Os dias passaram, e, à medida que o tempo avançava, a pressão em meu peito aumentava. A conversa que ouvi de Bernardo, onde ele expressou suas inseguranças sobre ser pai, sufocava minha esperança de um futuro radiante. A insegurança crescia a cada dia, como uma sombra que se estendia, obscurecendo cada momento de felicidade que eu tentava cultivar.Para afastar esses pensamentos perturbadores, eu me jogava de cabeça no trabalho. Quando estava imersa em cirurgias e atendendo meus pacientes, era mais fácil esquecer a inquietação que me consumia. A rotina se transformava em uma sequência de procedimentos, onde a vida de outras pessoas estava em minhas mãos. Essa responsabilidade me dava uma sensação de controle que faltava em minha vida pessoal.Certa manhã, após cerca de um mês em coma, Ayla, a paciente que salvei após o trágico acidente de carro, finalmente acordou. O que encontrei ao entrar em seu quarto foi extremamente doloroso. Ayla estava ali, devastada, com o olhar perdido e a ex
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