Cap 116Zen estava agora no quarto da mãe da senhora Bayer. A mulher continuava como sempre: sentada em sua cadeira, o olhar perdido, vago, vazio de vida e emoções. Ela parecia uma estátua, uma sombra de quem já fora.Ele puxou uma cadeira e se sentou à sua frente, cruzando as pernas e os braços. Observou-a com curiosidade, como quem analisa um enigma sem pressa de resolver.— Você não fala muito, não é? — começou, a voz suave, mas carregada de um tom quase cruel. — Na verdade, acho que nunca vi você reagir a absolutamente nada. Mas hoje... — Ele suspirou profundamente, deixando um sorriso sombrio curvar seus lábios. — Hoje eu quero te dar algo para se preocupar. E, sabe, também quero te contar o motivo. Afinal, todo mundo insiste em dizer que você vai morrer logo. Então... morra antes do enterro da sua filha, está bem?As palavras dele cortaram o silêncio do quarto como uma lâmina. Mas, como sempre, ela não demonstrou reação.Zen inclinou a cabeça, como se examinasse cada traço do ro
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