Todos os capítulos do Um chefe irritante e irresistível: Capítulo 41 - Capítulo 50
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41: Conflitos internos
Na sala da casa, Marina começa a conversar com o pai num tom meio nervoso, como se estivesse com medo de que ele soubesse o que ela estava fazendo naquele exato momento.— Pai, que surpresa — diz ela.— Oi, querida, bom dia, como você está?Ainda eufórica pelo que estava acontecendo alguns segundos antes, Marina responde:— B-bem, estou bem — sua voz sai trêmula.— Aconteceu alguma coisa? — questiona José, preocupado ao perceber o tom de voz da filha.— N-não, não aconteceu nada — responde ela, lançando um olhar em direção à cozinha, onde vê Victor parado com as mãos na cintura, olhando para ela com uma expressão nada satisfeita. Deixando-o de lado, Marina caminha até a varanda e se senta em uma das cadeiras, buscando se acalmar. — E o senhor, como está? Não é comum me ligar pela manhã, já que esse é o horário mais movimentado da padaria.— Eu sei, minha filha, mas estou com tantas saudades que não resisti. Quando você liga, sempre conversa mais com sua mãe e parece que se esquece de m
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42: Dessa noite você não escapa
Enquanto está na cozinha, Victor observa Marina sair dali para atender o telefone. Ela só tinha uma missão: dizer ao pai que não poderia falar naquele momento por estar ocupada. Mas, ao contrário, senta-se na varanda e começa a conversar livremente, como se tivesse todo o tempo do mundo. Nervoso, Victor caminha até a pia da cozinha e lava o rosto, tentando, fracassadamente, aliviar o que está sentindo naquele momento. Ele percebe que Marina está jogando com ele e que já é a segunda vez que cai como um bobo nesse jogo.— Isso não vai ficar assim — sussurra, saindo da cozinha e observando-a sorrir ao telefone, sentada na varanda.Victor caminha em direção ao seu quarto e, ao entrar, deixa a raiva dominá-lo.— Ah, loirinha, você me paga — murmura, sentindo o cheiro do perfume de Marina impregnado em sua roupa enquanto a tira para entrar no banho. Mais uma vez, precisa deixar que a água gelada o alivie.Após se refrescar debaixo do chuveiro, ele se senta na cadeira de seu escritório no q
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43: Planos fracassados
Marina sente o corpo inteiro ficar tenso. O tom dele, a proximidade… tudo parece conspirar para deixá-la sem palavras. O coração dela acelera, mas, ao mesmo tempo, seu instinto profissional a faz buscar uma saída.Tentando manter o controle, desvia o olhar por um segundo e, com uma voz mais firme do que esperava, pergunta: — Estamos indo bem no tribunal, certo? — A tentativa de redirecionar a conversa para o trabalho é evidente, como uma fuga desesperada da angústia que cresce entre eles.Victor, no entanto, percebe exatamente o que ela está tentando fazer. Ele sorri, mas não é um sorriso de diversão; é um sorriso afiado, predatório. Ele se recosta levemente, como se estivesse saboreando cada segundo do estresse que ela tenta disfarçar.— Tudo está sob controle, Marina — responde, sua voz é calma, mas os olhos continuam cravados nos dela. — O problema não é o julgamento.Marina, em um misto de nervosismo e confusão, decide arriscar uma pergunta para tentar desviar a atenção:— Então,
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44: Queridinha da mamãe
— A polícia já deve estar chegando, pediram que não mexêssemos em nada — Marina diz, ao terminar a ligação.Victor, ainda visivelmente preocupado com o desaparecimento dos documentos, começa a andar de um lado para o outro no apartamento, passando a mão pelos cabelos enquanto tenta processar o que aconteceu.— Maldição, esses documentos eram cruciais para o julgamento de amanhã. Como vamos seguir sem eles? — Ele diz, frustrado, olhando para Marina como se esperasse alguma solução imediata.— Não precisa se preocupar tanto, Victor. Fiz uma cópia de tudo por precaução — revela, com sua voz calma, mas carregada de um certo orgulho por sua iniciativa.Victor para abruptamente e a encara com os olhos arregalados, como se não acreditasse no que acabou de ouvir.— Você fez o quê? Quando fez isso?Marina levanta o queixo, mantendo a postura firme. Ela sabia que sua precaução acabaria sendo útil em algum momento, e agora tinha a prova disso.— Tomei a liberdade e fiz as cópias ontem à noite, a
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45: Dormindo de conchinha com o lobo mau
O trabalho não para. Cada hora que passa, os dois ficam mais concentrados no que fazem e apenas beliscam o jantar. Além de imprimir as cópias, precisam organizá-las nas pastas corretas. Quando o relógio marca quatro e meia da manhã, finalmente concluem tudo. Os dois estão exaustos. — O julgamento começa às nove, então é melhor dormirmos um pouco — Victor diz, tirando o roupão e revelando sua cueca box branca. Em seguida, se deita na cama. Marina fica estática diante daquela cena.Ele é o homem mais lindo e perfeito que já viu na vida, mas jamais admitiria isso em voz alta.— Vem! — ele a chama, vendo-a paralisada ali, à sua frente.— Não tem outro lugar para eu dormir? — ela questiona, sentindo o nervosismo começar a crescer.— Não se preocupe, não tocarei em você. Precisamos estar acordados antes das oito.— Mesmo assim, não me sinto à vontade — insiste.— Sei o que está pensando, loirinha, mas acredite, a pessoa menos à vontade aqui sou eu. Dormir com uma mulher pela primeira vez e
