CLARAO silêncio na casa de Ana estava sufocante. Eu não sabia quanto tempo tinha passado desde que falei com Henrique, mas parecia que o tempo estava estagnado, como se o mundo estivesse em pausa, esperando pelo próximo movimento. A cada segundo, minha ansiedade aumentava. A sensação de ser observada, de que algo estava prestes a acontecer, me deixava tensa, a ponto de qualquer pequeno som me fazer pular.Ana ficou ao meu lado o tempo todo, tentando me acalmar, mas até ela estava nervosa. A situação tinha saído do controle, e, por mais que quisesse acreditar que Henrique resolveria tudo, eu não conseguia ignorar o fato de que as coisas estavam ficando mais perigosas do que jamais estiveram.— Clara, eu realmente acho que você precisa ir à polícia — Ana disse, quebrando o silêncio.Eu olhei para ela, sabendo que ela estava certa, mas ainda hesitante.— Eu sei, Ana. Mas o problema é que, se eu fizer isso, posso desencadear uma reação que vai piorar tudo. Essas pessoas não são normais.
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