João CollinsJá fazia um mês desde o velório, e a dor continuava esmagadora. Cada dia parecia um borrão de horas que se arrastavam, sem propósito, sem direção. Eu acordava e ia dormir com o mesmo peso no peito, uma sensação constante de vazio que parecia impossível de preencher. A ausência de Anna e do nosso filho era uma ferida aberta, que doía a cada respiração. Meus pais e minha tia Helena vieram me visitar, e eu sabia que estavam preocupados, mas eu não tinha energia para tranquilizá-los. Era como se eu estivesse preso em um ciclo interminável de tristeza.Sentados na minha sala de estar, todos nós parecendo desconfortáveis, eles me observavam como se procurassem algo de João que já não estava mais lá. O silêncio era denso, interrompido apenas pelos ocasionais sons da cidade lá fora. Finalmente, Helena quebrou o silêncio com uma voz suave, mas firme. —João, nós entendemos o quanto isso tudo está sendo difícil, mas você não pode se entregar dessa forma.—ela disse, sua expressão er
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