Todos os capítulos do Laços de Destino: Amor por Contrato: Capítulo 11 - Capítulo 20
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ISABELLE WAVERLY-WALKER
Eram tantas sacolas de roupas que a governanta de Richard– a Sra. Mildred Finch – chegou a rir ao me ver olhando para elas,depois de ter direcionado os homens que as levaram lá para cima.— Eu nunca tive tanta coisa assim — comentei meio perdida.— Provavelmente será só o começo. O Sr. Walker é bemgeneroso com os funcionários, imagina com sua esposa.A Sra. Finch era uma das pessoas que não sabiam quenosso arranjo era puramente comercial. Provavelmente estranhouque as coisas tivessem acontecido tão rápido, mas era discreta osuficiente para não perguntar. A explicação dada foi que eu eRichard já nos conhecíamos há mais de um ano, nos apaixonamos,mas mantivemos o relacionamento escondido de todo mundo.Se as pessoas iriam acreditar? Aí já não era mais da minhaconta.— Mas seja como for, você não precisa arrumar isso tudo.Posso fazê-lo por você — a Sra. Finch afirmou, com seu jeitinhoeducado.— É muita coisa. Não quero te dar trabalho.A mulher riu.— É minha função, senhora.
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RICHARD WALKER
Meus dedos estavam entrelaçados firmemente aos deIsabelle, enquanto caminhávamos. Tínhamos acabado de saltar docarro, passando pelos jornalistas ávidos, que gritavam meu nomecomo se eu fosse um rock star.Apesar dos seguranças que nos cercavam, eu ainda mesentia protetor em relação a Isabelle. Ela era nova naquele mundocaótico, e a última coisa que eu queria era assustá-la. Para osabutres que nos perseguiam, era um prato cheio, porque, porinexperiência, poderia dizer alguma coisa comprometedora, semque tivesse a intenção disso.Coloquei a mão em suas costas, sentindo-a completamenterígida por sob o vestido bonito que compramos no dia anterior. Elamesma arrumara seu cabelo, fazendo alguns cachos nas pontas, semaquiara de forma bem discreta, e eu a considerava perfeita para opapel. A aparência de uma deusa elegante, os olhos doces, acorreta dose de timidez.Não demos nenhuma declaração e Ken foi o responsável poracalmar os jornalistas, enquanto nós entrávamos. Ele era mais
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ISABELLE WAVERLY-WALKER
A repercussão da nossa coletiva foi muito mais positiva doque imaginávamos a princípio. Claro que alguns veículos maissensacionalistas tentaram distorcer a história das piores formas –insinuando até mesmo um casamento midiático, que era a verdadesecreta –, mas a equipe de Richard me explicou que era assimmesmo. Que não importava o que fizéssemos, sempre haveriapessoas para criticar.Tentei relaxar e me atentar não só aos elogios que recebi detodos, mas também à nova vida que começaria a partir dali.Amy aceitara na mesma hora a proposta de trabalhar comigo,e era muito bom ter uma pessoa de confiança do meu lado. Elalevava o neném para a minha casa, e de lá nós traçávamos asestratégias que permeariam toda a minha comunicação – tanto coma equipe quanto sozinhas.Passamos a estudar perfis de influenciadoras, de ativistas eaté mesmo de outras esposas de políticos. Até da princesa KateMiddletown. Também fizemos alguns cursos juntas, online, de umjeito bem intensivo, e no fim
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RICHARD WALKER
Com os cabelos ainda úmidos, me sentei à mesa de jantar,relaxado. O dia tinha sido tenso, com intermináveis reuniões com opessoal do partido, analisando budget e estratégias para acampanha, e eu me via cada dia mais ansioso pelos momentos emque chegava em casa.Tentava me convencer de que era porque os expedientesvinham sendo muito cansativos, que não tinha nada a ver comIsabelle, mas era só um jeito de me enganar.Eu gostava da companhia dela.Adorava a forma como a coisa mais simples poderia deixá-laempolgada e a maneira como cada assunto conseguia se tornarmais divertido com seus relatos cheios de expressões e ênfases.Ela era um ponto de inocência e delicadeza em meio à minharotina estressante e séria.A gente tinha estabelecido uma rotina confortável ondejantávamos juntos todos os dias. Naquela noite não seria diferente.Gostava, também, de como parecia um pouco mais àvontade comigo a cada dia, até mesmo para, como daquela vez,aparecer de pijama, com os cabelos presos
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ISABELLE WAVERLY-WALKER
Comparecer a eventos começou a se tornar algo maiscotidiano para mim. Tanto sozinha quanto com Richard. Nossaagenda era um caos, quase nunca conseguíamos ficar em casa ànoite, e para ser sincera, menos ainda ficávamos sozinhos.O beijo que compartilhamos durante aquele jantar nuncamais foi comentado, e eu sentia como se aquela fosse uma enormelacuna entre nós. Não fora um gesto apaixonado, mas mexeucomigo, pelo que poderia ter sido.Pelo que poderia significar.Porque poderia ser um prelúdio de algo mais, ou deabsolutamente nada; uma esperança vã.Talvez fosse melhor não remexer naquele vespeiro, nãomexer nos sentimentos que nos cercavam enquanto nãoentendêssemos direito o que estava acontecendo conosco.De resto, as coisas estavam iguais. Nós acordávamos,tomávamos café da manhã e cada um seguia com seu dia. Ele iapara o gabinete, Amy chegava e o trabalho tinha início. Eu tinhaficado responsável pelo Recanto, não só pelo projeto de parceriacom alguma faculdade, mas por ou
