Meia hora depois, eu estava afundada numa poltrona de madeira esculpida, sentindo a almofada de seda felpuda ceder sob minhas costas. Minhas mãos, quase trêmulas, apertavam uma delicada xícara de chá. Os dedos estavam tão firmes em torno da porcelana fina que temi quebrá-la a qualquer momento. Diante de mim, Espósito, silencioso, observava-me do outro lado da mesa. O quarto do hotel, amplo e luxuosamente mobiliado, era digno de um Lorde, mas não me importava. Não conseguia sequer pensar em saborear o chá à minha frente. Tudo que meus olhos enxergavam era a porcelana branca com detalhes dourados, o vapor subindo da bebida e... a aliança prateada em meu dedo.Viajei até aqui sozinha, sem Ryuu, sem meus primos. Precisava desesperadamente de privacidade. Mesmo assim, fui escoltada pelos guardas de minha tia, que agora esperavam do lado de fora. Não permiti que entrassem, apesar dos protestos. Ninguém mais poderia ouvir o que eu estava prestes a revelar.Senti as bochechas molhadas, mas nã
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