ver quem acabou de chegar. — Samuel, que bom que você chegou, eu já ia mesmo ligar para você — vai até ele abraçando-o, mas ele não retribui, o Daniel também evita contato com ela, apenas acena com a cabeça. — É mesmo, e por que você ia me ligar? — perguntou olhando para mim. — A Jules está causando problemas aqui, eu até tentei persuadi-la para irmos conversar no escritório, mas ela está irredutível e ficou criando uma cena aqui. Samu
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Acertando as contas no elevador
"—Eu estou ligando para confirmar o serviço, está tudo pronto? —ela pergunta em tom de diversão, e o seu rosto risonho é bem nítido nas imagens também. Ela vai até o computador depois de ouvir o homem com quem fala. Sua gargalhada soou alta depois de olhar, o que julgo ser o documento já adulterado. — Perfeito! Isso será muito divertido e bastante interessante também, quero só ver a cara daquela vadia maldita da Jules Montez quando souber que a cão de guarda dela foi acusada de roubar a empresa. E ela ainda vai perder a informante — ri enquanto bate na mesa, comemorando. Ela bufou ao ouvir as próximas palavras do homem, creio eu que ele questionou as consequências disso, para a Camila, em um reles momento de consciência, e a resposta dela é bem fria, essa mulher não tem mesmo nenhum remorso. — Eu já disse que não irei denunciar nada à polícia, não se preocupe com isso, o meu objetivo é só tirá-la daqui e atingir a Jules, além do mais se a polícia entrar nisso talvez seja prejudici
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Começar do zero
SAMUEL ADAMS Eu até tentei alcançar a Jules, e impedi-la de descer com a Verônica, mas não tive sucesso. Corri até o outro elevador e apertei o botão do térreo, os minutos até chegar lá pareceram mais demorados que o normal.— Por que o elevador parou? — perguntei ao Daniel, que desceu junto comigo. — Confere se está com problemas! — Calma, cara, o elevador está ótimo, com certeza foi a Jules que parou para as duas conversarem — ele falou tranquilamente, como se toda a confusão de minutos atrás não tivesse acontecido. — Como você quer que eu esteja calmo? A Jules está grávida, grávida esqueceu! — Digo nervoso, e o infeliz rir. — Estou gostando de ver toda essa preocupação com sua esposa e filho, finalmente você está agindo como deveria. — Daniel, não fode! A situação não é propícia para suas gracinhas. A Jules está grávida e toda essa bagunça pode dar merda. — Elas já estão chegando — aponta para o elevador e vejo que voltou a movimentar. — Que porra aconteceu aqui? — perguntei
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Começar do zero (Parte 2)
— Samuel, eu não quero me enfiar nisso, não estou disposta a apostar em algo que pode não ser o que eu espero — suspirou, mostrando todo seu cansaço — Eu só quero ficar em paz agora. — Seguro sua mão, levando-a em direção ao estacionamento — O que você está fazendo? — Jules, nós precisamos conversar, uma conversa decente e definitiva e não será aqui! — Digo abrindo a porta do carro e fazendo-a entrar. — Vamos fazer isso por nós e por ele — aponto para sua barriga. No caminho eu não falo nada e ela também não, fica o tempo todo olhando pela janela. Ela me encara com um pequeno sorriso ao ver para onde estamos indo, estou levando-a para o meu antigo apartamento. — Você quer algo específico para comer? Vou pedir para gente. — Digo olhando as horas.— Não quero comer nada.— São 11h, você precisa comer bem, ô bebê também tem fome. — Eu vou comer quando chegar em casa. Nós podemos resolver isso logo, Samuel? — Anda pela sala e, pela cara, acho que está pensando em tudo que já aconteceu
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