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46: Flagrante
Ao acordar pela manhã, Marina sente o peso dos braços de Victor em volta do seu corpo. Rapidamente, seu coração começa a bater descompassado ao entender, mais uma vez, a situação em que estava. Durante a noite, Victor não se afastou dela nem por um momento, mas ele cumpriu sua promessa: a única coisa que fizeram naquela cama foi dormir. No entanto, o calor do corpo dele, tão próximo, e o conforto da segurança que ele parecia transmitir ainda a deixavam nervosa.Lentamente, tentando não fazer barulho, Marina tira o braço dele de cima de seu corpo, cuidando para que ele não acordasse. Com cuidado, ela se levanta da cama, pegando seu celular que estava sobre a mesa de cabeceira.Antes de entrar no banheiro, ela lança um último olhar para Victor, que permanece na cama, dormindo profundamente. Seus traços relaxados contrastavam com a seriedade que ele sempre demonstrava quando acordado.“Meu Deus, eu dormi com um homem… literalmente”, pensa, um tanto chocada com a situação.Já no banheiro,
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47: O corpo não mente
Ainda sem saber o que responder à mãe, Marina continua em silêncio, sentindo que qualquer palavra que saia de sua boca seria trêmula e denunciaria o nervosismo que a domina. Seu coração bate forte, o desconforto da situação é evidente. O silêncio entre ela e sua mãe na chamada de vídeo fica cada vez mais pesado, até que Daniela, do outro lado, perde a paciência.— Marina, diga logo o que está acontecendo! — A voz de Daniela é firme e alterada, transbordando preocupação. — Você está no mesmo quarto que o seu chefe? Ou pior, você e ele estão dormindo juntos?— Não, mãe, não é isso — responde rapidamente, com a voz reprimida, tentando controlar o nervosismo. — Não é o que a senhora está pensando, tudo bem? Acredita em mim, é uma longa história, mas juro que não é nada do que está imaginando — explica, agora com a voz ainda mais trêmula.Daniela, claramente insatisfeita com a explicação, solta um suspiro irritado.— Nem queira saber o que estou pensando, Dona Marina!Marina tenta manter a
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48: Uma vitória e um problema
O terceiro dia de julgamento chega, e o clima já está tenso antes mesmo de Marina e Victor saírem do hotel. Eles caminham lado a lado até o carro, trocando poucas palavras, ambos absorvidos em seus próprios pensamentos. O ar ao redor parece denso, carregado de expectativas e preocupações. A cidade começa a despertar, com a luz suave do sol filtrando-se pelas ruas do Rio de Janeiro.Ao entrarem no carro, Victor se concentra no julgamento que os espera, enquanto Marina se perde em pensamentos sobre sua vida pessoal, que se tornou uma verdadeira bagunça nos últimos dias.Ao chegarem ao tribunal, o movimento de jornalistas e curiosos à porta já é frenético. Câmeras se voltam na direção do carro, microfones são erguidos e uma multidão de repórteres tenta capturar qualquer informação. Victor, em sua habitual postura firme e confiante, não parece abalado pela atenção. Marina, por outro lado, respira fundo, ajustando o blazer em um gesto nervoso. Apesar de estar ao lado de um dos advogados ma
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49: Uma explicação convincente
Quando Marina chega ao hotel, já é noite. Seu corpo está tenso, e tudo ao seu redor parece mais complicado do que antes. No celular, há algumas mensagens de sua mãe, pedindo que ligue assim que ficasse desocupada. Embora quisesse resolver o mal-entendido, ela não sabia o que dizer. Por mais que, em algumas situações, não confiasse completamente em Victor, no fundo, ela esperava que ele pudesse ajudá-la a sair desse problema.Depois de um longo suspiro, decide tomar um banho para tentar relaxar. A água quente escorre sobre sua pele, mas não consegue lavar o nervosismo que toma conta de sua mente. Ao sair, sentindo-se um pouco mais leve, ela pede o jantar, mas acaba comendo sozinha.A ausência de Victor é estranha, e ela imagina que ele esteja comemorando a vitória do caso com Raul. As horas passam, e a pressão das mensagens de sua mãe só aumenta. Sem conseguir ignorar, ela decide que não pode esperar mais.Sentada aos pés da cama, Marina pega o celular, pronta para ligar para a mãe. No
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50: O primeiro presente de luxo
Ouvir as palavras de sua mãe faz Marina se sentir desconfortável, um misto de tristeza e revolta começa a invadi-la. Seu corpo fica tenso, enquanto a voz de Daniela ecoa, trazendo sentimentos de insegurança que não sabia ter até ali.— Mãe, por favor, você sabe o quanto isso me deixa ofendida? — pergunta Marina, sentindo a sua voz trêmula. Ela estava magoada por dentro.— Sim, eu sei, Mari, mas eu só estou sendo sincera com você. Eu me assustei com o que vi e pensei que vocês dois estavam… — Daniela hesita, claramente com medo de colocar seus pensamentos em palavras. — Você sabe, vocês dois… juntos.Marina olha para a vista que tem do quarto, de uma pequena varanda, tentando conter as emoções que a dominam. Sua cabeça está a mil, e ela não sabe como lidar com a situação. A acusação implícita da mãe a machuca profundamente.— Mãe, por favor, você sabe que eu nunca fiz nada assim na minha vida! Acha mesmo que eu entregaria a minha primeira vez para alguém que eu não amo? Pelo amor de De
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