BeatrizO telefone continuava ligado. Como, mesmo com a confusão, o fone ainda estava pendurado em meu pescoço, ouvia a Rodrigues dizendo que estavam chegando. Aproveitei e li a tal carta. Se eu morresse pelo menos saberia as últimas palavras da minha prima.O choro de Ângelo ia e vinha. Eu tentava acalmá-lo, mas não sei nada sobre crianças.“Continue procurando. A vadia deve ter passado para outra pessoa. O sinal vem daqui.”“Devia ter rastreado a pulseira do garoto desde o começo, seu burro.”“Se é tão inteligente, por que não disse antes de seguirmos o carro atoa?”Ouvi vozes cada vez mais perto.Certeza que não eram do resgate.Para meu desespero, Ângelo começou a chorar. E eu também, ao perceber que seriamos descobertos.― Rápido, eles estão aqui ― gritei no telefone. Já estava um barulho mesmo.Mal terminei de falar e dois homens surgiram na minha frente. Era tarde demais. Ouviram o choro. Até tentei cobrir a boquinha dele, mas era tarde demais.― Acabou a brincadeira. ― Um dos
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