Anne,Nos primeiros dias em casa, eu não desgrudo do Eduardo nem por um segundo. Sei que ele tá melhorando, mas ainda tá fraco, e eu fico de olho em cada movimento, cada suspiro, só pra garantir que ele tá bem. Sempre levo e busco a Sophia na escola, e conto com ajuda dela na recuperação do Eduardo, ela ajuda muito.Preparo a comida dele, ajeito os travesseiros no sofá, trago remédios nos horários certos, faço questão de cuidar de tudo. Ele tenta se mexer sozinho, mas logo percebo que ainda sente dor e, mesmo sem reclamar, eu sei.— Não precisa ficar me mimando tanto, Anne — ele diz, meio rindo, tentando esconder o incômodo.— Preciso sim, quem mandou me dar esse susto? — respondo, jogando uma almofada leve nele, mas com um sorriso. No fundo, gosto de cuidar dele assim, me sinto útil, me sinto mais perto, principalmente porque se não fosse ele, aquela doida poderia ter machucado a nossa filha.Mas, conforme os dias passam, o hospital me chama de volta. As mensagens começam a chegar e,
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