Sem escapatóriaA rua no Queens estava vazia e escura, a chuva caía suavemente, tornando a noite mais fria.Rebecca e o pai já haviam chegado há algum tempo, mas ela ficou parada, segurando o volante ao ver o restaurante, que estava ali, abandonado e em silêncio.Ver o estado do restaurante a fez sentir uma pontada no peito, e uma lágrima rolou pela sua face, mas ela rapidamente se controlou. Sabia que não podia se deixar levar por sentimentos naquele momento.Rebecca foi soltando o volante, do qual ficou agarrada por alguns minutos. Agora, com as mãos no colo, soltou o ar, como se estivesse liberando algo que estava preso dentro dela há muito tempo.Giovanni, ao seu lado, ficou em silêncio. Se fosse qualquer outra pessoa, ele saberia o que fazer, mas era sua filha, a “menininha” dele, machucada, perdida, mergulhada em sentimentos tão profundos que, por vezes, ele conseguia ver a dor que a consumia.Rebecca tirou o cinto de segurança e saiu do carro. Caminhou devagar, hesitante, até f
Ler mais