Todos os capítulos do O Segredo dos Irmãos Konnor: Capítulo 111 - Capítulo 120
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O jantar II
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Estar ao lado dele era como pular de um precipício. De mãos dadas e com os olhos vendados. Eu confiava o meu calor ao seu corpo e nós tínhamos um ao outro. As ideias de Wic não eram as melhores, mas eu me concentrava em não negá-lo meu apoio.E ele estava lá, durante toda a noite, sendo bajulado e desejado por velhos imbecis que juravam que ele passaria o poder da nossa família para Monttene. Eu via a repúdia em seu olhar e o nojo na entonação de suas palavras. Me controlando para não estragar seu disfarce, me distanciei por alguns segundos em busca de algo que não tivesse álcool. Eu não era uma pessoa apta para ficar embriagada com classe.—Só lhe falta o manto sagrado pra santidade, "Madalena". —Madalena era uma prostituta que foi aceita por Cristo e eu jamais seria aceita por uma entidade tão santa tal qual Cristo foi. O que você quer? —Virei para trás, segurando uma taça com suco. Sim, numa taça.—Gostaria de saber o porquê de você ter me deixado sozinha
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Uma carta de Monttene
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Num trajeto tranquilo, retornamos à mansão Monttene. Paola permaneceu na festa ao lado do irmão, incapaz de tomar as próprias decisões. Chris retornou para seu chalé, deixando Elizabeth e eu à mercê dos seguranças do italiano criminoso.—Temia morrer e não sair daquele lugar. —Reclamou Elizabeth, desabotoando o vestido. —Só conseguia avistar meus pés caminhando pra fora daquele hospício.Vestindo uma bermuda de seda e uma camisa de algodão, joguei meu corpo lento sobre a cama e a observei tirando a roupa enquanto conversávamos.—Monttene realmente está com todos os créditos por ter conseguido "me levar" a ficar do seu lado. —Bufei num sorriso irônico. —O que mais me irritava era a maneira como ele se exibia.Elizabeth se despiu de toda roupa para minha tentação. No entanto, precisei me contentar a simplesmente olhá-la quando a mesma me avistou por cima dos ombros e se negou a me deixar fazer o que eu verdadeiramente queria.Sexo era a resposta.—Nem pense niss
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Seringas e gravações
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Me perguntava sobre o porquê de Monttene não ter me dito sobre as condições de papai. Ainda segurando o pedaço de papel, olhei para Elizabeth que já sabia sobre o que eu havia lido.—Papai ainda não foi oficialmente preso, Elizabeth. Ele está nas mãos dos federais e Monttene arquitetou tudo! —Devolvi o papel para seu lugar e arrumei tudo como estava. —Ele vem planejando tudo desde o início! Todo o suporte, todas as estratégias... Tudo. —Me despi da inocência. —Não que eu já não soubesse, afinal de contas, ele tem se gabado tanto sobre mim... Mas, desde o início? Enzo tinha razão-—Desculpe, quem? —Ela franziu o cenho. Seus olhos estreitos quase desaparecendo.—Eu sei, é bizarro mesmo. Mas, Enzo me alertou sobre isso no último dia em que ficamos na casa de praia de Monttene. Na ilha. Ele me alertou sobre essas coisas, mas... Até então eu estava apenas tendo suspeitas. Agora eu tenho certeza! Elizabeth segurou nos braços da cadeira e se ergueu, arrumando a col
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A poesia dos brutos
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Elizabeth começou a bocejar, dada a hora em que havíamos chegado. Estava copiando os áudios para uma pasta secreta no laptop quando eu pus a mão sobre a dela e ganhei sua atenção. Nossos olhares se encontraram instantaneamente.—Não está cansada? Se quiser eu permaneço olhando para termos certeza de que a cópia não terá falhas. —Sujeri, ainda olhando-a fixamente. Um suspiro.Ela deitou sua cabeça sobre meu ombro e me entregou o laptop, abdicando do que estava fazendo. Sua dedicação para me ajudar, com qualquer bobagem que eu fizesse, me obrigava a ser perfeito em seu nome.Após ter concluído as cópias, passei para um pen drive e guardei o laptop em seu devido lugar. Estava pronto para retornar ao quarto e ler aquela carta novamente, mas o comboio de Monttene chegou, trazendo-o de volta. Precisei me contentar em apenas guardar aquela porcaria na mente.Como eu vou fazer pra ver o meu pai outra vez? Como vou conseguir alcançar a verdade limpa dessa história sem
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Oferta de paz?