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RICHARD WALKER
— Me perdoem, amigos, mas preciso falar com o meu filho.— Com seu jeito sempre muito polido e charmoso, meu pai foiafastando as pessoas ao redor para vir até mim e Isabelle.Ergui um pouco a cabeça, em um gesto de proteção,tentando fazer com que o meu desconforto em estar perto dele nãofosse notado, principalmente pelos jornalistas que começaram a seaproximar para registrar o momento.Thomas Walker ainda era notícia, mesmo que tivesse seafastado da política e simplesmente se aposentado. Aquele eranosso primeiro encontro desde a minha candidatura oficial. Eu nãosabia o que esperar.Para ser sincero, o medo maior estava na minha própriareação. Meu pai era simpático até mesmo com seus rivais, entãocom o filho não seria diferente. Só que sempre que eu o via eradesconfortável para mim.Seus braços envolveram os meus ombros, e ele me puxoupara si com entusiasmo, batendo nos meus ombros. Retribuí,mesmo hesitante, mas tentando criar a cena perfeita de umrelacionamento familiar p
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ISABELLE WAVERLY-WALKER
Sem saber direito o que fazer, me aproximei do grupo,colocando-me ao lado de Richard, sorrindo para ele. Por mais quesoubesse que era apenas uma encenação, a forma como elepousou a mão na curva das minhas costas me fez estremecer.— A propósito, esta é a minha esposa, Isabelle. — Richardme apresentou com alguma formalidade. Ele claramente não sesentia à vontade com aquele homem.Dominic Ungaretti estendeu a mão, e eu a peguei hesitante.Para mim era como tocar em algo proibido. Poderia jurar que nomomento em que nossas peles se encontrassem, algum tipo dechoque seria causado. Um choque ruim.— É um prazer, senhora. — Continuei hesitante, enquantoele se inclinava para beijar a minha mão. — Esta aqui é Deanna,minha linda esposa.Que o homem era bem bonito, isso eu não podia negar. Egentil também. Falava da esposa com um brilho nos olhos que dariainveja em qualquer uma.— Percebi que está grávida, Sra. Ungaretti. Parabéns. Paraquando é?— Só de dois meses e meio. Estou na esp
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RICHARD WALKER
Nos dias seguintes, Washington continuou a ser umredemoinho frenético de reuniões, sessões legislativas ecompromissos políticos. Como eu não morava lá e só compareciaalgumas vezes no mês, eram muitas coisas para resolver.Eu estava determinado a aproveitar o tempo que Isabelle eeu tínhamos na capital, então reservei um dia para mostrar a elaalguns dos pontos turísticos mais emblemáticos. Juntos, visitamos oCapitólio, com seu imponente domo que se erguia majestosamentecontra o céu azul. Passeamos pelo National Mall, admirando osmemoriais de Abraham Lincoln e Thomas Jefferson. Paramos paraque ela tirasse uma foto na Casa Branca, mesmo que isso nãofosse mais uma novidade para mim. E, é claro, fizemos uma visitaao Monumento a Washington, que se erguia com grandeza acimada cidade.A presença de Isabelle trouxe um novo brilho a esses lugaresfamiliares. Ver sua admiração genuína pelas maravilhas da capitalme lembrou das coisas pelas quais vale a pena lutar. Passamos atarde jun
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ISABELLE WAVERLY-WALKER
A química entre nós tinha um poder que eu talvez nãoconseguisse compreender, porque não tinha experiência para isso.Os olhares que vínhamos trocando, o jeito como qualquer toquecausava uma descarga elétrica muito intensa, as desculpas queencontrávamos para estarmos sempre perto um do outro...Tinha se tornado inegável.Mas, mais do que apenas o desejo, que era bastante óbvio,havia sentimento. Nós estávamos nos descobrindo.Eu sabia que algo iria acontecer naquela noite, mas asemoções de Richard eram tão difíceis de ler, que ainda tive algumasdúvidas sobre estar ou não iludida.Só que tudo o que precisamos foi cruzar a soleira da porta efechá-la. Aquele nem era o meu quarto, mas meu marido não soltoua minha mão e não me deixou ir para qualquer outro lugar que nãofosse aquele. Nós nos refugiamos naquele cômodo, como se nãohouvesse mais nada lá fora. Nem as razões para o nossocasamento e nem todos os segredos que nos rondavam.No momento em que ficamos sozinhos, foi o tempo d
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ISABELLE WAVERLY-WALKER
Richard não parecia pronto para me deixar descansar, tantoque no momento em que me recuperei do primeiro orgasmo, elevoltou a chupar meus seios, um de cada vez. Eu sentia as reaçõesdo contato, mas não conseguia me manifestar com muita ênfase,porque, é claro, ainda estava um pouco zonza.Demorei a perceber sua boca maliciosa que descia devagar,até que sua língua começou a circular meu umbigo. Arqueei osquadris, enquanto minha respiração se tornava irregular outra vez.Parecia que eu tinha um peso no peito que me impedia de encontraro ar. Mas, mais do que isso, a cabeça girava.— Richard! — chamei, em meio à voz ofegante, tudo soandocomo uma bagunça.Recebi uma mordidinha no pé da barriga, e outra no monteno meio das minhas pernas. Então a língua encontrou meu clitóris,que foi circulado, em total surpresa.Eu podia ser inexperiente, mas entendia como as coisasfuncionavam. Já tinha me tocado algumas vezes e já tinhaconseguido me dar orgasmos, embora não tão intensos como o qu
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