LizChegamos ao estacionamento e ele me jogou para dentro do seu carro. Em seguida, travou a minha porta, e em questão de segundos já estava sentado no banco do motorista, arrancando com o carro.— Coloca a merda do cinto! — O ignorei e ele começou a acelerar.— Henry? — Tentei me controlar, chamando por ele.— Coloca a porra do cinto! — Ele não parava de acelerar.— Henry... — Minha voz saía em um sussurro.— Agora não, Liz, agora não! — Ele apertou as mãos no volante e não desviou os olhos da estrada. Coloquei o cinto e ele deu uma diminuída na velocidade.Ele não seguiu nem para minha e nem para a casa dele, estava indo em direção ao litoral. Para onde ele está indo?— Se segura — Henry disse quando entrou em outra estrada estreita.— O que você está fazendo? — Estava apavorada.— Tem alguém nos seguindo. — Olhei para trás e vi um carro preto enorme nos seguindo.— O que eles querem?— Eu não sei!— Henry, tô com medo. — Ele olhou para mim, mas não disse nada.Ele continuou acelera

LizAcordei com a claridade que vinha apenas de uma direção da janela, por ela ser de madeira. Levantei e troque de roupa, indo até o banheiro e me olhando no espelho, percebendo que minha cara estava horrível. Lavei o meu rosto e encontrei uma escova de dente na embalagem no armário. A abri e escovei meus dentes.Depois que terminei minha higiene, respirei fundo e desci, indo direto para a cozinha, pois estava com fome.Quando entrei na cozinha, Henry estava de costas para mim, olhando pela janela. Ele tomava alguma coisa. Estava com o seu terno preto, cabelo penteado para trás, e seu cheiro dominava o ambiente.— Foco, Liz! — Meu subconsciente me reprimiu.— Preparei café. — Ele continuava olhando pela janela enquanto falava.Continuei em silêncio.— Em dez minutos, ou menos, a nossa carona chega — falou e se virou. — Coma alguma coisa! — Sua voz era autoritária.— Vá à merda! — falou, sustentando o seu olhar.Ele deu um sorriso sem graça.— Eu quero o divórcio! — Pareceu surpreso

Liz— Quer que eu te ajude procurando uma?— Sim. A Sam me falou que você vai na social hoje. — Ergueu uma das suas sobrancelhas. — Acredito que não tenha lugar melhor que lá para procurar.— E se você não encontrar?— Eu ia pedir para você ser minha namorada.Naquele momento, Henry saiu da sala e a Britney foi atrás.— É claro que eu aceito ser sua namorada — Henry me fuzilou com os olhos. Pulei nos braços do Pedro.— Liz, só q... — Dei um selinho nele, antes que ele falasse mais alguma coisa e me entregasse. — Vamos, meu amor — disse quando soltei o Pedro.— Ma... Ah! É claro, meu amor — Pedro falou quando percebeu a minha intenção.Pedro pegou na minha mão e seguimos em direção à saída do corredor. Olhei para trás e Henry ainda nos observava.— Você ainda sente alguma coisa por ele, Liz? — Ai, Pedro! — suspirei fundo. — É complicado.— Eu sei que você sente alguma coisa por ele. — Ficamos um de frente para o outro. — Quando quiser me contar o que está acontecendo, estarei aqui.

HenryComecei a andar feito um descontrolado pelo shopping, à procura da Liz, preocupado com o que ela poderia ter visto. Sei que deveria ter ouvido o Hendrick sobre aquele encontro ser uma armadilha, e imaginava que Kevlin e Patrick deviam estar juntos nesta. Não demorou muito e senti meu celular vibrar. Ao olhar o conteúdo piscando na tela do meu smartphone, meu sangue ferveu, era uma foto dela acompanhada daquele babaca. Liz estava com Patrick no térreo. Passei as mãos pelos cabelos, tentando conter o nervosismo. Minha vontade era pegá-lo pelo pescoço e o arrebentar. Tomado pelo ódio, corri para o lugar que eles estavam, e assim que me aproximei, dei de cara com aquela cena, uma maldita cena que fez o meu sangue ferver.Patrick a beijou, e pelo jeito, ela havia gostado, pois não o empurrou. A raiva me consumiu, não pensei em nada, só queria tirar as mãos dele de cima dela.Puxei ele com tudo pela blusa, e usei tanta força que ele caiu contra a parede de uma das lojas.Dar um soco

HenryVoltei para o quarto, e após entregar o café para Sandra, decidi ir para casa. Assim que cheguei lá, tomei um banho e lembrei dos momentos que tive com a Liz.A campainha do meu apê tocou. Estava apenas com a toalha enrolada na cintura. Olhei pelo olho mágico, mas não tinha ninguém. Abri a porta, no chão e tinha uma caixa preta com um laço rosa. A peguei e fechei a porta do apê novamente.Quando abri a caixa, vi que dentro dela tinha várias fotos da Liz. Sim, fotos desde o dia de que voltei para Nova Iorque. O cheiro que vinha de dentro da caixa era do perfume que a Ketlin usava, e, no fundo dela tinha um bilhete."Espero que aproveite seus últimos momentos de amor."Terminei de me trocar rapidamente e voltei às pressas ao hospital, pois precisava ver se Liz estava bem. ***Mal cheguei no hospital e corri para o seu quarto. Quando entrei, a Sandra estava dormindo na poltrona, e a Liz estava igual, com todos aqueles equipamentos ligados nela.— Meu menino. — Sandra me chamou as