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Monttene e Paola adentraram à mansão. Houve a troca de turno entre os seguranças e os carros foram guardados. Alguns estavam sempre disponíveis para possíveis fugas.Me afugentei no quarto, olhando Elizabeth dormir tranquila. Seu sono era impenetrável.Para conseguir ao menos uma visita com o meu pai, seria impossível. E se eu fizesse algo para ser preso? Elizabeth pagaria por isso, pois Monttene jamais deixaria barato que eu saísse de suas asas para ficar lado a lado com o meu pai. Fosse dentro da cadeia ou dentro da mansão Konnor.Reclinei minha cadeira e cruzei os pés sobre uma mesa pequena. Descansei os olhos por alguns segundos e quando acordei, o cheiro de café invadiu meus pulmões. Arqueei as sobrancelhas. Aquela preguiça atrofiando os meus músculos me deixava exaurido.—Não sei como conseguiu dormir olhando pela janela, Wic. —Elizabeth empurrou a gigantesca bandeja para mim, mostrando-me nosso café da manhã. —Eles trouxeram um carrinho cheio de coisas
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Viagem à cidade
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Monttene ainda estava em seus aposentos quando eu me encontrei com o Chris. Toquei seu ombro antes que os pés dele tocassem os degraus da entrada, e ele me olhou por cima dos ombros.—Senhor Konnor?—Pode me dar uma carona até o centro da cidade? Chris juntou as sobrancelhas no alto da testa e girou para mim. Estava sempre com uma mão na submetralhadora e outra esperando um ataque. Era como olhar para um líder de guerra.Em silêncio, ele atravessou o jardim, caminhando ao meu lado, e se aproximou de seu carro.Batemos as portas e passamos o cinto de segurança.—Lorenzo sabe que o senhor está saindo? É que, geralmente, ele avisa à segurança...—Não. Não sabe. —Arfei, afundando a cabeça no encosto de couro. Suspirei. —Precisamos conversar um pouco e o caminho vai nos ajudar com isso.Chris desceu o vidro fumê e se identificou, apesar de não ser necessário. Os seguranças permitiram nossa saída sem contestações. Era como estar livre, mas infelizmente estava deixa
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Tia Claire
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Titia pareceu surpresa quando lhe mencionei sobre Elizabeth. —Meu querido, ela está bem? Você tem notícias sobre ela?Inspirei fundo, movendo os ombros e apertei as coxas.—T-Titia, ela está comigo. —Ela se inclinou para a frente, interessada naquela informação, e eu prossegui. —Elizabeth tem fugido comigo desde que eu a encontrei se fogando na cachoeira, sozinha, sem ninguém. Desde então eu tenho protegido minha irmã e... Bom, ela não quer voltar. Mesmo sabendo dos riscos, Elizabeth quer ficar ao meu lado nessa loucura.—E o que pretende fazer, Wictor?—Já desmascarei o meu pai, agora preciso desmascarar mais alguém, saber umas coisas com o meu pai e finalmente viver livre. O mais importante de tudo, inocentar o meu nome.Os olhos dela brilharam para mim. Tia Claire era alguém que sempre torceu por mim, apesar de todas as punições injustas de meu pai.—No que precisar, eu estarei aqui, meu sobrinho. Não se preocupe com isso. O que quer que eu faça?Olhei par
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A cavalgada de Elizabeth
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Não era o meu evento favorito, mas eu estava disposta a ceder. Após a saída de Wic, Enzo se aproximou de mim, com toda a alegria que somente ele sabia ter. Era contagiante e me fazia sentir normal.—E então, Bonviella... Você não é um segurança comum, não é? —Paola brincou, balançando o chicote para os lados enquanto caminhávamos até o estábulo sob um sol que estava esquentando.—Não estou mais sob a destra deles-—Mas ainda usa o sobrenome. —Ela o olhou pelo canto dos olhos com ofensa banal. —Essas coisas são complicadas. —Voltou a olhar para o horizonte. —Liza que o diga, não? Uma Konnor! É muito pra alguém como ela...—Eu estou aqui, Paola. —Enrijeci, atrasando os passos. —Se vai falar de mim, na minha frente, ao menos olhe na minha cara!—Não seja por isso! Paola atrasou dois ou três passos e me encarou. Ela era alta, mas também magra. Não oferecia muitos riscos em caso de agressão. —Você tem ideia do quanto eu estou tendo que aguentar por causa do seu mal
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Um mercenário
✩。•.─── ❁Chris❁ ───.•。✩Fazer com que o senhor Konnor ficasse seguro era tudo o que eu queria e precisava fazer em meu trabalho, mesmo quando isso significava conspirar contra Lorenzo Monttene: um psicopata criminoso na alta sociedade.—O que queria conversar comigo? —Adentrei a sala, fechando a porta atrás de mim. —Sente-se, rapaz. —Indicou a poltrona de frente para ele, sentando ao lado da lareira. —Essa biblioteca é a prova de sons, então fique tranquilo. Nada do que me disser aqui correrá o risco de ser... "Vazado". —Sorriu, exibindo aquela arcada dentária encardida.Me sentei na poltrona, deixando a submetralhadora suspensa pela bandoleira.—Quando fui atrás de você, pra proteger o garoto, tinha a certeza de que você seria fiel a ele. Disso eu nunca duvidei. Afinal de contas você é um mercenário com pouca idade. O quê? Trinta anos? —Afastou os joelhos, relaxando os pés para a frente. —Mas, nunca mais ouse atender as ordens dele, antes das minhas. Ficou claro?Assenti, engolindo.
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Agora ou nunca
✩。•.─── ❁Chris❁ ───.•。✩Eu sabia que Enzo não iria acatar o que eu estava dizendo. Ainda não tinha desistido, mas precisava lhe dar espaço.—Você não confia em mim, não é? —Protestou, passando as mãos pelas madeixas ruivas. —Lá fora... —Esticou o braço em direção aos portões gigantescos das muralhas. —... É cada um por si e você sabe muito bem disso. Eu não posso deixar que me veja sempre como um perdido que não consegue se defender ou proteger o próprio cliente, Christian.Estava pronto para lhe refutar quando vi Lorenzo passando pelas portas de entrada. Parecia determinado e confiante, embora a nossa conversa tenha sido acalorada minutos atrás.Ele ergueu o braço e flexionou os dedos para me chamar. Bufei impaciente. —Eu amo você, Christian. Eu amo muito você. Mas, não posso deixar que minha vida esteja, constantemente, em suas mãos. Não mais. Eu vou falar com o Wictor e vou perguntar sobre seus planos. —Aproximou-se de mim, e segurou meu rosto com delicadeza. —Goste ou não. Pela
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